Nos últimos quatro anos, os golpes financeiros direcionados a idosos registraram um aumento de 60%, conforme dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Dentre os tipos de fraudes mais frequentes, 70% envolvem tentativas de obtenção de códigos e senhas de acesso bancário. Entre os métodos mais comuns estão telefonemas que solicitam a confirmação de senhas e golpes envolvendo falsas promessas, como bilhetes premiados.
Um caso emblemático ocorreu no Paraná, onde uma idosa de Toledo, no oeste do estado, perdeu cerca de R$ 4 mil ao acreditar estar em um relacionamento amoroso com um suposto empresário renomado. A polícia apontou que golpes de “namoro à distância” têm se tornado cada vez mais frequentes. Esse tipo de fraude, facilitada pela internet, é considerado uma forma de violência patrimonial contra os idosos no Brasil. Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos indicam que quase 80% das denúncias são realizadas por terceiros, já que muitas vítimas se sentem envergonhadas de relatar o ocorrido.
É necessário destacar a importância de registrar o boletim de ocorrência para combater esse tipo de crime. Entre janeiro e setembro deste ano, foram notificados mais de 72 mil casos de violação patrimonial pelo Disque 100, sendo quase metade deles relacionados a golpes envolvendo idosos. A prevenção é essencial, e para isso, especialistas em segurança digital recomendam algumas medidas que podem ajudar a evitar essas fraudes. O Ministério, por sua vez, disponibiliza uma cartilha detalhada sobre como identificar a violência financeira contra idosos. Denúncias podem ser encaminhadas às delegacias especializadas em cibercrimes ou pelo número 190, garantindo a proteção das vítimas e a responsabilização dos criminosos.