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POLÍCIA FEDERAL CESSA EMISSÃO DE PASSAPORTES PARA INVESTIGAR INVASÃO

Na última quinta-feira (18/04), a Polícia Federal (PF) suspendeu o agendamento para emissão de passaportes, um movimento de cautela após um incidente de segurança cibernética detectado no início da semana nos sistemas da instituição. A suspensão é uma medida preventiva enquanto a PF investiga a extensão e origem do ataque cibernético, cujos detalhes ainda são incertos.

Os sistemas serão restaurados e o serviço de agendamento será retomado apenas após a PF assegurar a completa segurança e integridade dos dados. A corporação emitiu uma orientação para aqueles que já efetuaram seu agendamento, garantindo que poderão prosseguir com a emissão dos documentos conforme previsto. Contudo, a PF aconselha que indivíduos sem viagens iminentes aguardem a normalização dos serviços antes de procederem com novos agendamentos.

Para casos urgentes, onde a emissão do passaporte é impreterível nos próximos dias, a PF solicitou que os requerentes enviem por e-mail documentos comprovando a urgência da viagem para as unidades emissoras de passaportes. Esta medida busca minimizar o impacto sobre aqueles cujas necessidades são mais prementes, enquanto a instituição trabalha para restabelecer a normalidade operacional o mais rapidamente possível.

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OPERAÇÃO CONJUNTA DERRUBA REDE DE MALWARE BANCÁRIO

A recente operação conjunta entre a Polícia Federal do Brasil e a Polícia Nacional da Espanha, com o apoio da Interpol, marcou um ponto de virada significativo na luta contra o crime cibernético transnacional. A operação desmantelou uma rede de criminosos responsáveis pelo malware bancário Grandoreiro, que tem aterrorizado usuários na esfera de língua espanhola desde 2017.

A eficácia desta operação foi ampliada pelo suporte técnico de corporações de segurança cibernética renomadas como Trend Micro, Kaspersky, ESET, Group-IB e Scitum, juntamente com informações cruciais fornecidas pelo Caixa Bank da Espanha. Essa colaboração permitiu a identificação e a prisão de cinco programadores e operadores brasileiros que gerenciavam a infraestrutura desse software malicioso.

Em agosto de 2023, análises detalhadas permitiram estabelecer ligações claras entre diversas amostras do malware, aproximando os investigadores do núcleo do crime organizado. Uma sequência de reuniões estratégicas culminou na emissão de cinco mandados de prisão temporária e treze de busca e apreensão em diversos estados brasileiros, além do bloqueio e apreensão de bens para desmantelar a estrutura financeira dos criminosos e recuperar os ativos desviados.

O Grandoreiro se espalha principalmente por meio de e-mails de phishing disfarçados de comunicações de entidades respeitáveis, como tribunais e companhias de telecomunicações. Uma vez instalado, o malware captura informações através do monitoramento de teclas e movimentos do mouse, além de manipular janelas pop-up que induzem a vítima a revelar dados sensíveis. Os criminosos têm acesso então a contas bancárias, de onde desviam fundos para contas intermediárias antes de transferi-los de volta para o Brasil.

O trabalho coordenado destacou a importância de compartilhamento de informações e cooperação entre entidades de segurança pública e privada em escala global. É importante reforçar o papel da Interpol como facilitadora dessas interações, sublinhando a necessidade de um compromisso contínuo para combater as ameaças cibernéticas que não respeitam fronteiras nacionais.

O comprometimento da Interpol em suportar contínuas investigações em diversos países sinaliza uma abordagem proativa e adaptativa ao cenário de ameaças em constante evolução, assegurando que os esforços para combater o crime cibernético sejam tanto dinâmicos quanto colaborativos.

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COMO EVITAR APLICATIVOS FALSOS DURANTE A DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA

Os contribuintes que estão preparando suas declarações de Imposto de Renda precisam estar extremamente vigilantes quanto aos riscos de fraudes digitais. Recentemente, a Receita Federal do Brasil alertou sobre a circulação de aplicativos fraudulentos que simulam ser plataformas oficiais. Esses aplicativos estão sendo distribuídos através de lojas virtuais com o intuito de capturar dados pessoais e financeiros dos usuários.

É fundamental que os contribuintes reconheçam a importância de acessar somente os canais oficiais para a realização de qualquer procedimento relacionado ao Imposto de Renda. O site oficial da Receita Federal (gov.br/receitafederal) é o único portal autorizado para a obtenção de informações confiáveis e para o envio de declarações. Além disso, o site oferece links seguros para o download do aplicativo oficial, garantindo que os contribuintes possam cumprir suas obrigações fiscais sem colocar seus dados em risco.

Usar um aplicativo não oficial não apenas coloca em risco as informações pessoais do contribuinte, mas também pode manter o indivíduo em débito com o fisco, dado que as informações enviadas por meio desses canais fraudulentos não são recebidas pela Receita. Os criminosos por trás desses aplicativos podem usar as informações roubadas para abrir contas bancárias, solicitar créditos e benefícios fraudulentos em nome do contribuinte, entre outros crimes.

Para os que não se sentem seguros em lidar com a tecnologia ou com o processo de declaração, recomenda-se buscar a assistência de um contador qualificado. Esses profissionais estão familiarizados com o processo e podem garantir que a declaração seja feita corretamente e por meio dos canais seguros.

Em suma, a proteção de dados pessoais e financeiros é crucial, especialmente durante o período de declaração do Imposto de Renda. Acessar apenas sites e aplicativos verificados, evitar clicar em links suspeitos recebidos por mensagens ou e-mails e, quando necessário, consultar um profissional são passos essenciais para evitar cair em armadilhas online e garantir o cumprimento adequado das obrigações fiscais.

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COMO A TECNOLOGIA ESTÁ TRANSFORMANDO A PRIVACIDADE EM HOTÉIS E TURISMO

A indústria hoteleira e de turismo está enfrentando uma revolução impulsionada pela era digital. As práticas de coleta, armazenamento e processamento de dados tornaram-se fundamentais para oferecer serviços personalizados, destacando as preocupações crescentes com a privacidade e a segurança dos dados dos consumidores.

A complexidade desta questão é intensificada pelas rigorosas regulamentações internacionais como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) na União Europeia e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, que definem padrões elevados para a segurança das informações pessoais.

A gestão de dados no setor hoteleiro e turístico, que frequentemente lida com informações sensíveis, desde identificação pessoal até detalhes financeiros e preferências de serviço, apresenta desafios particulares. A diversidade de regulamentações de privacidade globais complica ainda mais a operação dessas empresas em múltiplas jurisdições.

Embora a digitalização tenha melhorado a operacionalidade e a experiência do cliente, também ampliou as vulnerabilidades a infrações de dados, requerendo estratégias de segurança cibernética mais sofisticadas. É vital que o setor encontre um equilíbrio entre aproveitar os benefícios da tecnologia digital e assegurar a proteção dos dados dos clientes.

As abordagens inovadoras para a segurança e privacidade de dados incorporam tanto tecnologia quanto governança. Avanços como blockchain e inteligência artificial oferecem novas maneiras de armazenar, processar e proteger dados. A tecnologia blockchain promove maior transparência e segurança no manejo de registros, enquanto a inteligência artificial pode ser utilizada para detectar e prevenir proativamente ameaças à segurança.

Com o cenário de regulamentações em constante evolução e os progressos tecnológicos, é crucial que as entidades hoteleiras estejam em plena conformidade com as leis de proteção de dados, reforçando não só a segurança como a confiança e transparência para com os clientes.

Para estar em conformidade, medidas proativas e eficazes são essenciais, incluindo conscientização, transparência, consentimento, segurança da informação e a nomeação de um Encarregado de Proteção de Dados (DPO).

Implementando essas práticas, os hotéis não apenas cumprem as leis, mas também cultivam uma relação de confiança e respeito com os clientes. A proteção dos dados pessoais vai além do cumprimento legal, representando um compromisso ético e um diferencial competitivo num mercado cada vez mais atento à privacidade.

A questão da privacidade e segurança dos dados está se tornando cada vez mais crítica no setor hoteleiro e turístico. A combinação de tecnologia de ponta e práticas governamentais sólidas é fundamental para sustentar a credibilidade e a longevidade dos negócios neste ambiente altamente competitivo.

Os líderes do setor que inovam na criação e implementação de soluções de proteção de dados definem o padrão para a indústria e ajudam a construir um ambiente onde a segurança e a privacidade são priorizadas.

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O FUTURO DA SEGURANÇA CIBERNÉTICA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA

A segurança cibernética permanece como um campo essencial e dinâmico, impulsionada principalmente pelo aumento e pela sofisticação dos ataques cibernéticos, que vão desde ransomwares até Ameaças Persistentes Avançadas (APT). Empresas de diversos tamanhos e setores continuam a enfrentar desafios significativos na proteção de suas redes e dados contra invasões maliciosas.

De acordo com análises recentes da Mordor Intelligence, o mercado de segurança cibernética foi avaliado em cerca de US$ 183 bilhões em 2023, com projeções indicando um crescimento para US$ 314,28 bilhões até 2028. Este aumento representa uma taxa de crescimento anual composta de 11,44% no período projetado. Adicionalmente, tendências como o Bring Your Own Device (BYOD), Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e machine learning estão se desenvolvendo rapidamente dentro deste contexto. O machine learning, em particular, está revolucionando a segurança cibernética com sua capacidade de detectar anomalias de forma eficiente.

A Inteligência Artificial Generativa (Gen IA) tem demonstrado um crescimento explosivo. Impulsionada por pesquisas e desenvolvimento contínuos e uma expansão em aplicações comerciais em diversos setores, estima-se, segundo a GlobalData, que a receita dessa tecnologia cresça a uma taxa anual de 80% entre 2022 e 2027, saltando de US$ 1,75 bilhão para US$ 33 bilhões.

Este panorama mostra como a inteligência artificial está moldando transformações em diversos setores, com aplicações práticas que vão desde a detecção de fraudes até a automação de processos complexos. Nos últimos anos, a Gen IA tem avançado significativamente, passando de um fenômeno emergente para uma força consolidada no ambiente corporativo, graças aos avanços no processamento de linguagem natural e no desenvolvimento de modelos de linguagem em grande escala.

Com o aumento dos investimentos nessas áreas, está claro que os avanços em segurança cibernética e inteligência artificial generativa estão proporcionando benefícios substanciais às empresas. Estes incluem detecção avançada de ameaças, respostas automatizadas a incidentes, personalização e adaptação a contextos específicos, prevenção de fraudes, análise de big data, proteção de dados e garantia de privacidade. Portanto, é evidente que o futuro da segurança cibernética e da IA Generativa é não apenas promissor, mas também crucial para o avanço tecnológico e a proteção corporativa em um mundo cada vez mais digital e interconectado.

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UNIMED CUIABÁ IMPLEMENTA MEDIDAS EMERGENCIAIS APÓS INCIDENTE CIBERNÉTICO

No dia 18/03, segunda-feira, um incidente cibernético comprometeu os sistemas da Unimed, resultando em uma interferindo na liberação de procedimentos médicos, incluindo consultas, exames e internações. O ataque levou a cooperativa a adotar medidas emergenciais, como o preenchimento manual de guias e formulários médicos, para assegurar a continuidade dos serviços aos pacientes.

Diante do problema, a Unimed se viu obrigada a fechar todas as suas farmácias em Cuiabá na manhã seguinte, indicando que o ataque não se limitou apenas a áreas específicas do sistema, mas teve um alcance mais amplo. A empresa, contudo, garantiu que todas as demandas por atendimento foram atendidas, graças à mobilização rápida e à intervenção de técnicos de firmas especializadas para restaurar a normalidade operacional.

A cooperativa também destacou medidas adicionais para facilitar o acesso aos serviços. Clientes foram instruídos a se apresentarem à rede credenciada portando um documento com foto e o cartão do plano de saúde válido. Canais alternativos, como e-mail, telefone e WhatsApp, foram estabelecidos para que médicos e prestadores de serviço pudessem enviar registros necessários para a liberação de serviços médicos.

A Unimed Cuiabá enfatizou que o ataque foi restrito ao sistema de autorizações e assegurou que dados da cooperativa e de clientes permaneceram seguros, não tendo sido comprometidos. A empresa reiterou seu compromisso com a integridade do atendimento, independentemente de ser registrado digitalmente ou manualmente, e afirmou estar trabalhando intensamente para solucionar as interrupções e restabelecer plenamente o sistema o mais breve possível, mantendo-se aberta para esclarecimentos e dúvidas dos usuários.

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COMO SE DEFENDER DE GOLPES FINANCEIROS

A era digital trouxe consigo uma revolução na forma como lidamos com nossas finanças, tornando as transações online uma parte crucial de nosso cotidiano. No entanto, essa conveniência também abriu portas para fraudadores aprimorarem suas técnicas, afetando um número crescente de indivíduos. Uma pesquisa reveladora realizada em 2023 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que quase metade dos usuários da internet no Brasil foram vítimas de fraudes financeiras no ano anterior, ilustrando a gravidade da situação.

De acordo com dados do Banco Central do Brasil, as transações instantâneas movimentaram aproximadamente 10,89 trilhões de reais em 2023, evidenciando como a gestão financeira da maioria dos brasileiros passou a ser digital. Esse aumento no volume de transações online vem acompanhado de um crescimento nas ocorrências de golpes financeiros, com relatos frequentes de transações suspeitas, incluindo depósitos e transferências para contas duvidosas ou pagamentos de boletos fraudulentos.

Essas atividades ilícitas variam em sua execução, desde golpes diretos, onde os fraudadores se passam pelo titular da conta, até métodos mais sutis que induzem as vítimas a fornecer informações confidenciais. Vale ressaltar a importância de estar sempre alerta a propostas e contatos suspeitos para evitar cair em tais armadilhas.

Para se proteger, os consumidores devem tomar várias precauções. É fundamental desconfiar de qualquer operação que requeira pagamentos antecipados, especialmente para contas de pessoas físicas, quando se trata de empréstimos e financiamentos. Verificar a autenticidade das empresas antes de fechar negócio é essencial, assim como ser cético em relação a ofertas excessivamente vantajosas. Na hora de fazer compras online, é prudente investigar a reputação da loja e assegurar-se de que o beneficiário do pagamento corresponde ao vendedor legítimo.

O Banco Central também esclarece que não oferece empréstimos, financiamentos ou cobra dívidas, e nunca solicita informações pessoais ou bancárias por meio de SMS ou WhatsApp. Os consumidores devem se informar sobre os mecanismos de segurança oferecidos pelas instituições financeiras, como tokens e autenticação biométrica, para fortalecer a proteção de suas contas.

Além disso, é preciso estar atento a golpes que envolvem alegações falsas sobre contas no Banco Central ou uso indevido de documentos do Tesouro Nacional. Em caso de dúvida, é sempre recomendável consultar as páginas oficiais do Banco Central e do Tesouro Nacional para obter informações verídicas e atualizadas.

Enquanto o mundo digital nos oferece inúmeras facilidades, ele também requer que sejamos vigilantes e bem informados para proteger nossa saúde financeira contra fraudadores cada vez mais sofisticados.

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ÍNDICE DA CISCO REVELA LACUNAS NA PRONTIDÃO CIBERNÉTICA EM 2024

A edição de 2024 do Índice de Prontidão de Segurança Cibernética da Cisco revelou que somente 3% das organizações globais atingiram um nível considerado “maduro” em termos de prontidão para lidar com ameaças cibernéticas atuais. Este resultado mostra uma diminuição significativa em relação ao ano anterior, em que 15% das empresas alcançaram essa classificação, indicando uma necessidade crescente de fortalecer as defesas contra ataques digitais.

O índice é resultado de uma pesquisa com mais de 8.000 líderes de negócios e segurança em 30 mercados diferentes e analisa a prontidão cibernética das empresas através de cinco pilares principais: Inteligência de Identidade, Resiliência de Rede, Confiabilidade de Máquinas, Reforço de Nuvem e Fortalecimento de IA. Esses pilares são fundamentais para navegar no cenário de segurança cibernética, cada vez mais complexo devido à evolução constante das ameaças e à expansão da hiperconectividade.

Um dos aspectos do estudo é a confiança que 80% das empresas demonstram em sua capacidade de prevenir ataques cibernéticos com a infraestrutura atual, apesar da baixa porcentagem de organizações que atingem um nível de maturidade em prontidão. Esse contraste sugere uma desconexão entre a percepção de segurança e a realidade operacional, destacando uma potencial área de melhoria para muitas organizações.

Entre os desafios identificados, o relatório aponta para a complexidade trazida por soluções pontuais de segurança, o uso de dispositivos não seguros e não gerenciados, e a persistente escassez de talentos especializados em segurança cibernética. Esses fatores dificultam a capacidade das organizações de detectar, responder e se recuperar de incidentes de segurança de forma eficiente.

Além disso, o estudo revela que muitas organizações esperam interrupções nos negócios devido a incidentes de segurança nos próximos dois anos, com custos significativos já experimentados por mais da metade dos entrevistados devido a incidentes no último ano.

Há uma tendência de aumento nos investimentos em segurança, com muitas empresas planejando atualizar significativamente sua infraestrutura de TI e expandir seus orçamentos de segurança. Isso inclui um foco em atualizar soluções existentes, implantar novas tecnologias e investir em inteligência artificial, visando uma abordagem mais integrada e eficaz na prevenção de ameaças cibernéticas.

Apesar dos desafios atuais, há um reconhecimento da importância em fortalecer as defesas cibernéticas e uma disposição para investir em melhorias. Para as empresas, o caminho a seguir inclui não apenas investimentos em tecnologia, mas também uma avaliação contínua de suas estratégias de segurança, buscando sempre adaptar-se e responder ao ambiente de ameaças em constante evolução.

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TRANSFORMANDO A CIBERSEGURANÇA EM VANTAGEM ESTRATÉGICA

O cenário global está presenciando um crescimento exponencial nas atividades cibernéticas maliciosas, com estimativas projetando que os danos relacionados ao cibercrime podem alcançar a impressionante cifra de US$ 10,5 trilhões até 2025. Este aumento representa mais de 50% em relação aos prejuízos registrados em 2022. Longe de serem operações amadoras, essas atividades ilícitas são altamente estruturadas e operam de maneira semelhante a corporações legítimas, buscando maximizar lucros através de estratégias empresariais meticulosamente planejadas.

O modus operandi destas organizações criminosas é caracterizado por uma divisão operacional clara, abrangendo desde engenharia de software e redes até engenharia social e análise de mercado. Uma particularidade preocupante é a existência de departamentos dedicados ao recrutamento de talentos, não apenas para fortalecer suas próprias fileiras, mas também para infiltrar esses especialistas em grandes organizações, visando a execução de agendas maliciosas internamente.

Diante dessa ameaça crescente, as empresas são desafiadas a adotar uma postura proativa em sua defesa cibernética. A premissa de que uma invasão é inevitável exige uma resposta robusta, focada na prevenção através da adoção de tecnologias avançadas, aprimoramento contínuo dos processos organizacionais e capacitação das equipes.

As estratégias de defesa devem ser abrangentes, começando pela avaliação de riscos até a implementação de protocolos rigorosos a serem seguidos por toda a organização. Ferramentas como análise e visibilidade de rede desempenham um papel crucial na identificação precoce de ameaças, enquanto a proteção de interfaces de programação de aplicativos (APIs) se torna essencial no contexto de negócios cada vez mais digitais e interconectados.

No que diz respeito à capacitação de equipes, é fundamental avaliar o nível de conhecimento em cibersegurança e desenvolver habilidades específicas necessárias para a defesa eficaz do ambiente de trabalho. A educação cibernética deve envolver todos os stakeholders, desde a alta gestão até os funcionários e fornecedores.

O investimento em cibersegurança deve ser visto não apenas como uma necessidade, mas como uma oportunidade para fortalecer a infraestrutura tecnológica e os processos de negócios. A tendência é que as empresas busquem cada vez mais apoio em serviços gerenciados e soluções como Centros de Operações de Segurança autônomos, buscando uma gestão de risco mais eficiente e alinhada às melhores práticas globais.

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PARLAMENTO EUROPEU ESTABELECE MARCO REGULATÓRIO PARA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Na recente aprovação pelo Parlamento Europeu da primeira legislação destinada a regular o uso da inteligência artificial (IA) dentro da União Europeia, testemunhamos um marco significativo no direcionamento das políticas tecnológicas globais. Este desenvolvimento, inédito em sua essência, é impulsionado pela intenção de assegurar que os avanços tecnológicos se alinhem com os direitos fundamentais da sociedade, estabelecendo um precedente que provavelmente inspirará iniciativas regulatórias similares ao redor do mundo.

A nova legislação serve como um paradigma ético e jurídico, visando equilibrar o progresso tecnológico com a proteção dos indivíduos, de maneira similar ao impacto que o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) teve desde sua implementação em 2018 pela União Europeia. O GDPR não apenas reformulou as práticas de privacidade e proteção de dados mas também motivou a criação de legislações correspondentes em diversas jurisdições, demonstrando o potencial de tais regulamentações para modelar padrões globais.

No contexto brasileiro, percebe-se um crescente interesse legislativo pela inteligência artificial, refletido na tramitação de numerosas propostas que buscam estabelecer um marco regulatório para o uso da IA. Esta movimentação evidencia um reconhecimento da necessidade de diretrizes claras para orientar o desenvolvimento tecnológico de forma responsável e alinhada com os interesses da sociedade.

A adoção desta legislação na União Europeia ressalta a importância de um diálogo contínuo e informado sobre as implicações éticas, sociais e legais da inteligência artificial. Ao mesmo tempo, sublinha a urgência em estabelecer frameworks regulatórios que possam não apenas promover a inovação mas também garantir que tal inovação proceda de forma ética e com respeito aos direitos humanos fundamentais. A iniciativa europeia pode, portanto, servir de inspiração para que outras regiões desenvolvam suas próprias abordagens regulatórias, ajustadas às suas realidades específicas e aos desafios apresentados pela IA.

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MICROSOFT LIDA COM ACESSO NÃO AUTORIZADO POR GRUPO MIDNIGHT BLIZZARD

A Microsoft está lidando com um problema de segurança após a descoberta de que um grupo chamado Midnight Blizzard conseguiu acessar sua rede. Esse grupo não só espionou executivos importantes da empresa, mas também roubou partes do código-fonte. Há uma preocupação real de que esses invasores ainda possam estar escondidos dentro do sistema da Microsoft.

A empresa descreveu essa situação como um ataque que ainda está acontecendo. Os invasores estão usando as informações que pegaram para tentar acessar mais partes do sistema que não deveriam. A Microsoft não disse exatamente o que foi roubado ou quais partes de seu sistema foram afetadas. No entanto, eles garantiram que não há evidências de que os serviços que oferecem aos clientes tenham sido comprometidos.

O Midnight Blizzard parece estar tentando usar informações confidenciais obtidas das comunicações por email com clientes da Microsoft. A empresa está trabalhando para avisar e ajudar esses clientes a se protegerem contra possíveis ataques.

Além disso, a Microsoft notou um grande aumento na quantidade de ataques, como tentativas de adivinhar senhas, que o grupo realizou em fevereiro de 2024, dez vezes mais do que em janeiro.

A Microsoft está buscando maneiras de se proteger melhor e de proteger seus clientes contra essas ameaças. O ataque destaca a importância de estar sempre atento e pronto para responder a ameaças de segurança que estão sempre mudando e se tornando mais sofisticadas. A comunicação clara com os clientes, sem causar alarme desnecessário, é necessário enquanto a empresa trabalha para resolver o problema.

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A ADOÇÃO DA IA PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS

A adoção de tecnologias de inteligência artificial (IA) por micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) no Brasil representa um desenvolvimento significativo no cenário corporativo nacional. De acordo com um estudo realizado pela Microsoft em colaboração com a Edelman Comunicação, aproximadamente 74% das MPMEs no Brasil já implementaram a IA em suas operações de alguma maneira. Este dado sugere uma penetração substancial da tecnologia, indicando que a incorporação de IA nas atividades empresariais transcende o tamanho e o setor da organização.

A IA, caracterizada pela simulação de processos cognitivos humanos como aprendizagem e solução de problemas, tem sido progressivamente adotada pelas empresas. Em 2023, mais da metade (59%) das empresas relatou avanços na implementação de IA, com os investimentos na tecnologia crescendo 20% em relação ao ano anterior. Tal crescimento nos investimentos é apenas superado pelo direcionado às tecnologias de armazenamento em nuvem, que atraiu 56% dos fundos destinados à inovação.

Observa-se um interesse particular por avanços tecnológicos entre empresas originadas no meio digital, que aumentaram seus investimentos em tecnologia em 25% comparado às que não são nativas digitais. Contudo, o incremento nos investimentos tecnológicos levantou questões sobre segurança cibernética, um aspecto que tem recebido atenção crescente. Em 2023, 43% das empresas alocaram recursos para soluções de segurança, um aumento em relação aos 39% do ano anterior. As preocupações com segurança não são infundadas, dado que 16% das companhias enfrentaram ameaças cibernéticas, levando à adoção de medidas preventivas como treinamentos, aquisições de tecnologia de segurança e contratação de especialistas externos.

A pesquisa conduzida pela Microsoft e Edelman Comunicação abrangeu 300 líderes empresariais de companhias com até 250 empregados, incluindo uma gama de posições hierárquicas, desde proprietários a vice-presidentes. Essa diversidade nos respondentes sublinha a importância generalizada da IA e da segurança cibernética no contexto empresarial.

Além disso, a Microsoft tem desempenhado um papel proeminente na oferta de soluções de IA para o ambiente empresarial através do desenvolvimento do “Copilot”. Esse aplicativo de IA generativa visa ampliar a criatividade e aprimorar as competências profissionais, auxiliando os empregados na realização de tarefas como desenvolvimento de textos, criação de apresentações, e gerenciamento de e-mails e reuniões. Esse enfoque na IA generativa destaca o potencial da tecnologia para transformar positivamente as práticas de trabalho, evidenciando um caminho promissor para a inovação nas MPMEs brasileiras.