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BANCO CENTRAL REFORÇA PROTEÇÃO NO PIX COM NOVAS REGRAS CONTRA FRAUDES

O Banco Central do Brasil anunciou novas medidas para reforçar a segurança do Pix, uma das ferramentas de pagamento mais utilizadas pelos brasileiros. A partir do próximo ano, as instituições financeiras serão obrigadas a enviar “alertas de golpe” em transações consideradas suspeitas ou fora do padrão. O objetivo é combater o aumento das fraudes que, embora ocorram em uma pequena parcela das transações — aproximadamente sete a cada 100 mil —, têm se tornado cada vez mais complexas e prejudiciais para os usuários.

Essas mudanças surgiram a partir de debates no Fórum Pix, um grupo que reúne representantes de diversos players do mercado financeiro. A previsão é de que as novas regras sejam implementadas seis meses após a publicação das diretrizes no Manual de Experiência do Usuário do Pix. Cada instituição financeira terá liberdade para definir os critérios específicos para o envio desses alertas, o que permitirá uma adaptação mais precisa às particularidades de seus clientes e ao perfil de risco das transações.

Avanços Contínuos na Segurança do Pix

O Pix, que rapidamente conquistou a preferência dos brasileiros como método de pagamento, demanda atualizações constantes em suas medidas de segurança. As fraudes, ainda que em um número reduzido, exigem atenção das autoridades financeiras para prevenir abusos. Entre as novas medidas aprovadas, destaca-se a aplicação de multas de R$ 100 mil para bancos que descumprirem as normas relacionadas às chaves Pix. Além disso, será obrigatória a validação do nome ou da razão social dos usuários junto à base de dados da Receita Federal no momento da criação ou alteração de chaves.

Outra medida prevista é a realização de limpezas periódicas na base de dados do Pix, a fim de eliminar chaves que não estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos pelo Banco Central.

Aprimoramentos no Mecanismo Especial de Devolução (MED)

O Mecanismo Especial de Devolução (MED) foi originalmente criado para acelerar o ressarcimento de vítimas de fraudes e falhas operacionais. No entanto, criminosos encontraram brechas para utilizar o MED de forma fraudulenta, como no caso em que golpistas enviam comprovantes falsos de transações supostamente erradas e solicitam a devolução do valor, além de acionarem o MED para obter o montante de volta em duplicidade.

Para enfrentar essa prática, o Banco Central estabeleceu que não serão aceitos pedidos de devolução por falha operacional em transações que tenham sido corretamente iniciadas e recebidas, mesmo que haja falhas no sistema do pagador. Ademais, o banco receptor agora terá o poder de analisar e, se necessário, rejeitar solicitações de devolução, função que antes era exclusiva do banco do pagador.

Medidas Futuras

Outras iniciativas de segurança também foram aprovadas, como o limite de R$ 200 para transferências realizadas em novos dispositivos sem cadastro prévio, com um teto diário de R$ 1.000. Essas mudanças entrarão em vigor em novembro deste ano e fazem parte de um pacote mais amplo de ações destinadas a mitigar fraudes.

Além disso, auditorias periódicas serão realizadas nas contas dos usuários para identificar comportamentos suspeitos. E, para aumentar ainda mais a segurança, os bancos poderão recusar a criação de novas chaves Pix para CPFs com histórico de envolvimento em fraudes.

Compromisso com a Segurança do Sistema

O Fórum Pix, responsável por discutir e propor melhorias contínuas ao sistema, segue analisando novas formas de reduzir fraudes, inclusive com a possível introdução da chave Pix “verificada”, voltada principalmente para mitigar riscos com microempreendedores individuais (MEI).

As medidas reforçam o compromisso do Banco Central com a proteção dos usuários e a manutenção da confiança no Pix, garantindo que a ferramenta continue sendo uma opção segura e eficiente para transações financeiras em todo o país.

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ENTENDA A NOVA POLÍTICA DO GOOGLE PARA CONTAS INATIVAS E COMO PROTEGER A SUA

Com mais de 1,8 bilhão de usuários ao redor do mundo, o Gmail é a plataforma de e-mails gratuitos mais utilizada, e, por isso, qualquer notícia relacionada à exclusão de contas pode gerar inquietação. É importante esclarecer que o Google está, sim, excluindo contas, mas o foco são apenas aquelas inativas. Ou seja, se você utiliza sua conta regularmente, não há motivo para preocupação.

A medida de exclusão está direcionada a contas que não apresentam atividade há pelo menos dois anos. Se a sua conta está ativa, ou seja, utilizada para enviar e receber e-mails, assistir a vídeos no YouTube, acessar o Google Drive ou qualquer outro serviço da Google, você está fora de risco. É importante realizar uma dessas atividades pelo menos uma vez a cada dois anos para evitar a exclusão.

A decisão do Google visa principalmente garantir a segurança da plataforma. Contas inativas estão mais suscetíveis a ataques, fraudes e invasões, especialmente quando não possuem medidas de segurança robustas, como a autenticação de dois fatores. Essas contas se tornam alvos fáceis para criminosos cibernéticos, colocando em risco tanto os usuários quanto a integridade dos sistemas da empresa.

Exceções à política de exclusão
Embora o Google esteja rigoroso quanto à política de exclusão de contas inativas, existem algumas exceções. Contas pertencentes a organizações, por exemplo, não estão sujeitas à nova regra. Além disso, o usuário será notificado antes de qualquer exclusão, com alertas enviados para a conta em risco e para o e-mail de recuperação, caso esteja configurado. Assim, há tempo suficiente para que as medidas necessárias sejam tomadas a fim de preservar os dados.

A recomendação é clara: configure suas opções de recuperação e, se possível, mantenha suas contas ativas, mesmo que minimamente. Essa política segue o padrão da indústria em termos de retenção de dados, trazendo mais segurança e proteção tanto para os usuários quanto para o próprio Google.

Motivações por trás da exclusão
O foco do Google com essa política é, acima de tudo, a segurança dos seus usuários. Contas antigas e inativas representam um risco maior de vulnerabilidade, especialmente se utilizam credenciais fracas ou não possuem a verificação em duas etapas. A exclusão dessas contas faz parte de um esforço mais amplo para evitar que se tornem portas de entrada para invasores, além de reduzir o volume de dados obsoletos.

Se você utiliza sua conta do Gmail, Google Fotos ou Google Docs com alguma regularidade, não há com o que se preocupar. No entanto, é essencial ficar atento às suas contas inativas, atualizando suas credenciais e acessando-as periodicamente para garantir a segurança dos seus dados.

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FALSOS ANÚNCIOS E APPS TENTAM ROUBAR DADOS USANDO O NOME DO BANCO CENTRAL

Criminosos especializados em ciberfraudes estão utilizando um aplicativo falso para enganar usuários ao se passarem pelo Sistema Valores a Receber (SVR) do Banco Central (BC). Em um alerta recente, o BC reforçou que não há aplicativo oficial para consulta dos valores e que qualquer consulta deve ser feita exclusivamente no site oficial do governo. “O único canal autorizado para verificação e solicitação de devolução de valores é o site https://valoresareceber.bcb.gov.br. Todos os serviços oferecidos pelo sistema são completamente gratuitos, e não é necessário realizar nenhum tipo de pagamento para ter acesso aos valores”, esclarece a instituição.

Os golpes têm como principal armadilha a cobrança de taxas fraudulentas em plataformas que se apresentam como oficiais. Após induzirem o usuário a acreditar que possui valores a receber, os golpistas solicitam o pagamento de uma taxa para liberar o resgate. Além disso, os criminosos utilizam links enviados por SMS e aplicativos de mensagens para obter informações sensíveis de forma ilegal. “O Banco Central não envia links, não solicita dados pessoais e não entra em contato para tratar de valores a receber. Apenas a instituição responsável pela custódia desses valores pode se comunicar com o cidadão, e ela jamais solicitará senhas ou dados sigilosos. É fundamental evitar clicar em links suspeitos recebidos por e-mail, SMS ou aplicativos como WhatsApp e Telegram”, alerta o BC.

A Google Play, que hospedava o aplicativo falso, já removeu o conteúdo, informando que o app foi banido por violar suas políticas de segurança. “Nossa plataforma adota um conjunto rigoroso de políticas para proteger os usuários, e todos os desenvolvedores devem aderir a essas diretrizes. Aplicativos que oferecem produtos financeiros enganosos ou potencialmente nocivos são estritamente proibidos”, explicou a empresa em comunicado.

A Google Play também destacou que conta com uma equipe dedicada e inteligência artificial para revisar conteúdos e garantir que aplicativos maliciosos sejam identificados e removidos. Além disso, a empresa oferece o Google Play Protect, um sistema que alerta ou bloqueia apps perigosos em dispositivos Android. Caso os usuários identifiquem aplicativos fraudulentos, é possível denunciá-los diretamente na página do aplicativo, clicando em “Sinalizar como impróprio”.

Falsos anúncios também estão circulando nas redes sociais, promovendo links fraudulentos que imitam a identidade visual do Banco Central. Esses anúncios levam os usuários a sites que utilizam inteligência artificial para simular a comunicação com um canal oficial, alegando que os dados estão seguros. Durante a interação, a IA informa que o usuário tem valores a receber, mas para liberar o depósito é necessário o pagamento de uma taxa.

Em resposta, a Meta, controladora do Facebook, reforçou que práticas destinadas a enganar, fraudar ou explorar usuários são proibidas em suas plataformas, e que suas equipes estão constantemente aprimorando tecnologias para identificar e remover atividades suspeitas. A orientação é que usuários denunciem anúncios falsos diretamente no Facebook, para que contas que violam as políticas da plataforma possam ser removidas rapidamente.

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BLOCKCHAIN E FUTEBOL: COMO A TECNOLOGIA ESTÁ TRANSFORMANDO O ESPORTE

A tecnologia blockchain, amplamente reconhecida como a base do Bitcoin, está se expandindo para diversos setores, e o futebol não ficou de fora dessa revolução. Este artigo aborda como o blockchain está remodelando o cenário do esporte mais popular do mundo, criando novas possibilidades e soluções para desafios persistentes.

O impacto do blockchain no futebol

O blockchain é uma tecnologia de registro descentralizado que oferece uma maneira segura, transparente e imutável de armazenar informações. Cada transação ou evento é registrado em um bloco, que é adicionado a uma cadeia de blocos, mantida por uma rede global de computadores. Isso garante que os registros sejam à prova de adulteração, criando uma base confiável. No futebol, essa tecnologia está sendo aplicada para aprimorar a transparência, a segurança e a eficiência de diversas operações.

Uma das principais áreas em que o blockchain se destaca é na transferência de jogadores. Tradicionalmente, esse processo é repleto de intermediários e pode ser bastante complexo, abrindo brechas para fraudes e a falta de clareza. Ao adotar plataformas descentralizadas, todas as informações relacionadas às transferências ficam acessíveis de forma clara para todos os envolvidos, reduzindo os riscos de irregularidades e tornando o processo muito mais ágil e transparente.

Tokens digitais e a nova economia dos clubes

Além das transferências, outra inovação importante do blockchain no futebol é a criação de tokens digitais. Vários clubes de futebol têm lançado suas próprias criptomoedas ou tokens baseados em blockchain, permitindo que os torcedores adquiram esses ativos e, em troca, tenham acesso a benefícios exclusivos. Com esses tokens, é possível votar em decisões do clube, ter acesso a conteúdos exclusivos, comprar ingressos ou produtos oficiais e, em alguns casos, até mesmo investir no clube.

Clubes de grande porte, como o Paris Saint-Germain e a Juventus, já implementaram suas próprias plataformas de tokens, que são negociados em mercados digitais. Esse movimento não apenas cria uma nova fonte de receita para os clubes, mas também fortalece o vínculo entre os torcedores e suas equipes, ao proporcionar uma forma de participação mais ativa nas decisões e no dia a dia dos clubes.

A venda de ingressos também tem sido aprimorada com o uso do blockchain. Ao utilizar essa tecnologia, a autenticidade de cada ingresso é garantida, combatendo a falsificação e o mercado paralelo. Além disso, o blockchain permite a revenda de ingressos de maneira segura e transparente, com todas as transações devidamente registradas.

NFTs e a memorabilia digital no futebol

Outro aspecto revolucionário do blockchain no futebol é o uso dos tokens não fungíveis (NFTs). Esses ativos digitais, únicos e não intercambiáveis, estão transformando a maneira como os fãs interagem com o esporte e colecionam itens exclusivos. No universo do futebol, os NFTs podem ser usados para representar cartões colecionáveis de jogadores, vídeos de momentos históricos, entre outros conteúdos exclusivos.

Nos últimos meses, tem havido uma explosão na criação e venda de NFTs por jogadores e clubes de futebol. Isso oferece aos torcedores uma nova maneira de se conectar com seus ídolos e adquirir itens de valor, ao mesmo tempo em que gera uma fonte adicional de receita para jogadores e clubes. Além dos itens digitais, a tecnologia blockchain pode certificar a autenticidade de produtos físicos, como camisas autografadas, criando um certificado digital único que evita fraudes.

Desafios e preocupações com o uso do blockchain no futebol

Apesar das inúmeras vantagens, a adoção do blockchain no futebol ainda enfrenta desafios. A volatilidade das criptomoedas, por exemplo, pode gerar instabilidade financeira para clubes e torcedores que optam por utilizar esses ativos digitais. Além disso, a implementação do blockchain exige investimentos significativos em infraestrutura e um esforço educacional para que todos os envolvidos entendam a tecnologia e saibam utilizá-la corretamente.

A regulamentação é outro ponto sensível. As leis e regras relacionadas ao uso de blockchain e criptomoedas variam de país para país e, em alguns casos, estão em estágios iniciais de desenvolvimento. Clubes e entidades esportivas precisam estar atentos às regulamentações locais para evitar complicações legais.

Por fim, a segurança é uma preocupação constante. Embora o blockchain seja conhecido por sua robustez, não está imune a ataques. Plataformas que utilizam a tecnologia podem ser alvos de hackers, e torcedores podem ser vítimas de golpes, como phishing. Dessa forma, é essencial que clubes e organizações esportivas implementem medidas rigorosas de segurança para proteger seus ativos digitais e os de seus torcedores.

O blockchain, portanto, está redesenhando o futuro do futebol, oferecendo maior transparência, segurança e novas oportunidades de interação e engajamento entre clubes e torcedores. No entanto, como em qualquer inovação, sua adoção requer cautela, investimentos e um compromisso com a segurança e a conformidade legal.

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COMO A NOVA DECISÃO DO STF PODE AFETAR SEUS DADOS FINANCEIROS

O recente julgamento do Supremo Tribunal Federal, que decidiu pela obrigação das instituições financeiras em fornecer dados de clientes aos fiscos estaduais nas operações de recolhimento do ICMS por meios eletrônicos, suscita importantes preocupações quanto à privacidade e à proteção de dados pessoais. A decisão foi apertada, com uma maioria de seis votos contra cinco, e levanta questões que vão além da mera discussão tributária, tocando em princípios fundamentais como o direito à privacidade e o sigilo bancário, valores consagrados pela Constituição Federal e pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

O principal argumento da maioria foi de que a transferência desses dados às autoridades fiscais não configuraria quebra de sigilo bancário, já que a administração tributária dos estados e do Distrito Federal teria o dever de proteger essas informações e utilizá-las exclusivamente para fins fiscais. No entanto, essa visão minimiza o impacto potencial sobre a privacidade dos cidadãos. A LGPD estabelece diretrizes claras para o tratamento de dados pessoais, exigindo não apenas que eles sejam usados com finalidades específicas e legítimas, mas também que sejam protegidos contra acessos indevidos e vazamentos.

Permitir o compartilhamento de dados financeiros sem o devido controle e sem uma análise criteriosa do risco de abusos por parte das autoridades fiscais enfraquece a proteção da privacidade, abrindo espaço para excessos. A privacidade do cidadão é um direito fundamental, e qualquer exceção a esse direito precisa ser justificada de forma clara e proporcional. Embora a decisão argumente que o sigilo fiscal é mantido dentro da administração pública, é inegável que o aumento da vigilância estatal sobre transações financeiras traz riscos inerentes à intimidade dos indivíduos.

Além disso, a falta de um debate aprofundado entre os ministros do STF sobre os impactos dessa medida reforça a preocupação de que decisões dessa magnitude deveriam ser tratadas com mais transparência e cautela. O acesso irrestrito aos dados bancários, mesmo que para fins fiscais, pode criar um cenário de monitoramento excessivo, algo que contraria o equilíbrio entre a fiscalização estatal e a proteção dos direitos individuais.

Essa decisão representa um retrocesso em termos de proteção da privacidade e da confidencialidade dos dados bancários, especialmente à luz da LGPD. As autoridades fiscais têm o direito de fiscalizar e cobrar tributos devidos, mas isso deve ser feito de maneira compatível com os direitos fundamentais dos cidadãos. O risco de abusos e vazamentos de informações é real, e medidas adicionais de proteção deveriam ser discutidas para garantir que a privacidade continue sendo um valor inalienável no sistema jurídico brasileiro.

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VAZAMENTO DE DADOS: COMO HACKERS ROUBARAM 2,7 BILHÕES DE REGISTROS PESSOAIS

Em agosto, uma das principais notícias de cibersegurança nos Estados Unidos destacou um vazamento massivo de 2,7 bilhões de números de segurança social, equivalente ao CPF no Brasil, reivindicado por um grupo cibercriminoso chamado USDoD. Conhecido por ataques globais a empresas, esse grupo agora está no centro de uma investigação que aponta um possível líder, supostamente residente no Brasil. Segundo um relatório da empresa de segurança CrowdStrike, o indivíduo em questão teria um histórico de hackativismo e envolvimento com crimes cibernéticos complexos.

O grupo USDoD emergiu nos últimos meses, sendo associado a invasões de várias organizações, incluindo grandes empresas de tecnologia e agências governamentais. Além de comprometer dados de funcionários e clientes de entidades como a Airbus e a TransUnion, o grupo também afirmou ter acesso a informações de empresas de defesa dos Estados Unidos. No ataque mais recente, um conjunto de dados de 277 GB foi roubado de uma empresa norte-americana, totalizando quase 3 bilhões de registros pessoais, oferecidos posteriormente à venda por milhões de dólares.

A investigação da CrowdStrike revelou que o líder do grupo USDoD tem um passado que combina atividades hacktivistas e cibercriminosas, com envolvimento em fóruns especializados desde 2017. A conexão foi feita por meio de um conjunto de informações digitais rastreadas ao longo de anos, como emails usados para registrar domínios e contas em redes sociais. Essa atividade tornou a identificação do suspeito mais acessível, especialmente devido ao uso recorrente de ferramentas e perfis com descrições semelhantes.

O relatório ainda destaca a vaidade comum entre cibercriminosos que atacam grandes corporações. Esse traço ficou evidente nas declarações feitas pelo líder do USDoD em entrevistas para veículos especializados em crimes cibernéticos, o que acabou contribuindo para sua exposição. O grupo, assim como outros de destaque, utilizou técnicas de ransomware para sequestrar dados sensíveis e extorquir vítimas, seja por meio da venda ou da ameaça de divulgação pública.

Embora a CrowdStrike tenha entregue as informações coletadas às autoridades competentes, a empresa avalia que a revelação da identidade do líder pode não ser suficiente para deter suas atividades. O desejo por reconhecimento em comunidades hacktivistas e cibercriminosas parece ser uma motivação constante, e as negações ou tentativas de desviar a atenção são estratégias já previstas por especialistas da área.

A importância de uma abordagem integrada de cibersegurança é evidente, com as empresas precisando estar preparadas para lidar não apenas com os aspectos técnicos dos ataques, mas também com a complexidade das motivações humanas por trás desses crimes. Em um cenário cada vez mais conectado, a proteção de dados e a resposta rápida a incidentes são essenciais para mitigar os danos causados por grupos como o USDoD.

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COMO PROTEGER CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA INTERNET?

Nos últimos anos, a proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital tem ganhado cada vez mais atenção, à medida que o uso da internet se torna parte fundamental da vida dos jovens. No Brasil, de acordo com a pesquisa TIC Kids Online 2023, 95% dos jovens entre 9 e 17 anos utilizam a internet regularmente, o que intensifica as preocupações sobre a segurança dessa faixa etária em um cenário digital repleto de riscos. Entre os temas mais sensíveis estão os casos de exploração comercial e a exposição a conteúdos impróprios, que frequentemente ganham repercussão na mídia.

Um exemplo recente é a denúncia feita pelo Instituto Alana contra o Instagram, operado pela Meta, junto ao Ministério Público de São Paulo. O caso, de junho deste ano, envolve influenciadores digitais mirins promovendo casas de apostas, incluindo cassinos online, como o “Fortune Tiger”, sem qualquer controle adequado. A Alana identificou cerca de 50 stories de perfis de crianças e adolescentes divulgando tais conteúdos. Embora tenha reportado a violação à plataforma, a resposta da Meta foi insatisfatória. Segundo a organização, o Instagram não dispõe de um mecanismo adequado para denúncias desse tipo de publicidade ilegal.

Além disso, o processo de denúncia teve que ser feito por meio de categorias que não refletem a gravidade do problema, como “Golpe ou Fraude”. A plataforma chegou a afirmar que os anúncios de cassinos não infringiam suas políticas, uma postura que levanta sérios questionamentos. As “Diretrizes de Comunidade” do Instagram exigem conformidade legal para a promoção de produtos regulamentados, como apostas e jogos de azar, os quais requerem, em teoria, aprovação expressa da plataforma. Dessa forma, dois cenários se apresentam: ou a Meta falhou em seguir suas próprias regras, ou permitiu conscientemente que influenciadores mirins fizessem publicidade de jogos de azar, em clara contrariedade às leis brasileiras.

Essa prática abusiva de publicidade digital feita por casas de apostas é apenas um exemplo de um problema mais amplo. Diversos estudos indicam que o ambiente digital apresenta sérios desafios para a saúde mental e o desenvolvimento social de crianças e adolescentes, como o excesso de tempo de tela, a hiperexposição nas redes e a substituição de experiências físicas por atividades online. Esses temas vêm sendo debatidos por especialistas de diversas áreas, incluindo psicologia, direito, e neurociência, o que mostra a complexidade da questão.

No Brasil, em resposta a esse cenário, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) aprovou, em maio deste ano, a Resolução 245, um marco para a proteção dos direitos de crianças e adolescentes na internet. Essa normativa estabelece princípios fundamentais para garantir a segurança desse público no ambiente digital, reforçando direitos como liberdade de expressão e privacidade, ao mesmo tempo em que prevê a criação de uma política nacional voltada à proteção dos mais jovens.

A responsabilidade das empresas de tecnologia, especialmente das big techs, ganha destaque na Resolução, que as obriga a adotar medidas concretas para mitigar e prevenir abusos que coloquem em risco os direitos de crianças e adolescentes. Como visto no caso da Meta, a negligência de grandes plataformas em cumprir a legislação vigente abre espaço para práticas ilícitas que exploram a vulnerabilidade dos mais novos.

A Resolução 245 também enfatiza a necessidade de uma readequação no modelo de negócios das empresas de tecnologia, que muitas vezes priorizam o lucro em detrimento do bem-estar dos jovens usuários. A implementação dessas diretrizes dependerá de esforços coordenados entre o governo, a sociedade civil e as empresas, para que a internet se torne um ambiente mais seguro e inclusivo para todos.

A base normativa trazida pela Resolução, aliada a políticas públicas eficazes, é fundamental para proteger não apenas o direito das crianças e adolescentes de estarem na internet, mas de estarem em um ambiente digital que respeite sua integridade e seu desenvolvimento. Afinal, a verdadeira proteção consiste em garantir um uso consciente e seguro da tecnologia, e não em afastar os jovens desse universo que já faz parte de suas vidas cotidianas.

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GOLPE UTILIZA NOME DA CACAU SHOW PARA ENGANAR CONSUMIDORES E ROUBAR DADOS

Recentemente, circulam nas redes sociais informações enganosas sobre uma suposta campanha da Cacau Show, que alegadamente oferece descontos em “caixas brancas” de chocolates com defeitos estéticos. Essas mensagens, que têm atraído a atenção de inúmeros consumidores, direcionam para um site fraudulento que, além de não entregar os produtos prometidos, rouba dados pessoais e financeiros das vítimas.

Ao examinar mais de perto o funcionamento desse golpe, é possível observar uma estratégia cuidadosamente elaborada para enganar os usuários. As mensagens nas redes sociais geralmente levam a um site que simula uma pesquisa sobre chocolates, criando a ilusão de que, ao final do processo, o usuário terá direito a comprar as “caixas brancas” com um desconto significativo. No entanto, a realidade é que os golpistas utilizam esse processo para coletar informações sensíveis, como nome, CPF, endereço e telefone.

Depois de preencherem seus dados, os consumidores são induzidos a escolher entre diferentes opções de frete, variando de R$ 17,50 a R$ 32,49. No entanto, após o pagamento, o produto jamais é entregue, e os golpistas se apropriam dos valores e das informações fornecidas.

É importante destacar que, embora a Cacau Show realmente comercialize as chamadas “caixas brancas” com descontos, essa prática é restrita a algumas lojas físicas da marca e não envolve qualquer campanha online. A empresa já emitiu alertas em seus perfis oficiais sobre golpes que utilizam o nome da marca para enganar consumidores, reforçando que nenhuma promoção similar está sendo realizada.

Além disso, a plataforma Reclame Aqui registrou, recentemente, pelo menos 42 denúncias de pessoas que foram vítimas desse golpe. Em todas as situações, os consumidores foram lesados, tanto financeiramente quanto pela exposição indevida de seus dados pessoais.

A prática de golpes utilizando o nome de marcas conhecidas não é nova, mas a sofisticação dessas fraudes exige dos consumidores uma atenção redobrada. Verificar a veracidade das informações antes de fornecer dados pessoais ou realizar pagamentos é essencial para se proteger contra essas práticas criminosas.

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PROTEJA-SE DE GOLPES IMOBILIÁRIOS: COMO EVITAR FRAUDES EM ANÚNCIOS ONLINE

Nos últimos anos, os golpes imobiliários online têm se tornado mais comuns, afetando tanto profissionais do setor quanto consumidores. Em casos recentes, foi constatado que dados de proprietários de imobiliárias foram clonados e usados para criar páginas falsas em plataformas de anúncios conhecidas, como aquelas pertencentes ao grupo OLX, incluindo Zap Imóveis e Viva Real.

Em um dos incidentes, um proprietário de imobiliária começou a receber ligações de pessoas questionando anúncios fraudulentos que utilizavam seus dados. Inicialmente, ele acreditou que se tratava de um engano, mas logo percebeu que o problema era mais sério, com mais de 20 contatos semelhantes em poucas semanas. Esse episódio destaca a importância de estar atento às práticas fraudulentas que podem prejudicar tanto os profissionais quanto os consumidores.

Identificação e Prevenção de Golpes Imobiliários

Identificar e evitar esses golpes exige cautela. As vítimas frequentemente são persuadidas a fornecer documentos pessoais, acreditando na legitimidade do corretor ou da empresa. No entanto, a desconfiança surge quando um pagamento é solicitado de maneira inesperada. Ao investigar mais a fundo, muitos acabam descobrindo que seus dados foram clonados, o que leva à necessidade de registrar um boletim de ocorrência para proteger suas informações.

Como Funcionam os Golpes Imobiliários Online

Os golpistas atuam de forma organizada, utilizando a identidade de empresas legítimas para enganar as vítimas. Eles alegam alta demanda pelos imóveis e incentivam o pagamento de uma reserva antecipada, prometendo reembolso caso o imóvel não atenda às expectativas. No entanto, após o pagamento, os criminosos cortam o contato, deixando as vítimas sem recursos.

Ação das Plataformas de Anúncios

Em resposta às denúncias, o grupo OLX, responsável por plataformas como Zap Imóveis e Viva Real, tem cooperado com as autoridades na investigação desses crimes. A empresa afirma que continua a investir em ferramentas de segurança e fornece orientações aos usuários sobre como negociar de forma segura.

O Conselho Regional de Corretores de Imóveis também está ciente da situação e tem tomado medidas para notificar as plataformas sobre os golpes, visando uma maior proteção dos usuários.

Como se Proteger de Golpes Imobiliários

Para se proteger, é essencial adotar práticas de segurança, como:

  • Verificar a autenticidade do corretor ou da empresa antes de realizar qualquer pagamento.
  • Preferir transações realizadas diretamente no escritório da imobiliária.
  • Desconfiar de ofertas que estejam muito abaixo do preço de mercado.
  • Consultar o histórico e a regularidade do corretor junto ao Conselho Regional de Corretores de Imóveis.
  • Evitar o envio de documentos pessoais pela internet sem a devida cautela.
  • Em caso de suspeita, registrar um boletim de ocorrência para proteger seus dados e auxiliar na investigação.

Com a digitalização crescente do mercado imobiliário, tanto profissionais quanto consumidores devem estar atentos e adotar medidas de segurança para evitar fraudes e proteger suas informações.

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COMO O PHISHING EXPÔS VULNERABILIDADES CRÍTICAS NO GOVERNO

Um Alerta para a Segurança Cibernética no Setor Governamental

Recentemente, o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) foi alvo de um ataque cibernético que resultou em um prejuízo de R$ 15 milhões. O método utilizado pelos criminosos foi o phishing, uma técnica cada vez mais comum, que se aproveita da manipulação psicológica para obter informações sensíveis. Este ataque é um claro exemplo de como a falha humana pode ser explorada para comprometer sistemas críticos.

O phishing, em essência, consiste em enganar as vítimas, fazendo-as acreditar que estão interagindo com uma entidade confiável, como uma instituição financeira ou um órgão governamental. Os criminosos utilizam essa técnica para coletar dados como senhas e informações bancárias. No caso do Siafi, os invasores realizaram um spear phishing altamente direcionado, criando comunicações personalizadas que enganaram funcionários-chave, levando-os a fornecer acesso ao sistema.

Este incidente expôs uma grave deficiência na segurança do Siafi, que poderia ter sido mitigada com a implementação de camadas adicionais de proteção, como autenticação multifatorial e validação biométrica. A segregação de funções dentro do sistema, que deveria impedir fraudes, foi contornada pelos invasores, demonstrando que o planejamento e o conhecimento detalhado do funcionamento interno da plataforma foram fundamentais para o sucesso do ataque.

Além disso, os criminosos utilizaram contas de laranjas e transações por meio de exchanges de criptomoedas para ocultar os valores desviados, complicando ainda mais a detecção das operações fraudulentas. Isso evidencia a necessidade urgente de reforçar a cultura de cibersegurança em todas as camadas da administração pública.

É essencial que o setor governamental adote uma abordagem mais robusta e proativa em relação à cibersegurança. Isso inclui a implementação de ferramentas que bloqueiem acessos a links maliciosos, a criação de processos mais rígidos de autenticação, e, principalmente, a conscientização contínua dos funcionários sobre os riscos e técnicas de ataque cibernético.

Os ataques de phishing não são exclusivos ao setor privado; governos em toda a América Latina estão entre os alvos preferenciais dos criminosos. Com milhões de tentativas de phishing ocorrendo anualmente, é imperativo que medidas preventivas sejam adotadas para proteger informações sensíveis e evitar prejuízos futuros. A responsabilidade por esses ataques não recai apenas sobre a tecnologia utilizada, mas também sobre a preparação e a conscientização dos usuários que interagem com essas plataformas diariamente.

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INVESTIGAÇÃO REVELA FRAUDE FINANCEIRA EM GOLPE DE NAMORO ONLINE

Uma recente investigação da BBC revelou um golpe de namoro que resultou em um prejuízo de 80 mil libras (aproximadamente R$ 600 mil) para uma mulher britânica. A vítima, uma florista de North Yorkshire, Inglaterra, foi atraída por um fraudador que utilizou um falso site bancário para enganá-la.

O golpe começou quando a mulher conheceu um homem online, que, com o tempo, a convenceu a acessar uma suposta conta bancária dele para ajudá-lo a movimentar dinheiro. No entanto, o site do banco era fictício, criado para simular uma instituição legítima. Após um período de interação, o golpista alegou que sua conta havia sido “congelada” e responsabilizou a mulher, persuadindo-a a transferir seus próprios fundos para “solucionar” o problema.

Sob a pressão emocional do golpista, a mulher, mãe solteira de quatro filhos e recentemente divorciada, acabou realizando diversas transferências, somando milhares de libras. Em determinado momento, ela até emprestou dinheiro de familiares, acreditando que seria reembolsada.

O esquema era sofisticado, desviando-se das tradicionais solicitações de dinheiro. Em vez de pedir diretamente, o criminoso forneceu dados bancários falsos para que a vítima acreditasse estar ajudando em pagamentos legítimos. A confiança foi conquistada ao longo do tempo, com o fraudador até mesmo fingindo um acidente durante uma suposta viagem de negócios.

A trama começou a desmoronar quando a vítima tentou realizar mais uma transação e foi bloqueada pelo site falso. O golpista, então, reagiu com raiva e manipulação, convencendo-a a enviar ainda mais dinheiro. No auge do golpe, a mulher transferiu cerca de 80 mil libras, sendo parte desse valor oriundo de empréstimos familiares.

Além do prejuízo financeiro direto, a vítima foi novamente alvo de fraude quando criminosos, fingindo ser seu banco, utilizaram os dados bancários que ela havia inserido no site falso para roubar mais dinheiro.

Este caso exemplifica a crescente sofisticação dos golpes de namoro online, que se tornam cada vez mais complexos e difíceis de detectar. Instituições financeiras e consumidores precisam estar em alerta, reconhecendo os sinais de fraude e adotando medidas preventivas para evitar tragédias financeiras como esta.

A investigação ainda revelou que as imagens do homem envolvido no golpe já foram utilizadas em outros esquemas semelhantes, indicando uma rede maior de criminosos operando com perfis falsos para enganar vítimas vulneráveis.

O banco da vítima, embora tenha expressado pesar pela situação, alegou que a responsabilidade pelas transações autorizadas recai sobre o cliente, destacando a importância de um constante monitoramento das atividades bancárias pessoais.

Este acontecimento reforça a necessidade de conscientização e educação financeira, especialmente em tempos onde o contato humano é muitas vezes mediado por plataformas digitais que podem ser manipuladas por indivíduos mal-intencionados.

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DESAFIOS REGULATÓRIOS NA ERA DIGITAL: REFLEXÕES A PARTIR DA DENÚNCIA SOBRE A APLICAÇÃO TEMU

A denúncia recente recebida pela “Iniciativa CpC: Cidadãos pela Cibersegurança” sobre a aplicação móvel TEMU levanta preocupações significativas em relação à proteção de dados, privacidade digital e à eficácia dos mecanismos regulatórios vigentes.

As práticas relatadas no caso chamam a atenção pela possibilidade de uma aplicação móvel acessar, processar e utilizar dados pessoais de maneira que pode ser considerada invasiva, sem que o usuário tenha um conhecimento claro ou tenha dado consentimento explícito. Este tipo de comportamento pode ser interpretado como uma contravenção ao Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) e pode comprometer a confiança dos consumidores nas plataformas digitais, que têm o dever de resguardar a segurança e a privacidade dos seus usuários.

A resposta da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) também merece análise. Ao direcionar o reclamante para a própria empresa acusada de violação de privacidade, a CNPD pode estar deixando de cumprir plenamente sua função de defesa dos direitos dos cidadãos. Tal postura sugere a necessidade de uma revisão dos mecanismos de proteção de dados, especialmente em um cenário digital cada vez mais complexo e globalizado.

O caso expõe dois problemas centrais: o primeiro, relacionado às empresas que podem estar se aproveitando de lacunas na regulamentação para explorar dados dos usuários de maneira inadequada; e o segundo, à estrutura regulatória que, por vezes, não oferece a proteção esperada, deixando os cidadãos em uma posição vulnerável frente a empresas que atuam em diversas jurisdições.

Esses desafios apontam para a necessidade de uma revisão das políticas de proteção de dados e de uma cooperação mais efetiva entre os países da União Europeia. A fragmentação das responsabilidades regulatórias, onde cada país é responsável pelas entidades sediadas em seu território, pode resultar em uma aplicação menos eficaz da legislação, principalmente no caso de grandes empresas tecnológicas que operam em múltiplos países.

Além disso, a exigência de que as queixas sejam apresentadas em inglês a uma entidade estrangeira, como a Data Protection Commission (DPC) na Irlanda, pode representar um obstáculo adicional para muitos cidadãos, dificultando o exercício dos seus direitos. Este é um ponto que o Parlamento Europeu deve considerar com seriedade, assegurando que os cidadãos da UE possam exercer seus direitos de maneira acessível e justa, sem serem prejudicados por barreiras linguísticas ou geográficas.

O caso da TEMU sugere que é necessário um maior rigor na análise das permissões e na transparência da coleta de dados em aplicações móveis, além de uma atenção redobrada para possíveis falhas no sistema de proteção de dados da União Europeia. É importante que a CNPD e outras autoridades competentes adotem uma abordagem mais proativa, garantindo que os direitos dos consumidores sejam devidamente protegidos, sem transferir responsabilidades para os próprios consumidores.