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PRESIDENTE BIDEN BLOQUEIA AVANÇO DE BANCOS NO MERCADO DE CRIPTOATIVOS

Na última sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, utilizou seu poder de veto para bloquear uma resolução do Congresso que permitiria uma maior integração dos bancos com o mercado de criptomoedas, especialmente no que diz respeito à custódia de ativos digitais. Essa resolução, aprovada recentemente por uma maioria significativa tanto na Câmara dos Representantes quanto no Senado, tinha como objetivo reverter uma diretriz estabelecida pela Securities and Exchange Commission (SEC) — equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil — que exige que os bancos incluam os criptoativos dos clientes em seus balanços patrimoniais.

A decisão de Biden mantém a exigência da SEC, refletindo a posição firme do governo em relação à proteção dos consumidores e investidores. “Minha administração não apoiará medidas que ameacem o bem-estar de consumidores e investidores. Salvaguardas apropriadas são necessárias para garantir que os benefícios e oportunidades oferecidos pela inovação dos ativos digitais sejam aproveitados de maneira segura”, afirmou a Casa Branca em comunicado após o veto.

Apesar da aprovação do Congresso e das tentativas de pressão por parte do setor de criptomoedas e bancos, que chegaram a enviar apelos escritos à Casa Branca, Biden manteve sua posição. O setor argumenta que a diretriz da SEC impõe obstáculos significativos para que os bancos americanos possam operar com criptoativos de forma eficiente.

O veto de Biden ocorre em um contexto de mudanças rápidas e reviravoltas no cenário regulatório das criptomoedas nos Estados Unidos. Recentemente, uma regulação do mercado de criptoativos foi revitalizada e aprovada com apoio bipartidário, e a SEC deu sinal verde para o primeiro ETF de Ethereum, sugerindo um possível amolecimento na postura do governo. Essas movimentações geraram expectativas no setor de que o governo poderia estar mais receptivo às demandas dos investidores em cripto, especialmente com a pressão adicional do ex-presidente Donald Trump, que tem manifestado apoio aos investidores de criptomoedas.

A decisão de Biden destaca a abordagem cautelosa da sua administração em relação à integração das criptomoedas no sistema financeiro tradicional, priorizando a segurança e proteção dos investidores acima da expansão rápida e desregulada do mercado de ativos digitais.

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EXPERIMENTO REVELA VULNERABILIDADES DOS INVESTIDORES ONLINE

A recente experiência conduzida pela ANBIMA e pela CVM revela um cenário preocupante no contexto dos investimentos financeiros online. Com um experimento meticulosamente elaborado, essas instituições demonstraram que quase metade dos indivíduos que interagiram com o anúncio de uma falsa corretora de valores podem ter sido expostos a potenciais golpes financeiros.

A simulação envolveu a criação de uma página fictícia de uma corretora de criptomoedas, repleta de indicadores típicos de fraudes, como promessas de lucros exorbitantes sem riscos, erros gramaticais evidentes e falta de informações cruciais, como o CNPJ da empresa. Surpreendentemente, mais de 49 mil dos 104 mil visitantes únicos da página manifestaram interesse em investir dinheiro através da corretora fictícia.

O redirecionamento desses visitantes para conteúdo educativo, alertando sobre os perigos de fraudes e fornecendo orientações para se protegerem, ressalta a importância vital da educação financeira na sociedade. É importante destacar a necessidade de reconhecer os sinais de alerta, como promessas de resultados garantidos e pressões para decisões imediatas, como indicadores de possíveis fraudes financeiras.

Além disso, a CVM e a ANBIMA enfatizam a importância de verificar a legitimidade das instituições antes de realizar investimentos, oferecendo ferramentas gratuitas para consulta. No entanto, os resultados do experimento indicam que ainda há uma lacuna significativa na conscientização e na educação financeira da população em geral.

Essa preocupação não é nova. Em experimentos anteriores, realizados entre 2022 e 2023, uma proporção semelhante de visitantes demonstrou interesse em ofertas de investimento fraudulentas. Essa constatação reforça a necessidade contínua de iniciativas educativas e preventivas para combater fraudes financeiras.

Portanto, a iniciativa da ANBIMA e da CVM não apenas ilustra os perigos enfrentados pelos investidores online, mas também destaca a urgência de medidas educativas e regulatórias para proteger o público contra fraudes financeiras. Este esforço se alinha com a agenda estratégica da ANBIMA para os próximos anos, destacando a importância da educação financeira como uma pedra angular para a estabilidade e a segurança do mercado de capitais.

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FALHA DE SEGURANÇA NO BANPARÁ EXPÕE DADOS DE CHAVES PIX

O Banco Central do Brasil recentemente revelou um incidente de segurança envolvendo dados pessoais associados a chaves Pix, desta vez relacionados ao Banco do Estado do Pará S.A. (Banpará). O incidente foi causado por vulnerabilidades específicas nos sistemas do banco.

O vazamento afetou informações cadastrais de aproximadamente 3.020 chaves Pix. As informações comprometidas incluem o nome do usuário, CPF (parcialmente oculto), instituição financeira associada, bem como números de agência e de conta. O Banco Central assegura, contudo, que nenhum dado sensível como senhas, detalhes de transações ou saldos de contas foi exposto.

De acordo com o órgão regulador, os dados acessados são estritamente cadastrais e não oferecem possibilidades de realização de movimentações financeiras ou acesso a contas e informações bancárias protegidas por sigilo.

Os indivíduos impactados por este incidente serão informados diretamente através do aplicativo ou internet banking do banco onde possuem conta. O Banco Central enfatizou que não serão utilizados outros canais de comunicação, como aplicativos de mensagens, chamadas telefônicas, SMS ou emails, para contactar os afetados.

Além disso, o Banco Central declarou que estão sendo realizadas investigações detalhadas sobre o ocorrido e que medidas punitivas apropriadas serão aplicadas conforme previsto na regulamentação atual. Este episódio destaca a importância da segurança cibernética dentro das instituições financeiras e a necessidade de contínuo aprimoramento dos sistemas para proteger os dados dos consumidores.

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O FUTURO DA ECONOMIA DIGITAL E A INCLUSÃO FINANCEIRA NO BRASIL

À medida que as inovações tecnológicas promovem a descentralização dos processos financeiros tradicionais, emergem novas possibilidades de eficiência e inclusão no setor. O uso crescente da tecnologia blockchain é um exemplo notável, proporcionando serviços mais ágeis, transparentes e, principalmente, econômicos em comparação com os métodos convencionais.

A adoção do blockchain tem potencial para transformar radicalmente o cenário financeiro atual. Com a redução de intermediários, por exemplo, o custo para obter crédito pode diminuir significativamente. Hoje, segundo estudos do Sebrae e do IBGE, a burocracia e os altos custos operacionais são barreiras significativas para pequenos empresários que buscam financiamento. Paralelamente, um estudo da PwC em colaboração com o Locomotiva Instituto de Pesquisa revela que um acesso mais amplo ao crédito poderia impulsionar o consumo das classes C, D e E no Brasil.

Em território nacional, o avanço para uma economia digital mais robusta é impulsionado pela legislação recente, como o Marco Legal das Criptomoedas, e pela iniciativa do Banco Central de lançar uma moeda digital própria, o Drex, até 2025. Este movimento não só segue os passos do Pix, que revolucionou os pagamentos digitais no Brasil, mas também prepara o terreno para mudanças significativas na maneira como os brasileiros interagem com produtos financeiros digitais.

A utilização de contratos inteligentes (smart contracts) prometidos pelo blockchain poderia facilitar o acesso ao capital de giro para pequenas e médias empresas (PMEs), diminuindo o custo e a complexidade dos processos. Além disso, espera-se que a introdução do Drex facilite novas formas de investimento e contribua para a securitização de créditos e as operações de câmbio.

É essencial reconhecer que mais de 35 milhões de brasileiros atualmente não possuem acesso básico a serviços financeiros, conforme dados da Serasa Experian. A implementação de uma criptomoeda gerida pelo Banco Central do Brasil promete não apenas mais credibilidade para o mercado financeiro digital, mas também a possibilidade de incluir financeiramente uma parcela significativa da população.

O cenário atual e as inovações em curso sugerem que estamos à beira de uma transformação significativa no setor financeiro, comparável em impacto à revolução da internet com a chegada dos smartphones e das plataformas de aplicativos. Com a integração de novas tecnologias como o blockchain e as moedas digitais, o mercado financeiro está prestes a entrar em uma nova era de acessibilidade e eficiência.

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MEDIDAS DE SEGURANÇA DO BANCO CENTRAL PODEM INCLUIR LIMITAÇÕES A SAQUES EM REAL DIGITAL E CONGELAMENTO DE RECURSOS, SE NECESSÁRIO

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Em um artigo recente publicado pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), Fábio Araujo, coordenador do projeto do real digital, revelou que o Banco Central terá controle total sobre a moeda digital e poderá implementar medidas de restrição aos saques, bem como congelar ou adiar o resgate dos fundos.

O real digital tem sido objeto de discussão no Banco Central do Brasil (BC) desde 2015 e agora está caminhando para a fase de testes em 2023, com a apresentação de nove soluções por empresas privadas durante o Lift Challenge.

O objetivo do Banco Central ao lançar uma moeda digital para o Brasil é viabilizar a execução de pagamentos inteligentes dentro de um ambiente regulado. Esses pagamentos incluem a utilização de contratos inteligentes, transações voltadas para a Internet das Coisas (IoT) e até mesmo aplicações de finanças descentralizadas (DeFi). Com a introdução da moeda digital, o BC busca promover a inovação e oferecer novas possibilidades de transações seguras e eficientes.

No artigo do BIS que descreve o real digital e seu funcionamento, Fábio Araujo destaca a importância da parceria entre o Banco Central e o setor privado para fornecer liquidez ao mercado. O BC busca permitir a coexistência entre o real digital brasileiro e o dinheiro privado emitido por instituições regulamentadas pelo BCB, no contexto dos pagamentos inteligentes pretendidos.

Conforme mencionado pelo executivo, os indivíduos teriam a possibilidade de transformar seus depósitos em tokens que teriam acesso aos serviços fornecidos pela nova plataforma, com o compromisso de que esses tokens seriam convertidos em real digital. Assim, os bancos poderiam emitir seus próprios tokens para aplicações de contratos inteligentes, tendo o saldo em real digital como garantia das operações.

“Aqueles tokens que representam depósitos em bancos comerciais seguiriam todas as regulamentações e características dos ativos de origem, como requisitos de reservas fracionárias. Da mesma forma, os tokens que representam depósitos em Provedores de Serviços de Pagamento (PSPs) também seguiriam suas características, como requisitos de reservas totais”, explica Araujo.

No entanto, ao contrário do ecossistema das criptomoedas, no qual os usuários têm a propriedade de seus ativos e ninguém pode interromper suas operações, no CBDC do Brasil, haverá um sistema para “travar” saques, proporcionando uma abordagem regulamentada e controlada.