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COMO A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL IMPACTA A SEGURANÇA DIGITAL E O QUE AS EMPRESAS PODEM FAZER

O Brasil está enfrentando um cenário desafiador quando se trata de segurança digital. Nos últimos doze meses, o país registrou mais de 700 milhões de tentativas de ataque cibernético, uma média de quase 1.400 ataques por minuto. Esse dado coloca o Brasil entre os países com mais invasões digitais no mundo.

Esse cenário se deve, em parte, aos avanços da inteligência artificial (IA), que têm tornado os ataques mais sofisticados e difíceis de combater. Por um lado, a IA permite novas tecnologias de proteção; por outro, é também utilizada por criminosos para realizar golpes mais convincentes. Um exemplo é o “vishing”, que explora a tecnologia de voz para se passar por uma pessoa conhecida e enganar a vítima para obter dados confidenciais. Este tipo de golpe é cada vez mais comum e representa hoje uma grande parte dos ataques cibernéticos.

Por isso, investir em tecnologia de defesa é fundamental, mas é igualmente importante capacitar as equipes e criar uma cultura de segurança. Quando todos os colaboradores têm conhecimento básico sobre os riscos digitais e adotam boas práticas de segurança, a organização se torna muito mais protegida. Muitas empresas bem-sucedidas em segurança têm unido tecnologia avançada com campanhas de conscientização para fortalecer a proteção.

O custo de um ataque cibernético é alto. Segundo um relatório recente, o Brasil tem um custo médio de R$ 6,75 milhões por violação de dados, e ataques de phishing — golpes que induzem a vítima a fornecer informações confidenciais — são os que mais oneram, podendo chegar a R$ 7,75 milhões em média. Esses custos vão além da perda de dados, incluindo prejuízos à reputação da empresa e à confiança dos clientes, além de possíveis questões legais.

A proteção contra ataques cibernéticos vai além da tecnologia. Criar um ambiente onde todos compreendam a importância da segurança digital é um diferencial que ajuda a reduzir os riscos e aumenta a capacidade de resposta frente a incidentes. A segurança é tanto sobre tecnologia quanto sobre a conscientização e o cuidado no dia a dia.

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COMO O BRASIL ESTÁ ELEVANDO SUAS DEFESAS CIBERNÉTICAS PARA AS ELEIÇÕES DE 2024

À medida que o Brasil se prepara para as eleições municipais de 2024, a cibersegurança tornou-se um tópico de importância fundamental. A recente implementação da Política Nacional de Cibersegurança (PNCiber) é um claro indicativo do esforço do país para fortalecer as defesas contra crimes cibernéticos. Essa iniciativa é especialmente relevante para prevenir abusos, como os disparos em massa via WhatsApp, que infringem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Especialistas em cibersegurança apontam que as atualizações legais são fundamentais na proteção contra ameaças digitais e na salvaguarda dos direitos individuais em um mundo cada vez mais conectado. Eles destacam que sem a garantia de proteção e privacidade, não apenas as multas são uma preocupação, mas também a própria estrutura de uma democracia digitalizada fica em risco.

No contexto político, as eleições são particularmente suscetíveis a ataques cibernéticos, com os dados dos eleitores podendo ser alvos de manipulação e exploração. Para as eleições de 2024, reforçar a proteção de dados e a cibersegurança é essencial para assegurar a integridade do processo eleitoral e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos.

Implementar medidas robustas de segurança cibernética e aderir a regulamentações, como a LGPD, é crucial. Tanto empresas quanto órgãos governamentais precisam estar preparados para enfrentar possíveis ameaças cibernéticas, adotando medidas proativas para proteger dados e garantir a transparência e confiabilidade das eleições.

Para evitar ataques e vazamentos de dados, é recomendada uma estratégia que englobe pessoas, processos e tecnologias. Treinamentos e simulações de ataques de engenharia social devem ser realizados periodicamente. Em termos de processos, é vital seguir padrões de mercado no tratamento de dados sensíveis, como o PCI-DSS na indústria financeira.

No aspecto tecnológico, é importante escolher soluções que suportem a segurança em nuvem pública, incluindo autenticação de dois fatores, políticas de senha robustas, segurança de e-mail e criptografia de dados. Estas tecnologias devem complementar os outros dois pilares, formando uma solução de segurança integrada.

A necessidade de proteção contra ciberataques é urgente, considerando os potenciais prejuízos financeiros e danos à reputação. A busca por consultoria especializada em segurança é fundamental para uma avaliação de risco adequada e para o desenvolvimento de um plano de remediação eficaz, reduzindo as chances de ataques bem-sucedidos.

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COMO A EXPOSIÇÃO DE DADOS DESAFIA AS LEIS DE PROTEÇÃO

A recente descoberta da exposição pública de dados pessoais de cidadãos em um estado brasileiro, através de sites oficiais de órgãos governamentais, levanta sérias preocupações sobre a privacidade e segurança de informações sensíveis na era digital. Este incidente revela uma falha crítica na proteção de dados pessoais, incluindo nomes completos, números de identificação e endereços, que foram encontrados facilmente disponíveis para o público em geral. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), implementada para salvaguardar tais informações e exigir a anonimização de dados quando sua publicação se faz necessária, parece ter sido negligenciada neste caso.

Especialistas no campo da proteção de dados e tecnologia da informação ressaltam a importância fundamental de assegurar que os dados pertençam e sejam protegidos em favor do cidadão. A exposição não autorizada de informações pessoais não apenas compromete a privacidade, mas também expõe os indivíduos a riscos significativos, incluindo fraudes e outros delitos cibernéticos.

Em resposta à situação, órgãos governamentais envolvidos têm comunicado esforços para se alinhar às exigências da LGPD, destacando iniciativas para melhorar a governança de dados e a transparência para o público. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), por sua vez, enfatiza a importância de equilibrar a necessidade de transparência governamental com a proteção rigorosa dos dados pessoais, conforme também delineado pela Lei de Acesso à Informação (LAI).

A conformidade com a LGPD é reconhecida como um processo desafiador, que exige uma transformação substancial na cultura organizacional e nos procedimentos internos. A legislação estabelece diretrizes claras para o tratamento de dados, além de prever sanções severas para violações. Embora a aplicação dessas sanções a entidades governamentais ainda seja um assunto de debate, a necessidade de proteção de dados é indiscutível.

Para indivíduos cujos dados foram expostos, é necessário tomar medidas imediatas, procurando primeiro o responsável pelo tratamento dos dados e, se necessário, acionando os canais oficiais de denúncia. A conscientização sobre os direitos individuais e os mecanismos de defesa disponíveis é essencial para fortalecer a proteção de dados pessoais contra usos indevidos e vazamentos no cenário digital atual.