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DECISÃO JUDICIAL RESPONSABILIZA PLATAFORMA DE REDES SOCIAIS POR GOLPE EM RESERVA DE POUSADA

Em um desdobramento recente, o 8º Juizado Especial Cível da Tijuca, no Rio de Janeiro, emitiu uma decisão determinando que uma plataforma de redes sociais seja responsabilizada por um golpe que vitimou um casal que buscava reservar uma pousada em Campos do Jordão, São Paulo. A decisão, fundamentada na ausência de evidências apresentadas pela plataforma para justificar a permanência de uma página fraudulenta no Instagram, mesmo após uma ordem judicial prévia, foi homologada por um juiz de Direito.

Conforme a narrativa dos autores da ação, que procuravam uma pousada para celebrar seu noivado por meio do Instagram, foram atraídos por uma oferta e realizaram uma reserva, efetuando o pagamento por meio de pix. Posteriormente, descobriram terem sido vítimas de um golpe e não conseguiram recuperar os valores pagos.

Os autores destacam que, em um processo anterior, a plataforma já havia sido condenada a remover a página fraudulenta de sua plataforma.

Ao analisar o caso, o juízo considerou que não havia falha atribuível à pousada nem aos bancos responsáveis pelas transações. No entanto, em relação à plataforma de redes sociais, o entendimento foi diferente.

A decisão argumentou que a transferência de valores ocorreu devido à manutenção da página utilizada pelos golpistas no Instagram, mesmo após decisão anterior em outro processo, caracterizando uma falha na prestação do serviço.

Dessa forma, a decisão determinou a restituição do valor pago a título de dano material e fixou uma indenização por danos morais aos autores.

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VOCÊ ESTÁ SEGURO? APRENDA A IDENTIFICAR GOLPES FINANCEIROS NO BRASIL

A preocupação com fraudes financeiras é uma realidade crescente no Brasil, onde estima-se que cerca de 36% da população já foi vítima de algum tipo de golpe, um dado alarmante revelado por uma pesquisa do Instituto Real Time Big Data para o programa Fala Brasil, da RecordTV. Essa estatística representa quase quatro em cada dez brasileiros afetados por fraudes, evidenciando um problema sério e generalizado no país.

A distribuição geográfica das vítimas de fraudes varia no Brasil, com a região Norte liderando em termos de percentual de população afetada, com cerca de 36%, enquanto a região Centro-Oeste apresenta o menor índice, com 32%. Um aspecto notável é que a maior parte das vítimas tem mais de 60 anos, o que aponta para uma vulnerabilidade particular desse grupo etário em relação a golpes, especialmente os que envolvem tecnologia.

O volume e a variedade de golpes aplicados são surpreendentes. Em 2022, foram registrados mais de 1,8 milhão de casos de estelionato, correspondendo a um aumento de 326% em comparação com 2018. Os golpes vão desde a restituição do Imposto de Renda e pagamento de impostos, até a renegociação de dívidas e ofertas de emprego, além de fraudes envolvendo aplicativos de mensagens, o sistema de pagamentos PIX e a clonagem de cartões.

Entre os golpes mais comuns está o furto de identidade, onde o criminoso se passa por outra pessoa para obter vantagens ilícitas. As consequências para a vítima podem incluir perda de dinheiro, crédito e danos à reputação. Especialistas como Anderson Cruz, advogado com especialização em direito empresarial, enfatizam a importância de proteger dados pessoais e informações de contas de usuário para prevenir tais golpes.

Outra modalidade de golpe que tem se destacado envolve compras e vendas online, especialmente em datas comemorativas. Somente neste ano, pelo menos 80 mil pessoas foram vítimas desse tipo de fraude. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) classifica a venda fraudulenta pela internet como crime de fraude, enquanto operações de compra e venda com intenção de enganar configuram estelionato.

Não há um perfil único para vítimas potenciais de golpes, mas algumas tendências são notáveis. Homens, especialmente os mais jovens (até 31 anos), são frequentemente alvos em fraudes de compra e venda, enquanto idosos são mais suscetíveis a golpes tecnológicos devido a um maior distanciamento da tecnologia.

Para combater essa onda de fraudes, é essencial a atuação das autoridades de segurança na identificação e punição dos criminosos, bem como a colaboração entre empresas do setor financeiro para compartilhar informações sobre contas envolvidas em fraudes. Investir em educação digital, especialmente para os mais vulneráveis, é crucial para aumentar a conscientização sobre os golpes mais comuns.

Além disso, recomenda-se que as vítimas registrem um boletim de ocorrência, notifiquem empresas envolvidas (especialmente bancos), troquem senhas e alertem amigos e parentes sobre os golpes. Para prevenção, algumas dicas incluem proteger dados pessoais, usar senhas diferentes para sites e cadastros, verificar regularmente contas bancárias e faturas de cartão de crédito, e desconfiar de promessas milagrosas e informações distorcidas.

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SEGURANÇA DIGITAL NO MUNDO FINANCEIRO: PROTEGENDO-SE DOS GOLPES EM BANCOS DIGITAIS

A Era Digital trouxe consigo uma revolução no mercado financeiro, com bancos digitais e fintechs assumindo papéis de destaque. Essas instituições oferecem aos consumidores facilidade e conveniência nas operações financeiras, com transações ágeis e práticas. No entanto, essa comodidade também apresenta um lado sombrio, pois os sistemas digitais frequentemente se tornam alvos de golpistas que exploram suas vulnerabilidades para cometer crimes financeiros.

A autorização do Banco Central do Brasil (BACEN) para um número crescente de bancos digitais e fintechs operarem com serviços como o PIX e o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) reflete o crescimento desse setor. No entanto, o aumento da quantidade de instituições financeiras nesse espaço também está acompanhado de um aumento proporcional nos casos de golpes financeiros. Atualmente, cerca de 800 fintechs estão autorizadas pelo BACEN a operar nesses domínios financeiros.

Golpistas experientes exploram as brechas dos sistemas dessas instituições, buscando vantagens ilícitas por meio de “golpes” e, posteriormente, tentando ocultar a origem do dinheiro obtido de maneira criminosa. Isso causa prejuízos significativos tanto aos consumidores que utilizam esses serviços quanto às próprias instituições que atuam nesse mercado.

Os desafios jurídicos que cercam os golpes envolvendo clientes de bancos digitais. Ele enfatiza que os operadores de sistemas digitais, sejam eles bancos tradicionais ou fintechs, têm a obrigação de proteger as informações dos clientes. Se ocorrer uma violação de dados devido à negligência da instituição, os usuários têm o direito de buscar reparação por eventuais perdas e danos.

Nesse contexto, é essencial orientar os consumidores sobre medidas de segurança. A escolha de senhas robustas e a verificação da autenticidade dos sites são práticas que os clientes podem adotar para proteger suas informações. Além disso, é importante que os clientes verifiquem a identidade de quem entra em contato com eles em nome do banco, evitando fornecer informações confidenciais sem confirmação. Vale ressaltar que os bancos não solicitam senhas, fotos “selfies” ou cópias de documentos por telefone.

As instituições financeiras que operam no ambiente digital também têm a responsabilidade de garantir a segurança de seus sistemas e seguir as regulamentações do BACEN para confirmar a autenticidade dos dados dos clientes que abrem contas digitais. Isso visa evitar a abertura de contas “fantasmas” que podem ser usadas para atividades ilícitas.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde setembro de 2020, assegura aos consumidores o direito à privacidade e à proteção de informações pessoais. Qualquer vazamento ou uso indevido desses dados, sem o consentimento dos titulares, pode resultar em graves implicações legais, incluindo multas significativas para as empresas envolvidas e sanções que proíbem o tratamento de dados pessoais. Os titulares de dados têm o direito de solicitar acesso às informações que as empresas têm sobre eles, bem como corrigir dados imprecisos ou desatualizados.

Concluindo, é fundamental educar os consumidores sobre práticas seguras de navegação e reconhecimento de sites e comunicações fraudulentas. Além disso, incentivar os clientes a monitorar regularmente suas contas bancárias em busca de atividades suspeitas e relatar imediatamente qualquer atividade não reconhecida às instituições financeiras é fundamental. As instituições operadoras do sistema digital também precisam garantir a autenticidade dos documentos apresentados pelos candidatos a correntistas, a fim de evitar contas “fantasmas” que possam ser usadas para movimentar dinheiro obtido de forma ilícita.

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CIBERSEGURANÇA EM FOCO: SICREDI E A DEFESA DOS DADOS DE SEUS ASSOCIADOS

O Sicredi, uma instituição financeira cooperativa dedicada à segurança e proteção de seus associados, participa anualmente da IV Semana de Segurança Digital promovida pela Febraban na última semana de outubro. Esse evento reflete o crescente enfoque das instituições financeiras na cibersegurança, com investimentos constantes em tecnologias e atualizações contínuas de seus sistemas para garantir a proteção dos dados dos associados. Além disso, a instituição desempenha um papel ativo na conscientização dos associados e na divulgação de orientações sobre como se proteger de ameaças cada vez mais sofisticadas.

A cibersegurança e seus mecanismos são altamente eficazes na defesa contra ameaças cibernéticas e ataques maliciosos. A proteção dos associados é uma prioridade da Sicredi, e eles contam com uma equipe especializada para oferecer suporte em casos de golpes e fraudes. No entanto, é fundamental que os associados também estejam cientes das táticas e dos principais tipos de crimes cibernéticos, para que possam reconhecer abordagens fraudulentas e tomar medidas de prevenção.

Nesse contexto, o Sicredi compartilha alguns dos golpes financeiros mais comuns no mercado para manter os associados atualizados sobre as ameaças em evolução e para capacitá-los a identificar abordagens fraudulentas. Eis alguns exemplos:

  1. Golpe do Pix: Transações feitas por meio do Pix requerem cuidados semelhantes aos de outras plataformas de pagamento digital. Evite e-mails, mensagens de SMS ou WhatsApp de remetentes desconhecidos que contenham links suspeitos e nunca realizar transferências pelo Pix sem confirmar a identidade do destinatário.
  2. Golpe do WhatsApp: Criminosos podem clonar seu número de WhatsApp e se passar por você para solicitar dinheiro aos seus contatos. Ativar a “Verificação em duas etapas” e restringir sua foto de perfil apenas a contatos salvos são medidas eficazes para evitar esse tipo de fraude.
  3. Criminosos Virtuais: Muitos golpistas induzem as pessoas a fornecer informações confidenciais ou a abrir links de sites falsos, frequentemente se fazendo passar por terceiros. Nunca compartilhe senhas ou códigos de verificação com ninguém.
  4. Golpes por SMS: Os golpistas enviam mensagens informando sobre transações suspeitas supostamente feitas com seus cartões ou em sua conta, muitas vezes incluindo números de contato ou links falsos. É importante não ligar para esses números ou clicar nesses links e sempre procurar os canais oficiais de sua instituição financeira para confirmar qualquer informação suspeita.

Se alguém se tornar vítima de golpe ou fraude, é fundamental entrar em contato com os canais oficiais de sua instituição financeira. Cada situação é avaliada de forma personalizada, e é recomendável registrar um Boletim de Ocorrência para documentar o incidente e colaborar com a investigação das autoridades competentes. A ação rápida é fundamental para minimizar possíveis danos. Portanto, estar bem informado e vigilante é a melhor defesa contra as ameaças cibernéticas em constante evolução.