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FRAUDE NO INSS: SAIBA COMO PROTEGER SEUS DADOS E SUA BIOMETRIA

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem alertado os seus segurados, especialmente os idosos, sobre um novo golpe que tem como alvo esse grupo vulnerável. A tática dos criminosos agora envolve visitas presenciais à casa do beneficiário, com a intenção de coletar dados biométricos e usá-los para fins fraudulentos. A preocupação do órgão é garantir que os aposentados saibam como se proteger de situações como essa e evitar prejuízos.

Um exemplo recente desse golpe foi registrado no interior de São Paulo, em que os golpistas utilizaram uma plataforma de vendas para enganar um aposentado. Por sorte, antes de conseguirem efetivar o golpe, o banco identificou a tentativa de fraude e bloqueou a solicitação de empréstimo feita em nome da vítima.

Como funciona o golpe de biometria no INSS?

A estratégia dos criminosos começa com a entrega de um pacote que o aposentado supostamente teria comprado online. Ao estranhar o conteúdo da entrega, a vítima é informada de que, para recusar o recebimento, precisa confirmar sua identidade por biometria facial. Assim, os golpistas capturam a biometria da vítima e a utilizam para acessar suas contas bancárias ou solicitar empréstimos em seu nome.

Como se proteger de golpes relacionados ao INSS?

Para evitar cair nesse tipo de armadilha, é essencial adotar algumas precauções:

  1. Proteja sua biometria: Nunca forneça seus dados biométricos a pessoas desconhecidas ou fora de ambientes confiáveis.
  2. Cuidado com visitas inesperadas: Desconfie de entregadores ou supostos representantes de instituições financeiras que solicitam informações pessoais ou biométricas sem agendamento prévio.
  3. Busque fontes oficiais: Sempre que houver dúvidas, procure os canais oficiais do INSS ou do banco antes de fornecer qualquer informação.
  4. Use tecnologia a seu favor: Adoção de medidas de segurança, como senhas fortes e autenticação de dois fatores, pode dificultar o acesso indevido às suas contas. Além disso, evite usar redes de wi-fi públicas e, se for necessário, desative o compartilhamento de dados.

Outros golpes comuns contra idosos

Além do golpe da biometria, existem outras fraudes frequentemente direcionadas a aposentados. Entre elas:

  • Falsas centrais telefônicas: Criminosos se passam por atendentes de bancos e pedem dados e senhas pessoais.
  • Falsos empréstimos consignados: Oferecem empréstimos com a exigência de pagamento antecipado de taxas.
  • Presentes falsos: Entregam supostos brindes e cobram taxas por maquininhas adulteradas que roubam dados do cartão.
  • “Ajuda” em caixas eletrônicos: Oferecem suporte durante saques para obter senhas e furtar cartões.
  • Vendas fraudulentas online: Sites e perfis falsos em redes sociais atraem idosos para compras de produtos que nunca são entregues.

Manter-se informado e adotar práticas de segurança são fundamentais para evitar que esses golpes causem prejuízos irreparáveis aos segurados do INSS.

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ANALISANDO A EFICÁCIA DA LGPD FRENTE AOS RISCOS DE CENTRALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES

A recente escalada em casos de fraudes e golpes telefônicos, principalmente direcionados a aposentados e idosos no Brasil, levanta sérias questões sobre a segurança de dados pessoais e bancários. Muitas vezes, as vítimas são contatadas por indivíduos que, de alguma forma, obtiveram informações confidenciais, indicando uma possível falha na proteção de dados por parte das instituições financeiras ou mesmo de órgãos governamentais.

Essa situação preocupa ainda mais quando consideramos o aumento de empresas oferecendo empréstimos a recém-aposentados, sinalizando um possível acesso indevido a informações pessoais. Essas ocorrências reforçam a necessidade de uma legislação robusta como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), mas suscitam dúvidas sobre sua aplicabilidade e eficácia, especialmente em relação a entidades governamentais.

No cerne dessa problemática está a questão da centralização de dados. Com a crescente digitalização, empresas e governos armazenam grandes volumes de informações em bases de dados centralizadas, o que, apesar dos avanços em segurança da informação, continua sendo um atrativo para criminosos. O risco se torna ainda mais evidente quando se considera o armazenamento de dados de todos os clientes de todas as seguradoras em um único local. Isso cria um ponto de vulnerabilidade que, se explorado, pode resultar no comprometimento de dados em massa.

Além disso, a responsabilidade e a accountability em casos de vazamento de dados tornam-se nebulosas sob a LGPD. Quando as informações estão distribuídas por diversas entidades, identificar a fonte do vazamento e atribuir responsabilidade se torna um desafio complexo. Isso levanta a questão da efetividade da lei e se, sem uma aplicação prática rigorosa, ela não se torna apenas uma norma teórica.

Portanto, é imperativo que essas questões sejam levadas a sério e discutidas em profundidade, não apenas pelas empresas e órgãos governamentais, mas também pelos tribunais superiores. Deve-se ponderar cuidadosamente se os riscos associados à centralização e compartilhamento de dados superam os benefícios proporcionados. A proteção de dados pessoais não é apenas uma questão de conformidade legal, mas um direito fundamental que precisa ser assegurado em um mundo cada vez mais digital e interconectado.