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CAPETINHAS: UMA NOVA AMEAÇA À SEGURANÇA RESIDENCIAL E VEICULAR

Nos tempos modernos, a tecnologia é uma aliada essencial em nossa rotina, oferecendo conveniência, segurança e conectividade. No entanto, à medida que inovamos, surgem também novos desafios, especialmente na forma de criminalidade tecnológica. Um exemplo preocupante são os “capetinhas”, dispositivos utilizados por criminosos para interferir e bloquear sinais de comunicação, representando uma séria ameaça tanto para residências quanto para veículos.

O que são Capetinhas e como Funcionam?

Também conhecidos como bloqueadores de sinais de radiocomunicação (BSR) ou jammers, os capetinhas são dispositivos eletrônicos criados para interferir e bloquear sinais de comunicação sem fio, como Wi-Fi, GPS e rádio. Criminosos utilizam esses aparelhos para dificultar a operação de dispositivos eletrônicos de segurança, como câmeras, alarmes, rastreadores veiculares e sistemas de segurança residenciais e automotivos.

Esses dispositivos operam emitindo sinais de radiofrequência que interferem com os sinais de comunicação sem fio em sua proximidade. Eles podem atuar em diversas faixas de frequência, dependendo do tipo de sinal que se deseja bloquear. Discretos e facilmente transportáveis, os capetinhas podem ser escondidos por criminosos, tornando-se uma ferramenta eficaz para a sabotagem de sistemas de segurança.

Por exemplo, um capetinha ativado próximo a uma câmera de segurança sem fio pode emitir sinais que interferem na frequência da câmera, fazendo com que ela perca a conexão com o sistema de monitoramento ou grave imagens distorcidas. Da mesma forma, ao ser utilizado próximo a um rastreador veicular com GPS, um capetinha pode interferir no sinal de GPS, impedindo a localização precisa do veículo.

Modelos mais avançados desses dispositivos podem ser controlados remotamente ou programados para operar automaticamente em determinados horários ou em resposta a eventos específicos. Alguns até escaneiam e identificam automaticamente os sinais de comunicação sem fio presentes no ambiente, adaptando-se para bloqueá-los de forma eficaz.

Como Proteger Seu Carro e Casa

Com a crescente utilização de capetinhas por criminosos, é crucial adotar medidas preventivas para proteger tanto sua residência quanto seu veículo. Aqui estão algumas dicas essenciais para garantir uma proteção eficaz:

1. Instalação de Sistemas de Segurança com Fio: Prefira sistemas de segurança que não dependam exclusivamente de redes sem fio. Câmeras e alarmes com fiação física são menos suscetíveis a interferências.

2. Utilização de Sistemas de Monitoramento Redundantes: Combine sistemas sem fio com sistemas com fio. Dessa forma, se os sinais sem fio forem bloqueados, os sistemas com fio continuarão operando.

3. Proteção Física dos Dispositivos: Instale câmeras de segurança e rastreadores veiculares em locais de difícil acesso e proteja-os contra danos e manipulações.

4. Atualização e Criptografia de Redes Wi-Fi: Mantenha sua rede Wi-Fi protegida com senhas fortes e atualize regularmente o firmware do roteador. Use criptografia WPA2 ou WPA3 para garantir a segurança das comunicações sem fio.

5. Monitoramento Constante: Fique atento a atividades suspeitas ao redor de sua casa e veículo. Verifique regularmente o funcionamento dos sistemas de segurança e esteja alerta para sinais de interferência.

6. Denuncie Atividades Suspeitas: Se identificar atividades criminosas ou suspeitas, como interferência em redes sem fio ou tentativas de invasão, denuncie imediatamente às autoridades competentes.

Os capetinhas representam uma ameaça significativa à segurança, permitindo que criminosos desativem sistemas de segurança eletrônica e comunicação, facilitando atividades ilícitas como roubos e invasões. Estar ciente dos riscos e adotar medidas preventivas é fundamental para proteger sua casa e veículo. Mantenha-se atualizado sobre as técnicas utilizadas por criminosos e tome as precauções necessárias para garantir sua segurança e a de seus bens.

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COMO PREVENIR GOLPES EM DISPOSITIVOS MÓVEIS E TRANSAÇÕES ONLINE

Nos últimos anos, a evolução da tecnologia digital no Brasil também veio acompanhada de um aumento significativo nos esquemas de fraudes pela internet, levando a uma maior preocupação com a segurança digital entre os usuários. Relatórios recentes apontam para um crescimento alarmante de 144% nas tentativas de fraude desde o início da pandemia, coincidindo com o aumento do uso de dispositivos móveis para transações financeiras. Em 2022, cerca de 79% dessas transações foram realizadas via celular, tornando os usuários potenciais alvos para criminosos que exploram a conveniência do mesmo dispositivo para aplicar golpes, especialmente por meio de aplicativos populares como o WhatsApp.

Um estudo revelou que ao menos 9% dos brasileiros já foram vítimas de fraudes digitais através de seus dispositivos móveis. Surpreendentemente, a pesquisa também indicou que tanto jovens quanto idosos estão igualmente vulneráveis a esses golpes, embora os prejuízos tendam a ser mais significativos entre os mais velhos. Em particular, pessoas acima dos 60 anos enfrentam prejuízos médios quase oito vezes maiores em golpes envolvendo o sistema de pagamento instantâneo Pix, em comparação com a faixa etária de 18 a 39 anos. Isso se deve, em grande parte, ao maior acúmulo de recursos financeiros por essa população mais velha ao longo da vida, tornando as consequências desses golpes particularmente devastadoras.

Criminosos frequentemente utilizam a urgência como um gatilho para pressionar suas vítimas a agir rapidamente, sem verificar a autenticidade das solicitações. Reconhecer e reagir a esses sinais de alerta é fundamental para a prevenção de fraudes.

Para combater esses riscos, é importante adotar medidas de segurança robustas. Proteger seus dados pessoais, usar senhas fortes e não compartilhá-las, além de ativar a autenticação em dois fatores e instalar softwares antivírus são passos essenciais. Além disso, é aconselhável realizar transações financeiras apenas através de redes Wi-Fi privadas e verificar cuidadosamente qualquer imagem ou informação compartilhada nas redes sociais.

Aqui estão algumas dicas específicas para evitar cair em golpes relacionados ao Pix e outras fraudes online:

  1. Utilize exclusivamente os aplicativos ou sites oficiais dos bancos para realizar transações.
  2. Jamais forneça sua senha ou informações de cartões de crédito quando solicitado em mensagens suspeitas.
  3. Evite redes de Wi-Fi públicas ao realizar transações financeiras.
  4. Verifique imediatamente a sua conta após receber um Pix para confirmar a transação.
  5. Ao lidar com QR Codes, confira sempre os dados da conta de destino.
  6. Desconfie de qualquer solicitação de dinheiro por mensagens, especialmente quando o pedido vem de um número desconhecido.

Se você cair em um golpe, a primeira ação deve ser contatar seu banco para solicitar a devolução dos valores e registrar um boletim de ocorrência na polícia. Isso não apenas ajuda na recuperação do dinheiro perdido, mas também apoia o processo de investigação e potencial captura dos criminosos.

Estar ciente dos riscos e adotar práticas de segurança rigorosas são os melhores caminhos para se proteger contra os crescentes golpes digitais no cenário atual.