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GOVERNO DE SP INVESTIGA FRAUDE CIBERNÉTICA COM USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O Governo de São Paulo emitiu um alerta sobre um novo golpe envolvendo o uso de inteligência artificial (IA) para falsificar a imagem e a voz de figuras públicas. Desta vez, os criminosos utilizaram a tecnologia para recriar a voz do governador Tarcísio de Freitas, divulgando um vídeo fraudulento que circula nas redes sociais. Nele, é afirmado falsamente que o Procon-SP teria determinado uma multa às bandeiras de cartões de crédito, obrigando-as a devolver valores aos consumidores em forma de um suposto cashback, gerando confusão e atraindo vítimas para um esquema de fraude.

A estratégia dos golpistas consiste em induzir os usuários a clicar em um link, que direciona para uma página falsa que simula o site oficial do Procon-SP. Nesse site, os consumidores são enganados a fornecer dados pessoais e bancários sob a falsa promessa de um reembolso. O Procon-SP e demais órgãos do Governo de São Paulo ressaltam que não há qualquer campanha de devolução de dinheiro relacionada a compras com cartão de crédito e que toda comunicação com esse teor deve ser imediatamente denunciada às autoridades competentes.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado, por meio de seu sistema de inteligência, já identificou o golpe e instaurou um inquérito policial para investigar o uso indevido de IA na criação da voz do governador e na disseminação da fraude. A investigação busca não apenas apurar os responsáveis, mas também coibir o avanço desse tipo de crime cibernético que utiliza novas tecnologias para enganar a população.

Como forma de proteção, a população é orientada a sempre verificar a veracidade das informações antes de fornecer qualquer dado pessoal em links suspeitos. Em casos de golpe envolvendo distorções de voz ou imagem com o uso de inteligência artificial, a vítima pode registrar um boletim de ocorrência online, na Delegacia Eletrônica, ou comparecer a um Distrito Policial para formalizar a denúncia. A Polícia Civil ainda reforça a importância da representação criminal, essencial para que as investigações possam avançar e os responsáveis sejam punidos conforme prevê a legislação.

Esse alerta do Governo de São Paulo reflete a necessidade de uma maior conscientização sobre o uso de IA para fins criminosos, destacando a importância da cautela e da denúncia ativa por parte da sociedade.

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INVASÃO NA LIVE NATION: INFORMAÇÕES DE CLIENTES TICKETMASTER COMPROMETIDAS EM ATAQUE

Na última sexta-feira (31), a Live Nation Entertainment, controladora da Ticketmaster, líder global no setor de emissão de ingressos, confirmou que sua plataforma sofreu uma invasão cibernética. A empresa está investigando a extensão do incidente.

O ataque potencialmente comprometeu dados sensíveis de 560 milhões de clientes. Segundo a agência Reuters, essas informações estão sendo vendidas por US$ 500 milhões, equivalente a aproximadamente R$ 2,6 bilhões.

Em uma declaração à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a Live Nation revelou ter detectado uma “atividade não autorizada em um ambiente de banco de dados em nuvem de terceiros”.

A confirmação veio após o grupo de hackers ShinyHunters reivindicar, no dia 20 de maio, a autoria do ataque que resultou no roubo de dados de mais de 500 milhões de clientes.

De acordo com os hackers, os dados roubados incluem nomes, endereços, contatos telefônicos e partes de números de cartões de crédito dos clientes da Ticketmaster.

No entanto, a Live Nation não mencionou o grupo em seu comunicado e afirmou ser “improvável” que o incidente tenha repercussões materiais significativas.

“A violação não teve, e é improvável que tenha, um impacto material nos negócios ou nas finanças da Live Nation. Continuamos avaliando os riscos e nossos esforços de remediação continuam”, declarou a empresa.

No Brasil, o Procon-SP notificou a empresa para investigar possíveis impactos sobre consumidores brasileiros. O órgão solicitou informações sobre como os dados dos consumidores são coletados e armazenados nos servidores.

Esse vazamento ocorre em um momento delicado para a Live Nation, que enfrenta acusações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos de operar um monopólio que sufoca a concorrência no mercado de venda de ingressos e promoção de shows.

A ação antitruste busca a divisão da empresa, alegando que a controladora exerce uma influência desproporcional sobre a maioria dos locais de shows ao vivo nos Estados Unidos, utilizando “conduta excludente” para manter seu domínio.