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ANÚNCIOS FALSOS PROMETEM INTERNET VITALÍCIA DA STARLINK

Recentemente, têm circulado nas redes sociais anúncios falsos que sugerem que a Starlink, a empresa de internet via satélite de Elon Musk, oferece planos de internet vitalícios. No entanto, essas alegações são enganosas. De acordo com informações do UOL, todos os planos da Starlink disponíveis no Brasil são mensais e podem ser confirmados no site oficial da empresa.

Esses anúncios fraudulentos prometem uma conexão vitalícia sem mensalidades, mas na realidade, são armadilhas para golpes. Vídeos manipulados têm sido usados para espalhar essa desinformação, incluindo imagens e vozes alteradas do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e do geofísico e youtuber Sergio Sacani. No vídeo manipulado, os dois afirmam: “Elon Musk está distribuindo internet grátis no Brasil inteiro quase que de graça. Só é preciso pagar o plano da Starlink uma única vez que a antena chega diretamente na sua casa e funciona de qualquer lugar do mundo (…) O pagamento é feito uma única vez e você tem internet vitalícia”.

Esses vídeos redirecionam os usuários para links suspeitos. A inconsistência é evidente nos vídeos, onde a falta de sincronia entre os movimentos labiais e o texto falado, além de vozes mecanizadas, indicam manipulação. Além disso, a Starlink não oferece planos vitalícios; todos os seus planos requerem pagamentos mensais, além do custo inicial do equipamento. As informações corretas podem ser verificadas no site oficial da Starlink.

No site Reclame Aqui, há diversos relatos de consumidores que caíram no golpe, pagando R$ 184 pelo suposto “plano vitalício” e não recebendo nada. A Starlink respondeu que não se responsabiliza por compras feitas em sites de terceiros, destacando que todas as transações devem ser realizadas diretamente pelo seu site oficial.

Os vídeos originais utilizados no golpe têm diferentes fontes. O vídeo do deputado Nikolas Ferreira foi originalmente postado em 25 de novembro de 2023, convocando aliados para um ato na avenida Paulista. Já o vídeo de Sergio Sacani foi tirado de sua participação no podcast Podpah em abril de 2021.

Além deste golpe específico, outras alegações falsas sobre a Starlink têm circulado. Recentemente, o UOL Confere desmentiu alegações de que a empresa estaria distribuindo internet gratuitamente para quem respondesse a um quiz online e que seria o único serviço de internet disponível no Rio Grande do Sul após as enchentes. Essas verificações também foram confirmadas pelo Estadão Verifica e AFP Checamos, reforçando a importância de checar a veracidade das informações antes de realizar qualquer transação online.

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GOOGLE AMPLIA FERRAMENTAS DE CHECAGEM DE FATOS PARA USUÁRIOS GLOBAIS

A Google acaba de dar um passo significativo em seu compromisso contínuo com a verificação de fatos e a transparência online, expandindo o alcance e a capacidade do Fact Check Explorer na Busca do Google. Esta ferramenta, saindo do estágio beta, agora será acessível em mais de 40 línguas, marcando uma era nova na busca por informações confiáveis na internet.

Complementando esta inovação, a Google introduz os recursos “Sobre esta imagem” e “Sobre esta página”. Estes mecanismos são projetados para fornecer aos usuários uma compreensão profunda e imediata sobre os conteúdos pesquisados. Eles permitem uma investigação rápida sobre a origem, a data, o histórico e a forma como uma imagem é apresentada em diversos sites. A análise inclui metadados, verifica se a imagem foi gerada por inteligência artificial e avalia a confiabilidade da sua fonte. Curiosamente, uma das primeiras peças de informação oferecida é a antiguidade da imagem, informando aos usuários há quanto tempo uma versão daquela imagem existe.

Essa transparência se estende também à análise de sites. Antes de um usuário selecionar um resultado de pesquisa, ele pode descobrir se o site é considerado confiável, se existe algum viés associado a ele e quem são os proprietários. Este julgamento é fundamentado pela descrição do site na Wikipédia e outras menções relevantes encontradas online, que são usadas para alimentar o resultado “Sobre a fonte”.

O Fact Check Explorer, parte central desse sistema atualizado, agora abrange tanto imagens quanto artigos. Ele compila dados de fontes confiáveis e entidades de verificação de fatos de todo o mundo. Usuários inserindo o URL de uma imagem podem prontamente verificar se ela já foi analisada anteriormente.

Estas ferramentas, agora disponíveis globalmente através da Busca do Google, marcam um avanço significativo na missão da empresa de oferecer uma plataforma de pesquisa mais segura, confiável e transparente. A Google está contribuindo para o combate à desinformação, fornecendo aos usuários as ferramentas necessárias para avaliar a confiabilidade das informações online.

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FAKE NEWS: ESTRATÉGIAS LEGAIS E SOCIAIS PARA UMA ERA DIGITAL INFORMADA

A era digital trouxe consigo uma avalanche de informações, acessíveis com um simples clique. No entanto, essa facilidade de acesso também pavimentou o caminho para a propagação de notícias falsas, ou “fake news”, um fenômeno que ameaça a integridade da informação e, por extensão, o tecido social, político e econômico de nossa sociedade.

Entender o que constitui uma notícia falsa é o primeiro passo para combatê-la. Diferentemente da desinformação, que pode ser inadvertida, as fake news são criações maliciosas destinadas a enganar, prejudicar reputações, ganhar vantagem financeira ou política, ou distorcer a opinião pública. Essa distinção é vital para abordar o problema de maneira eficaz.

O impacto das fake news não é trivial. Elas têm o poder de influenciar eleições, diminuir a confiança nas instituições, incitar ódio e violência, e até mesmo afetar a saúde pública, como observado nos boatos sobre vacinas durante a pandemia de Covid-19. A necessidade de uma ação legislativa tornou-se evidente, com vários países, incluindo o Brasil, propondo leis para mitigar esse fenômeno.

No coração do combate às fake news está o direito, servindo como um instrumento para proteger a sociedade. No Brasil, por exemplo, o Projeto de Lei 2.630/2020 representa um esforço para regular a disseminação de informações falsas, introduzindo responsabilidades para as plataformas digitais e promovendo a verificação de fatos e a educação digital. No entanto, é necessário reconhecer que soluções legais não devem se restringir ao âmbito penal, mas também incorporar a responsabilidade civil para tratar os danos causados pela desinformação.

Para efetivamente combater as fake news, é essencial ir além das medidas legais, promovendo a educação digital e a consciência crítica entre a população. Agências de checagem de fatos e iniciativas educacionais, como as do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), são fundamentais nesse processo. A responsabilidade individual na verificação e compartilhamento de informações também não pode ser subestimada.

Contudo, o combate às fake news enfrenta desafios significativos, incluindo a proteção da liberdade de expressão e a prevenção da censura por plataformas digitais. Além disso, a proteção da privacidade dos usuários e a garantia de que as medidas contra as fake news não sejam usadas para fins políticos ou ideológicos permanecem preocupações prementes.

As fake news representam um desafio complexo que exige uma resposta multifacetada, envolvendo legislação, educação, responsabilidade individual e coletiva, e a promoção de um jornalismo de qualidade. Somente através de um esforço conjunto, abrangendo todos os setores da sociedade, poderemos esperar proteger nossa democracia e nossos direitos contra o perigo das notícias falsas.