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REVOLUÇÃO DIGITAL NAS PMES: O IMPACTO E OS DESAFIOS DA IMPLEMENTAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A inteligência artificial (IA) está emergindo como um diferencial potencial para as pequenas e médias empresas (PMEs), oferecendo promessas de eficiência aprimorada e redução de custos, enquanto ao mesmo tempo intensifica a competição no mercado. À medida que as PMEs ponderam sobre a adoção dessa tecnologia avançada, é fundamental que elas compreendam tanto as oportunidades quanto as responsabilidades inerentes.

A IA está cada vez mais inserida em nosso dia a dia, revolucionando a maneira como as empresas operam. Ela automatiza processos rotineiros, melhora a tomada de decisões por meio da análise de dados, fornece atendimento ao cliente através de chatbots e assistentes virtuais, otimiza operações, personaliza o marketing e reforça a detecção de fraudes e segurança. Os benefícios podem ser substanciais, especialmente para PMEs que buscam se diferenciar e crescer em um mercado competitivo.

No entanto, a integração da IA nos negócios não é um caminho sem obstáculos. Requer planejamento estratégico, investimento em novas tecnologias e colaboração com especialistas. Além disso, existem desafios legais consideráveis, particularmente no que diz respeito à privacidade e proteção de dados. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) do Brasil, por exemplo, estabelece diretrizes claras para a manipulação de dados pessoais, aplicando-se a todas as empresas que operam no país.

Problemas de propriedade intelectual, privacidade de dados, discriminação algorítmica, responsabilidade legal e regulamentações setoriais específicas são aspectos que as PMEs devem abordar com cuidado. A utilização de IA para o gerenciamento de dados pessoais tem suas complexidades, dada a sensibilidade e o risco associado à divulgação ou uso indevido de informações protegidas por lei.

As PMEs devem estar vigilantes e conformes com suas obrigações legais relacionadas à proteção de dados, o que inclui implementar medidas de segurança robustas para prevenir acessos não autorizados e vazamentos de informações. As implicações legais do uso de IA também se estendem à responsabilidade por decisões automatizadas, um território ainda nebuloso em termos de legislação.

As decisões baseadas em IA podem ter consequências significativas para indivíduos ou grupos, e a atribuição de responsabilidade por essas decisões é uma área de intenso debate jurídico. As PMEs precisam estar cientes de que a responsabilidade pode recair tanto sobre a empresa usuária quanto sobre as próprias ferramentas de IA.

Para mitigar riscos e danos, as PMEs devem adotar práticas de governança em IA, como treinamento de funcionários e auditorias regulares, garantindo que as ferramentas de IA estejam alinhadas com as regulamentações aplicáveis. A transparência e a ética no uso da IA são fundamentais para manter a confiança do público e evitar repercussões financeiras ou danos à reputação.

Em resumo, a adoção da IA pode ser uma força transformadora para as PMEs, mas deve ser abordada com diligência e consciência das responsabilidades legais. A tecnologia avança rapidamente, e para que as PMEs mantenham sua relevância e lucratividade em um mundo globalizado, elas devem buscar soluções eficientes e custo-efetivas, sempre ancoradas no compromisso com a proteção dos negócios e dos direitos dos titulares de dados.

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CERTIFICAÇÃO DIGITAL: A CHAVE PARA A CONFORMIDADE COM A LGPD NA SAÚDE

A entrada em vigor da LGPD no Brasil em setembro de 2020 marcou um ponto importante na área da saúde, trazendo consigo desafios complexos e oportunidades promissoras, especialmente quando se trata da gestão de informações sensíveis de pacientes. Nesse contexto, destacam-se tendências essenciais que têm ganhado relevância, notadamente a integração da inteligência artificial e a ampla adoção da computação em nuvem.

O Cenário da LGPD na Área da Saúde A área da saúde lida com informações altamente sensíveis, abrangendo dados clínicos, genômicos e pessoais dos pacientes. A LGPD estabelece um conjunto rigoroso de regras para garantir a proteção e a privacidade desses dados, com requisitos que impactam diretamente a coleta, o armazenamento e o compartilhamento de informações médicas.

O Papel Fundamental da Inteligência Artificial A aplicação da inteligência artificial no campo da saúde é ampla e multifacetada. Da análise de imagens médicas à geração de diagnósticos e tratamentos personalizados, a IA desempenha um papel fundamental. No contexto da LGPD, a IA pode ser empregada para automatizar a anonimização de dados sensíveis, assegurando que a identidade dos pacientes seja preservada em informações clínicas compartilhadas.

Além disso, a IA desempenha um papel crítico na detecção de violações de segurança de dados. Algoritmos de aprendizado de máquina podem monitorar o tráfego de informações em tempo real, identificando atividades suspeitas e notificando imediatamente as equipes de segurança, contribuindo para o cumprimento da LGPD.

A Computação em Nuvem e sua Relevância para a LGPD A adoção da computação em nuvem está se destacando devido à sua capacidade de reforçar a segurança e a conformidade com a LGPD. A migração de sistemas e dados para ambientes de nuvem permite que as instituições de saúde estabeleçam backups regulares, redundância e criptografia robusta, elementos cruciais para a proteção de informações sensíveis.

A computação em nuvem também oferece escalabilidade e flexibilidade, características essenciais no contexto da saúde, onde o volume de dados continua a crescer exponencialmente. A capacidade de ajustar os recursos conforme a demanda pode ser uma vantagem para as instituições que buscam manter a conformidade com a LGPD.

Desafios e Considerações Éticas A LGPD trouxe mudanças significativas na maneira como a área da saúde lida com dados sensíveis dos pacientes, impondo padrões mais rígidos de proteção e privacidade. A integração da inteligência artificial e da computação em nuvem emerge como uma tendência crucial para atender a essas regulamentações e aprimorar a qualidade do atendimento.

No entanto, é fundamental destacar que, ao adotar essas tecnologias, as instituições de saúde devem fazê-lo de maneira ética e transparente, respeitando estritamente os direitos dos pacientes. A conformidade com a LGPD na área da saúde vai além do cumprimento da lei; também se trata de construir confiança e garantir a segurança dos pacientes, estabelecendo uma base sólida para o futuro da assistência médica no Brasil.

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ANPD PROPÕE MODELO INSTITUCIONAL PARA REGULAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO BRASIL

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) anunciou hoje, 24 de outubro, sua segunda análise (Nota Técnica nº 16/2023/CGTP/ANPD) referente ao Projeto de Lei nº 2338/2023, que trata da regulamentação do uso de inteligência artificial (IA) no Brasil. Este documento apresenta contribuições significativas para a modificação do projeto de lei, propõe um novo modelo institucional, destaca sete áreas cruciais de intersecção entre o projeto de lei e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e faz uma comparação com as práticas regulatórias de autoridades internacionais.

A análise da ANPD propõe a criação de um modelo institucional para a regulamentação de sistemas de IA composto por quatro instâncias complementares, com a Autoridade Nacional desempenhando o papel central na regulamentação desse tema. O modelo sugerido pela ANPD inclui uma atuação coordenada entre órgãos do Poder Executivo, órgãos reguladores setoriais, bem como a criação de um Conselho Consultivo, semelhante ao Conselho Nacional de Proteção de Dados e da Privacidade (CNPD), destinado exclusivamente à regulamentação do uso de IA no país.

Conforme indicado no documento, experiências internacionais demonstram que uma abordagem centralizada, sob a égide de uma única autoridade, oferece benefícios indiscutíveis na formulação de normas, como evidenciado nas experiências da União Europeia, França, Holanda e outros países.

Além disso, o documento realça a proposta de que a competência para elaborar, gerenciar, atualizar e implementar a Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA) seja atribuída ao Poder Executivo, em vez da autoridade competente, como previsto na redação atual do projeto de lei. De acordo com a nota técnica, a ANPD terá a responsabilidade de contribuir, no âmbito de suas atribuições, para o processo de elaboração e implementação da EBIA.

Durante uma audiência pública realizada no Senado Federal, na Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial no Brasil, a Diretora Miriam Wimmer defendeu a ideia de uma autoridade central com uma abordagem regulatória mais centralizada, que atue como uma fonte clara e consistente de orientação para todos os setores e partes envolvidas, eliminando ambiguidades e interpretações divergentes que podem resultar em incertezas legais. A Diretora destacou a capacidade da ANPD de adotar uma abordagem transversal e enfatizou que qualquer expansão de competências depende do fortalecimento institucional da ANPD, incluindo independência técnica, autonomia administrativa e decisória, de acordo com o modelo das agências reguladoras previsto na lei das agências.

Miriam também mencionou a criação de um Fórum de Órgãos Reguladores Setoriais, com o objetivo de facilitar a colaboração entre a autoridade central e os órgãos reguladores setoriais na regulamentação do tema.

A nota técnica propõe alterações legislativas nos artigos 32 a 35 do Capítulo VIII do Projeto de Lei nº 2338, que trata da supervisão e fiscalização. No entanto, ressalta que outras modificações podem ser necessárias e que a ANPD está à disposição do Congresso Nacional para discutir as propostas sugeridas.

A contribuição da ANPD tem como objetivo enfatizar o papel ativo da Autoridade no debate sobre a regulamentação da IA e garantir que a futura lei esteja em conformidade com os princípios e diretrizes estabelecidos pela LGPD.

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DECISÃO DO STJ: RESPONSABILIDADE DOS BANCOS NA PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS

A inadequada manipulação de informações pessoais vinculadas a transações e serviços bancários é considerada uma violação na prestação do serviço, pois é responsabilidade das instituições financeiras garantir a confidencialidade desses dados sensíveis. Recentemente, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça emitiu uma decisão favorável em um recurso especial, no qual uma cliente caiu no “golpe do boleto” devido ao vazamento de seus dados por parte do banco.

A jurisprudência estabelece diretrizes para determinar quando os bancos podem ser responsabilizados por golpes de engenharia social, usando como base a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Em termos gerais, a responsabilidade das instituições financeiras depende do tipo de informação em posse dos criminosos. Se forem dados genéricos que poderiam ser obtidos de outras fontes, mesmo que sejam considerados sensíveis, não haverá uma conexão causal. Isso ocorre quando os fraudadores utilizam informações como nome, sobrenome, estado civil, profissão, endereço, telefone, origem racial ou étnica, crença religiosa, orientação política, filiação a sindicatos, informações de saúde ou dados biométricos, por exemplo.

No entanto, os bancos podem ser responsabilizados quando os dados usados pelos criminosos estão relacionados às operações financeiras. Geralmente, essas informações são exclusivamente tratadas pelas instituições, que têm o dever de armazená-las com segurança.

A ministra relatora afirmou que “dados pessoais vinculados a operações e serviços bancários são sigilosos, e é responsabilidade das instituições financeiras garantir seu tratamento seguro. O armazenamento inadequado dessas informações, que permite que terceiros tenham acesso a elas e causem prejuízos aos consumidores, constitui uma falha na prestação do serviço”.

No caso específico que foi julgado, uma mulher contratou um financiamento de veículo em uma financeira e optou por quitar a dívida antecipadamente. Ela seguiu as instruções do site da instituição e enviou um e-mail solicitando informações sobre o contrato e o valor devido. Poucos dias depois, uma funcionária da financeira entrou em contato via WhatsApp, informando que havia 32 parcelas em aberto e enviando um boleto de R$ 19,2 mil. A cliente efetuou o pagamento, mas posteriormente percebeu que havia sido vítima de fraude.

O tribunal de primeira instância considerou a dívida quitada, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) revogou a sentença, argumentando que a fraude ocorreu devido à falta de cautela da consumidora. Alguns indícios incluíam a troca de mensagens informais via WhatsApp e inconsistências no boleto, como o banco e o beneficiário indicados, que eram diferentes dos do contrato de financiamento, além de um número incorreto do documento.

Não era razoável esperar que a cliente percebesse essas discrepâncias, uma vez que a pessoa que a contatou em nome da financeira possuía informações confidenciais sobre ela. Os fraudadores tinham conhecimento de que a mulher era cliente da empresa, que havia enviado um e-mail para quitar a dívida e que tinham informações sobre o financiamento contratado. Essas informações são sigilosas e deveriam ser protegidas pela instituição financeira.

Portanto, se esses dados chegaram ao conhecimento dos criminosos, a responsabilidade da financeira não pode ser descartada devido ao tratamento inadequado dessas informações, o que facilitou a fraude.

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NOVAS REGRAS DA ANVISA ELEVAM PADRÕES DE SEGURANÇA NOS LABORATÓRIOS DE ANÁLISES CLÍNICAS

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) anunciou recentemente a entrada em vigor da Resolução – RDC nº 786, datada de 5 de maio de 2023. Esta resolução traz consigo um conjunto de novas diretrizes destinadas a regulamentar os laboratórios de análises clínicas, com efeito a partir de 1º de agosto. O objetivo primordial desta atualização regulatória é fortalecer a proteção, segurança e confidencialidade dos dados dos pacientes, em total sintonia com os princípios delineados na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Dentre as disposições mais destacadas presentes neste documento, merece destaque o Artigo 32, que estabelece a responsabilidade dos Serviços que executam Exames de Análises Clínicas (EAC) na formulação de uma política de acesso aos dados e informações, independentemente do formato em que se apresentem. Essa política visa fornecer os recursos necessários para garantir a proteção dos dados dos pacientes, em conformidade com as diretrizes da LGPD.

O Artigo 48 enfatiza a importância de formalizar contratos escritos que delineiem claramente as obrigações, responsabilidades e funções das partes envolvidas. Isso inclui o compromisso de cumprir os requisitos estipulados na resolução, com o intuito de assegurar a segurança, qualidade e confiabilidade dos resultados dos exames.

O documento também ressalta a necessidade de uma supervisão contínua. Tanto os Serviços que realizam EAC quanto as Centrais de Distribuição devem garantir que suas operações estejam alinhadas com os objetivos pretendidos, implementando rigorosos padrões de segurança, qualidade e eficácia.

A salvaguarda da privacidade e confidencialidade dos dados dos pacientes é abordada no Artigo 71, que exige que os Serviços que executam EAC elaborem uma política específica e designem responsabilidades nesse sentido. Além disso, medidas para prevenir acessos não autorizados devem ser sistematicamente estabelecidas e documentadas.

Um aspecto importante da nova regulamentação é a identificação do material biológico utilizado nos exames. O Artigo 95 estipula que os laudos emitidos devem conter informações sobre a entidade responsável pela fase analítica de cada EAC. A simplificação da identificação do material biológico é permitida apenas quando a coleta e a entrega do laudo ao paciente ocorrem imediatamente. Isso visa garantir a segurança do paciente e do material, mantendo a rastreabilidade.

Outra medida significativa é abordada no Artigo 153, que limita a doação de material biológico para Provedores de Ensaios de Proficiência somente aos Serviços Tipo III. Além disso, essa doação deve ser realizada de forma a proteger rigorosamente as informações pessoais dos pacientes, demonstrando um compromisso inequívoco com a proteção de dados sensíveis.

Com esta atualização regulatória, a ANVISA busca elevar substancialmente os padrões de segurança e privacidade nos laboratórios de análises clínicas do país, em resposta às demandas da sociedade atual, enquanto garante total conformidade com a LGPD. A entrada em vigor dessas novas regras em 1º de agosto representa um passo significativo rumo à proteção dos dados dos pacientes e ao aprimoramento da qualidade dos serviços de análises clínicas oferecidos.

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REDEFININDO FRONTEIRAS: O FUTURO DA IA NA ERA CORPORATIVA

No universo em constante evolução da Inteligência Artificial (IA), cada avanço redefine o que conhecemos e esperamos dessa tecnologia. Esta semana, tivemos a introdução de uma versão superior e mais robusta de um já reconhecido modelo de IA, marcando uma etapa sem precedentes no campo.

Em uma postagem na emergente rede social que tem se destacado como uma alternativa às plataformas tradicionais, foram delineadas as características revolucionárias deste lançamento. Uma das mais impressionantes é a capacidade de processar um volume de palavras quatro vezes maior em uma única interação, em comparação com seu antecessor.

Mas não é só a eficiência que se destaca. A questão da privacidade e segurança ganha novos contornos com esse modelo. Há uma garantia robusta de que dados corporativos não alimentam ou refinam seus algoritmos, tornando-o uma opção mais segura. Além disso, sua conformidade com padrões internacionais de gerenciamento de dados eleva sua confiabilidade no mercado corporativo.

Mesmo que a primeira versão deste modelo de IA tenha sido introduzida recentemente, sua influência no mundo corporativo é inegável. É notável que a vasta maioria das grandes empresas globais já incorporou essa tecnologia em seus processos, de uma forma ou de outra. Esse cenário estabeleceu o terreno fértil para a introdução dessa versão superior.

Os depoimentos do mercado também são notáveis. Líderes de grandes corporações veem neste novo modelo uma oportunidade de ampliar a eficiência de suas equipes e melhorar a experiência do cliente. Outros destacam os ganhos de produtividade, mencionando significativas reduções no tempo dedicado a pesquisas.

Esta nova versão não é apenas uma evolução; é um marco no universo da IA. Estamos diante de uma mudança transformadora na maneira como o mundo corporativo percebe e utiliza a Inteligência Artificial.

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O COMPROMISSO DO CNJ COM A PROTEÇÃO DE DADOS NA JUSTIÇA BRASILEIRA

Na última sexta-feira, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou o ciclo de monitoramento e avaliação da Resolução n.363/2021, que estabelece diretrizes para a adaptação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) por parte dos tribunais. Isso aconteceu durante o 1º Simpósio Nacional sobre LGPD no Poder Judiciário, sediado pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, em Salvador.

O evento reuniu representantes de diversos tribunais, do CNJ e da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), com o objetivo de discutir a aplicação da LGPD nas atividades judiciais. O coordenador do Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais (CPGD) do CNJ, destacou a importância desse simpósio como um espaço para aprofundar as discussões sobre essa área do direito.

O CNJ lançará um questionário para os tribunais, dividido em três partes: identificação, avaliação e percepção. Essa avaliação tem como objetivo identificar problemas regulatórios e medidas necessárias para a implementação eficaz da LGPD.

Essa iniciativa reflete o compromisso do CNJ com a proteção de dados pessoais desde a promulgação da LGPD em 2018. A Resolução CNJ n. 363/2021, que estabelece medidas iniciais para a conformidade com a LGPD pelos tribunais, é resultado desse compromisso. O esforço conjunto do CNJ e dos tribunais em se ajustarem à LGPD já está recebendo reconhecimento, com 94% dos órgãos do Poder Judiciário tendo unidades ou pessoas dedicadas à implementação da LGPD, conforme um relatório da Unesco.

Essa iniciativa demonstra como a proteção de dados pessoais é uma prioridade crescente no ambiente jurídico, e a capacidade de adaptação a essas regulamentações desempenha um papel fundamental na garantia da privacidade e segurança dos dados dos cidadãos. O compromisso do CNJ em monitorar e avaliar o progresso nesse sentido é um passo importante para garantir a conformidade contínua com a LGPD.

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CRESCENTE CONSCIENTIZAÇÃO: AUMENTO SIGNIFICATIVO EM COMUNICAÇÕES DE INCIDENTES DE SEGURANÇA DE DADOS

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) recentemente divulgou seu primeiro Relatório do Ciclo de Monitoramento, apresentando um aumento notável nas comunicações recebidas. Um total de 473 notificações apontou possíveis falhas de segurança em sistemas de informação que poderiam resultar em violações do sigilo de dados pessoais. Essas notificações se dividiram em 186 casos em 2021 e 287 em 2022, indicando um crescimento significativo de um ano para outro.

De acordo com a legislação pertinente, empresas, órgãos públicos e entidades têm a obrigação de comunicar à ANPD e aos titulares de informações qualquer possível incidente de segurança que possa representar riscos ou danos relevantes aos cidadãos. Isso explicaria o aumento nas comunicações.

Os incidentes de sequestro de dados, conhecidos como ransomware, foram o tipo predominante de incidentes relatados, afetando principalmente setores como administração pública, saúde, educação, financeiro e tecnologia da informação.

Segundo um especialista em Direito Digital e Proteção de Dados, o aumento nas comunicações reflete uma maior conscientização sobre a importância da segurança da informação. Ele sugere que empresas e entidades estão se tornando mais proativas na identificação e comunicação de possíveis violações, em conformidade com as leis aplicáveis.

No entanto, o especialista também levanta a possibilidade de um aumento real nos incidentes de segurança, o que requer uma análise mais detalhada para entender suas origens. Isso pode indicar que os sistemas de informação enfrentam ameaças cibernéticas crescentes, destacando a necessidade de investir em medidas sólidas de segurança cibernética para proteger os dados pessoais.

Para evitar violações e minimizar a necessidade de comunicar incidentes, as organizações devem adotar medidas proativas, como investir em soluções de segurança cibernética, realizar avaliações regulares de vulnerabilidade, fornecer treinamento de conscientização para os funcionários e implementar políticas claras de acesso a dados. Além disso, é fundamental manter sistemas e software atualizados e educar continuamente os funcionários sobre boas práticas de segurança e a importância do manuseio adequado de dados pessoais. A atualização regular de software também é crucial para corrigir vulnerabilidades conhecidas.

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LGPD NOS CARTÓRIOS: ENCONTRANDO EQUILÍBRIO ENTRE PRIVACIDADE E TRANSPARÊNCIA

A aplicação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) nos cartórios tem gerado debates, e um dos principais pontos de controvérsia é a expedição de certidões. A emissão de certidões por notários e registradores está prevista em leis específicas, o que tem gerado um conflito aparente entre a necessidade de publicidade e o direito fundamental à proteção de dados pessoais. A implementação dessa legislação tem impactado as práticas diárias dos profissionais notariais e registrais.

Embora a Constituição Federal já protegesse a privacidade e a intimidade, a proteção de dados pessoais tornou-se um direito fundamental com a promulgação da Emenda Constitucional 115/2022. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) ressalta a importância dos direitos à privacidade e proteção de dados pessoais, pois esses direitos fundamentais visam promover a dignidade humana e proteger os cidadãos, especialmente na era digital.

O reconhecimento da proteção dos dados pessoais como um direito fundamental busca garantir que a construção da personalidade esteja salvaguardada. A proteção de dados pessoais está relacionada ao livre desenvolvimento e determinação da personalidade, ligada à proteção da privacidade e intimidade. Princípios e direitos como a dignidade da pessoa humana, o livre desenvolvimento da personalidade e a privacidade estão associados ao direito à proteção de dados pessoais.

A Lei 13.709/18, que trata da proteção de dados pessoais, estabelece princípios como finalidade, adequação e necessidade para o tratamento de dados. A expedição de certidões, considerada uma operação de tratamento de dados, deve observar esses princípios. A Lei também determina que o notário ou registrador deve avaliar a adequação, necessidade e proporcionalidade do conteúdo da certidão de acordo com sua finalidade.

As diferenças entre a publicidade notarial e registral são essenciais para entender o conflito aparente entre os direitos de proteção de dados pessoais e a publicidade. A expedição de certidões por notários é focada em atos específicos e destinada principalmente às partes envolvidas, enquanto a publicidade registral é mais ampla e direcionada a qualquer pessoa.

A proteção de dados pessoais introduz um novo procedimento para a expedição de certidões, considerando a necessidade de análise, validação e adaptação à LGPD. Esse processo difere da simples emissão de certidões e requer um tratamento cuidadoso para garantir que dados pessoais relevantes sejam protegidos e usados de forma proporcional.

Portanto, a aplicação da LGPD nos cartórios requer uma compreensão clara das diferenças entre as publicidades notarial e registral, assim como a necessidade de um novo procedimento para a expedição de certidões em conformidade com os princípios de proteção de dados pessoais. Isso garante que tanto a proteção dos dados pessoais quanto a publicidade dos atos sejam equilibradas de maneira justa e legal.

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DEFENDENDO SUA PRESENÇA NO LINKEDIN: ESTRATÉGIAS PARA ENFRENTAR ATAQUES DE HACKERS

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Recentemente, a empresa especializada em inteligência de ameaças e gestão de risco, Cyberint, emitiu um alerta preocupante sobre uma série de ataques cibernéticos direcionados à plataforma do LinkedIn. Esses ataques têm causado sérios transtornos a milhares de usuários, comprometendo suas contas e resultando em invasões indesejadas e bloqueios abruptos.

A frequência desses ataques tem levado a um aumento notável nos pedidos de auxílio por parte dos usuários do LinkedIn, que se encontram cada vez mais afetados por essa onda preocupante de violações de segurança.

Em vista disso, é de extrema importância estar informado sobre como resguardar-se contra essas ameaças, como identificar os sinais de comprometimento e, caso a conta seja comprometida, como proceder para recuperá-la.

Reforçando a Segurança do seu Perfil Antes de entrarmos em detalhes, é crucial ressaltar que a prevenção é o melhor caminho a seguir. Ao fortalecer as medidas de segurança da sua conta, você reduz significativamente as chances de ser alvo de invasões. Abaixo, seguem as etapas para aumentar a proteção da sua conta no LinkedIn:

  1. Clique na imagem do seu perfil, localizada próxima ao botão de “Notificações”.
  2. Selecione “Configurações e Privacidade”.
  3. Acesse “Acesso e Segurança”.
  4. Role a página até encontrar a opção “Verificação em Duas Etapas” e clique em “Configurar”.
  5. Escolha o aplicativo de autenticação e siga as instruções fornecidas.

Após concluir esses passos, você será solicitado a inserir sua senha e a plataforma fornecerá orientações para instalar o aplicativo de verificação em duas etapas no seu dispositivo móvel. Depois disso, siga as instruções para concluir a ativação, inserindo o código gerado pelo aplicativo.

Sinais de Possível Comprometimento Identificar sinais de invasão é crucial para uma resposta rápida e eficaz. Fique atento a esses indícios:

  1. Dificuldade de Acesso: Caso enfrente dificuldades ao entrar em sua conta, mesmo digitando as informações corretas, pode ser um sinal de invasão. Nesse caso, é recomendável alterar sua senha imediatamente e tentar o acesso novamente.
  2. Atividades Anômalas: Conteúdos estranhos em sua linha do tempo, como postagens de perfis que você não segue, mensagens desconhecidas ou excesso de spams, podem indicar que sua conta foi hackeada.

Recuperando Sua Conta Se sua conta já foi comprometida e você não consegue mais acessá-la, siga estas etapas:

  1. Entre em contato imediatamente com o suporte do LinkedIn.
  2. Preferencialmente, preencha o formulário de assistência em inglês.
  3. Se necessário, utilize ferramentas como o ChatGTP para traduzir sua mensagem, caso não domine o idioma.

Lidar com ataques cibernéticos é uma preocupação crescente, especialmente em plataformas tão relevantes como o LinkedIn. Ao tomar medidas preventivas e estando atento aos sinais de invasão, você pode proteger sua presença online e minimizar os riscos associados a essas ameaças.

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APLICATIVOS NA GOOGLE PLAY STORE QUE ESTÃO TRANSMITINDO DADOS PARA SERVIDORES NA CHINA

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Dois aplicativos de gerenciamento de arquivos disponíveis na Google Play Store foram identificados como programas espiões, colocando em risco a privacidade e segurança de até 1,5 milhão de usuários do Android. Os aplicativos em questão, File Data Recovery, Data Recovery e File Manager, desenvolvidos pelo mesmo grupo, apresentam comportamento enganoso ao enviar secretamente dados sensíveis dos usuários para servidores maliciosos na China.

Esses aplicativos, com uma aparente inocuidade, têm sido utilizados como veículos para a coleta não autorizada de informações pessoais, levantando sérias preocupações sobre a proteção dos dados e a privacidade dos usuários. Ambos os aplicativos possuem um número substancial de instalações, o que significa que uma grande quantidade de indivíduos pode ter sido afetada por essa violação de segurança.

Uma característica particularmente preocupante desses aplicativos é o fato de serem automaticamente iniciados quando o dispositivo é reiniciado, sem a necessidade de intervenção do usuário. Isso significa que mesmo aqueles que desinstalaram o aplicativo ainda podem ter seus dados comprometidos, já que a atividade maliciosa é iniciada assim que o dispositivo é ligado novamente.

O modo de operação desses programas espiões é projetado para passar despercebido pelos usuários. Eles coletam uma variedade de informações confidenciais, incluindo registros de chamadas, histórico de navegação, mensagens de texto e até mesmo detalhes de localização. Esses dados são então enviados para servidores localizados na China, sem o conhecimento ou consentimento dos usuários.

As implicações dessa violação de privacidade são profundas. Os dados coletados podem ser usados para atividades ilegais, como roubo de identidade, fraude financeira e até mesmo chantagem. Além disso, a transferência não autorizada de informações pessoais para servidores em outro país levanta preocupações sobre a soberania dos dados e a segurança nacional.

A descoberta desses aplicativos maliciosos destaca a importância de uma análise rigorosa e controle adequado por parte das plataformas de distribuição de aplicativos, como a Google Play Store. Embora a Google tenha implementado medidas de segurança e verificação, a presença desses aplicativos maliciosos ressalta a necessidade contínua de melhorias na detecção e remoção de programas indesejados.

Para proteger sua privacidade e segurança, é crucial tomar medidas proativas. Aqui estão algumas recomendações para os usuários de dispositivos Android:

  1. Remova os aplicativos suspeitos: Verifique se você possui algum dos aplicativos mencionados instalados em seu dispositivo. Se sim, desinstale-os imediatamente para interromper a coleta e o envio de dados.
  2. Atualize o sistema operacional e os aplicativos: Mantenha seu dispositivo atualizado com as versões mais recentes do sistema operacional e dos aplicativos instalados. As atualizações geralmente contêm correções de segurança importantes que podem mitigar vulnerabilidades conhecidas.
  3. Analise as permissões do aplicativo: Ao instalar qualquer aplicativo, verifique as permissões que ele solicita. Se um aplicativo solicitar acesso a informações sensíveis ou não relacionadas à sua função principal, questione a necessidade dessas permissões e, se necessário, evite a instalação.
  4. Leia as avaliações e comentários: Antes de instalar um aplicativo, verifique as avaliações e comentários de outros usuários. Isso pode fornecer informações sobre a confiabilidade e a reputação do aplicativo.
  5. Utilize soluções de segurança confiáveis: Considere a instalação de um aplicativo antivírus confiável em seu dispositivo Android para ajudar a detectar e bloquear ameaças em potencial.

Essa descoberta ressalta a importância de permanecer vigilante ao baixar e instalar aplicativos em dispositivos móveis. Embora a Google Play Store e outras plataformas façam esforços para garantir a segurança dos aplicativos listados, é essencial que os usuários também desempenhem um papel ativo na proteção de sua privacidade e segurança online.