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RADIÔMICA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: ALIADOS NO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA TRIPLO NEGATIVO

O câncer de mama triplo negativo (CMTN) é reconhecido por sua agressividade, caracterizada pelo rápido crescimento, alta capacidade de metástase e menor resposta a tratamentos convencionais. Diferentemente de outros subtipos de câncer de mama, o CMTN tem maior prevalência entre mulheres jovens, o que desafia as estatísticas tradicionais da doença.

Esse subtipo é identificado por exames imunohistoquímicos e definido pela ausência dos receptores de estrogênio e progesterona, além da ausência da amplificação do gene HER2. Essa configuração molecular torna o tumor insensível a terapias hormonais e direcionadas ao HER2, ampliando os desafios do tratamento. Outro aspecto crítico é sua alta heterogeneidade tumoral, o que significa que as células cancerígenas apresentam variações genéticas, moleculares e patológicas significativas. Essa variabilidade influencia diretamente a resposta ao tratamento e o prognóstico dos pacientes.

Diante desse cenário, novas estratégias diagnósticas e prognósticas são urgentes. Uma pesquisa desenvolvida por um grupo especializado em engenharia biomédica utiliza a técnica de radiômica para análise quantitativa de imagens mamárias. A radiômica combina imagens médicas avançadas com inteligência artificial, permitindo a extração de padrões e atributos invisíveis a olho nu. O objetivo principal é criar modelos preditivos para identificar precocemente o CMTN em pacientes com achados suspeitos, aprimorando a precisão do diagnóstico e a eficácia do prognóstico.

Essa abordagem inovadora visa preencher uma lacuna crítica no tratamento do CMTN, um subtipo de câncer que frequentemente exige estratégias terapêuticas abrangentes devido à sua complexidade molecular. Ao permitir uma caracterização precoce e detalhada dos tumores, o uso da radiômica pode facilitar a identificação de características específicas da heterogeneidade tumoral e auxiliar na personalização do tratamento.

A integração de imagens de mamografia e ressonância magnética no desenvolvimento de modelos radiômicos representa um avanço significativo. Essa combinação pode melhorar a precisão diagnóstica e orientar tratamentos mais eficazes, contribuindo para transformar a forma como o CMTN é gerenciado. A expectativa é que os resultados dessas pesquisas pavimentem o caminho para futuras abordagens terapêuticas personalizadas, oferecendo novas perspectivas na luta contra esse subtipo tão desafiador de câncer de mama.

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O GESTUAL DE ‘PAZ E AMOR’ NAS FOTOS PODE COMPROMETER SUA SEGURANÇA DIGITAL, ALERTAM PESQUISADORES JAPONESES

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Uma descoberta do Instituto Nacional de Informática do Japão trouxe à tona preocupações sobre a segurança digital em tempos de compartilhamento frequente de fotos em redes sociais. Os pesquisadores, liderados pelo Professor Isao Echizen, revelaram que o icônico gesto de “paz e amor”, tão popular entre os japoneses em suas imagens, poderia inadvertidamente expor suas digitais a invasões cibernéticas.

Em uma entrevista ao jornal japonês Sankei Shinbum, o Professor Echizen explicou que a simples ação de fazer esse sinal em frente a uma câmera comum poderia resultar na exposição ampla das digitais do fotografado. A equipe conseguiu copiar informações biométricas dos dedos de indivíduos em uma foto tirada a uma distância de até três metros. Isso significa que mesmo com um smartphone comum, contanto que as condições de foco e iluminação estejam adequadas, essa vulnerabilidade poderia ser explorada.

As implicações desse risco são substanciais, considerando que os sensores de digitais são agora comuns em caixas eletrônicos, portas de segurança e smartphones, sendo utilizados como meio de acesso.

No entanto, a equipe do Professor Echizen não apenas identificou o problema, mas também está trabalhando ativamente em uma solução inovadora. Eles estão desenvolvendo uma película fina feita de óxido de titânio, que, quando aplicada, protegerá as digitais de ficarem visíveis nas fotos, ao mesmo tempo em que permitirá o uso de dispositivos de tela sensível ao toque. A previsão é que essa tecnologia de proteção esteja disponível dentro dos próximos dois anos.

Diante dessa descoberta, a conscientização sobre a segurança digital e a proteção das informações biométricas tornam-se essenciais. Como ressaltou o Professor Echizen, essa ameaça potencial supera até mesmo a preocupação com senhas, uma vez que as informações biométricas são imutáveis ao longo da vida. Portanto, entender esses riscos e adotar medidas de precaução torna-se importante para garantir a segurança de nossas informações pessoais em um mundo cada vez mais conectado.