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DICAS PRÁTICAS PARA SE PROTEGER DE GOLPES ONLINE

Fraudes digitais e roubos de celulares têm se tornado questões críticas no Brasil, gerando perdas significativas tanto para os indivíduos quanto para a economia. Em um período de um ano, esses crimes resultaram em prejuízos que somam R$ 71,4 bilhões. Essa cifra reflete a abrangência e a gravidade dos golpes digitais, que incluem fraudes com máquinas de cartão, boletos falsos e transações indevidas via Pix.

Famílias com renda entre 5 e 10 salários mínimos, residentes em grandes cidades, são particularmente vulneráveis. Essas vítimas, muitas vezes, estão na faixa etária de 25 a 34 anos e possuem ensino superior. Os prejuízos médios associados a fraudes com cartões de crédito chegam a R$ 1.702 por ocorrência, enquanto roubos e furtos de celulares causam uma perda média de R$ 1.549. Golpes relacionados a Pix e boletos falsos também geram prejuízos consideráveis, em torno de R$ 1.470 por caso.

A incidência de roubo de celulares é especialmente alta nas capitais, onde 15% dos moradores relatam terem sido vítimas. Esse crime afeta cerca de 14,7 milhões de brasileiros, o que evidencia a necessidade urgente de medidas de segurança mais eficazes.

Além disso, é preocupante a frequência com que tentativas de golpe ocorrem no país. A cada hora, milhares de pessoas são alvos de fraudes via aplicativos de mensagens ou chamadas telefônicas, destacando a importância de estar sempre alerta.

No entanto, um dos maiores desafios enfrentados no combate a esses crimes é a subnotificação. Muitos dos que sofrem com essas fraudes não registram boletins de ocorrência. Por exemplo, apenas 18% das vítimas de golpes financeiros originados por publicidades online e em redes sociais formalizaram uma queixa. Quando se trata de tentativas de golpe por aplicativos de mensagens ou ligações, o número cai para 12%.

Isto revela não apenas a magnitude do problema, mas também a necessidade de conscientização e de adoção de medidas preventivas, tanto por parte dos indivíduos quanto das instituições, para minimizar os impactos dessas fraudes.

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ESTUDO APONTA PREJUÍZOS COM CRIMES DIGITAIS E ROUBOS DE CELULAR NO BRASIL

Fraudes digitais e roubos de celular no Brasil resultaram em um prejuízo de R$ 71,4 bilhões no último ano. O estudo, realizado a pedido do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, considerou crimes envolvendo máquinas de cartão, boletos falsos e golpes com Pix. Foram entrevistadas 2.508 pessoas, com mais de 16 anos, de todas as regiões do país, entre 11 e 17 de junho. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

As fraudes impactaram principalmente famílias com renda entre 5 e 10 salários mínimos que residem em cidades com mais de 500 mil habitantes. Os mais afetados têm entre 25 e 34 anos e nível superior de escolaridade. Em média, fraudes com cartões de crédito geraram um prejuízo de R$ 1.702 por ocorrência. O roubo ou furto de celulares resultou em uma perda média de R$ 1.549, enquanto golpes com Pix e boletos falsos causaram um prejuízo de R$ 1.470.

A pesquisa também revelou que 1 em cada 10 brasileiros teve o celular roubado ou furtado no último ano, com a frequência desse crime sendo maior nas capitais (15%) em comparação com o interior (6%). Com base nos dados coletados, estima-se que 14,7 milhões de pessoas foram vítimas de roubo de celular no país.

O levantamento ainda apontou que, entre julho de 2023 e junho de 2024, uma em cada quatro pessoas no Brasil sofreu alguma tentativa de golpe, seja por aplicativos de mensagem ou por ligação telefônica. Isso equivale a mais de 4.600 tentativas de golpe por hora em todo o país.

Além disso, o estudo destacou a subnotificação dos crimes. Dos entrevistados que relataram roubos e furtos de celular, 55% registraram boletim de ocorrência. Em contraste, apenas 18% das pessoas que sofreram golpes financeiros por meio de anúncios na internet ou redes sociais e 12% dos que enfrentaram tentativas de golpe via aplicativos de mensagem ou ligação notificaram a Polícia Civil.

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COMO O STALKING VIRTUAL AMPLIA A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL

O fenômeno do stalking, uma forma de perseguição obsessiva que afeta desproporcionalmente as mulheres, tem emergido como uma preocupação significativa no Brasil. A situação se agravou após a implementação da lei específica contra o stalking em 2021, um esforço para combater essa prática nefasta. A despeito das medidas legais, a incidência desse crime contra vítimas femininas tem visto um crescimento alarmante, com um aumento de 38,5% apenas em 2023, culminando em quase nove denúncias por hora.

Os relatos de mulheres assediadas, seja em espaços públicos, em suas próprias residências ou através da esfera digital, por meio de aplicativos de mensagens e redes sociais, revelam uma realidade perturbadora. A prevalência desse tipo de violência na faixa etária de 30 a 39 anos sugere não apenas uma questão de segurança pública, mas também um problema social enraizado que requer atenção urgente.

Um caso emblemático envolveu uma influenciadora digital, que após meses de mensagens incoerentes e encontros indesejados, incluindo tentativas do agressor de localizá-la pessoalmente, recorreu às autoridades. Sua luta por uma medida protetiva ilustra as dificuldades enfrentadas por vítimas ao buscarem proteção sob a legislação atual, destacando a associação frequentemente feita entre stalking e violência doméstica, uma conexão que pode dificultar a obtenção de medidas preventivas adequadas.

O aumento das denúncias em 2023 para 79,7 mil casos envolvendo mulheres sublinha não apenas a urgência de uma resposta mais eficaz, mas também a complexidade do stalking, que muitas vezes emerge em contextos de relações anteriores. A facilidade com que os agressores podem agora operar, especialmente através das redes sociais, oferece um meio menos arriscado de perseguição, exacerbado pela criação de perfis falsos que dificultam a ação policial.

A subnotificação é um problema adicional, intensificado pela falta de recursos humanos e técnicos para investigar esses crimes adequadamente. Observações indicam que determinadas regiões, especialmente no Norte, apresentam taxas elevadas de violência contra mulheres, apontando para a necessidade de uma estratégia abrangente que aborde tanto a prevenção quanto a punição.

É fundamental ressaltar a importância da denúncia precoce e da coleta de evidências, como mensagens e imagens de câmeras de segurança, como medidas necessárias para impedir a escalada do comportamento do agressor. A resposta ao stalking exige uma abordagem multidimensional que não só fortaleça as medidas legais e de proteção, mas também promova a conscientização sobre a gravidade e as consequências desse tipo de violência, caminhando para um futuro onde a segurança e a liberdade das mulheres sejam inegociavelmente protegidas.