Recentemente, foi descoberto um vazamento de dados, envolvendo aproximadamente 26 bilhões de registros. Esta base de dados, ocupando 12 terabytes, foi encontrada em uma instância de armazenamento aberta e tem sido referida como um dos maiores vazamentos de dados até hoje.
Pesquisadores da Security Discovery e da CyberNews, que colaboraram na descoberta, indicam que a base de dados inclui informações de plataformas e serviços conhecidos, como X (anteriormente Twitter), Adobe, Canva, Dropbox, LinkedIn e Telegram, além de registros de diversas organizações governamentais dos Estados Unidos e de outros países, incluindo o Brasil.
Instituições brasileiras como USP, SPTrans e Petrobras, bem como empresas como CCA, Descomplica e Vakinha, estão entre as afetadas. Vale ressaltar, no entanto, que muitos dos dados vazados são provenientes de violações anteriores, indicando uma compilação de vazamentos passados, e não necessariamente uma nova brecha de segurança.
Especialistas em segurança cibernética recomendam precaução. Para os usuários, é aconselhável adotar práticas de segurança, como o uso de senhas fortes e únicas, e a ativação de autenticação de dois fatores em suas contas online. Além disso, é importante estar atento a possíveis tentativas de phishing e outras formas de exploração de dados.
Para os que desejam verificar se suas informações pessoais foram comprometidas em vazamentos anteriores, serviços como o verificador de vazamentos do CyberNews e o Have I Been Pwned permitem que usuários insiram seus endereços de e-mail ou números de telefone para checagem.
Este incidente sublinha a importância da segurança de dados na era digital, reforçando a necessidade de medidas de proteção individuais e coletivas contra violações de dados.
Em um cenário cada vez mais especializado, o roubo de celulares pode resultar em golpes financeiros devastadores. Os criminosos, agindo com expertise, desbloqueiam dispositivos para acessar senhas de aplicativos bancários, desencadeando transações prejudiciais à vítima. Rápida ação é essencial para minimizar prejuízos.
Após o furto ou roubo, é crucial apagar dados online, bloquear acessos ao banco via celular e registrar um boletim de ocorrência. Uma opção governamental é o aplicativo Celular Seguro, lançado em dezembro de 2023, que promete inutilizar o dispositivo remotamente, mitigando riscos.
O aplicativo oferece um botão de emergência que bloqueia funções de alto risco, permitindo que o proprietário escolha contatos de confiança para conceder acesso ao recurso. O cadastro no portal gov.br é necessário para utilizar essa ferramenta.
Segundo especialistas, os criminosos, frequentemente, aproveitam a distração da vítima para agir, desbloqueando celulares já em posse. O método preferido envolve o uso da opção “esqueci minha senha” após receber SMS ou email de autenticação, permitindo o cadastro de uma nova senha e causando danos financeiros significativos.
Para se proteger, é crucial agir rapidamente. O primeiro passo é ligar para o banco, bloquear acessos e registrar o boletim de ocorrência. Caso o banco autorize transações fraudulentas, há um processo para reaver os valores. Inicialmente, é possível apresentar uma reclamação na instituição financeira, com prazo de resposta de até sete dias.
Se a resposta não for satisfatória, recorrer ao Procon-SP é uma opção, com prazo de até dez dias para resposta. Caso persistam os problemas, a via judicial pode ser necessária, exigindo um conjunto robusto de provas.
Bancos como Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander oferecem orientações específicas para clientes que enfrentam situações de roubo ou fraude. O bloqueio imediato, boletim de ocorrência e contato com a central de atendimento são medidas comuns recomendadas pelos bancos.
Essas instituições garantem processos de investigação e ressarcimento, embora o prazo e os procedimentos possam variar. O uso de tecnologia para monitorar transações suspeitas, notificações por SMS ou WhatsApp e protocolos de segurança são destacados como medidas preventivas.
No cenário de crimes digitais em constante evolução, os bancos digitais também estão atentos, investindo em segurança. A associação de fintechs destaca a importância da orientação e da rápida troca de senhas como ferramentas cruciais na defesa contra atividades fraudulentas.
Diante do aumento desses desafios, é fundamental que os consumidores estejam cientes das medidas de segurança disponíveis e ajam proativamente para proteger suas informações financeiras em caso de perda ou roubo do celular.
À medida que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), vigente desde setembro de 2020, redefine as políticas de privacidade de dados no Brasil, torna-se crucial para os empresários do setor varejista aprofundarem seus conhecimentos nesta área. O Sindilojas-SP, por exemplo, oferece através de seu departamento jurídico, orientações valiosas para a conformidade com as normas da LGPD.
Esta lei trouxe transformações significativas para vários segmentos da economia, impondo novos desafios e responsabilidades. Um aspecto particularmente importante diz respeito à gestão de dados dos empregados. Todas as fases dos contratos de trabalho devem ser rigorosamente alinhadas às diretrizes da LGPD. Dados sensíveis dos colaboradores devem ser tratados com extremo cuidado, pois até mesmo documentos usados em litígios trabalhistas podem ser questionados, caso haja risco de exposição indevida de informações pessoais.
Além disso, observamos um aumento no número de trabalhadores que utilizam os preceitos da LGPD para acessar informações ou reforçar argumentos em disputas judiciais trabalhistas. Documentos como folhas de ponto e termos de compensação de jornada, além da gestão de informações pessoais nos sistemas internos da empresa, são frequentemente alvo dessas solicitações.
Em termos de prevenção, as empresas devem exercer extrema cautela no tratamento dos dados pessoais dos empregados e, em alguns casos, até de seus familiares. É imperativo que as organizações desenvolvam e implementem políticas robustas de segurança de dados e estejam prontas para responder prontamente a quaisquer dúvidas ou preocupações levantadas por seus funcionários. A adoção de tais medidas não só assegura a conformidade legal, mas também fortalece a confiança e a transparência no ambiente de trabalho.
Recentemente, a empresa especializada em inteligência de ameaças e gestão de risco, Cyberint, emitiu um alerta preocupante sobre uma série de ataques cibernéticos direcionados à plataforma do LinkedIn. Esses ataques têm causado sérios transtornos a milhares de usuários, comprometendo suas contas e resultando em invasões indesejadas e bloqueios abruptos.
A frequência desses ataques tem levado a um aumento notável nos pedidos de auxílio por parte dos usuários do LinkedIn, que se encontram cada vez mais afetados por essa onda preocupante de violações de segurança.
Em vista disso, é de extrema importância estar informado sobre como resguardar-se contra essas ameaças, como identificar os sinais de comprometimento e, caso a conta seja comprometida, como proceder para recuperá-la.
Reforçando a Segurança do seu Perfil Antes de entrarmos em detalhes, é crucial ressaltar que a prevenção é o melhor caminho a seguir. Ao fortalecer as medidas de segurança da sua conta, você reduz significativamente as chances de ser alvo de invasões. Abaixo, seguem as etapas para aumentar a proteção da sua conta no LinkedIn:
Clique na imagem do seu perfil, localizada próxima ao botão de “Notificações”.
Selecione “Configurações e Privacidade”.
Acesse “Acesso e Segurança”.
Role a página até encontrar a opção “Verificação em Duas Etapas” e clique em “Configurar”.
Escolha o aplicativo de autenticação e siga as instruções fornecidas.
Após concluir esses passos, você será solicitado a inserir sua senha e a plataforma fornecerá orientações para instalar o aplicativo de verificação em duas etapas no seu dispositivo móvel. Depois disso, siga as instruções para concluir a ativação, inserindo o código gerado pelo aplicativo.
Sinais de Possível Comprometimento Identificar sinais de invasão é crucial para uma resposta rápida e eficaz. Fique atento a esses indícios:
Dificuldade de Acesso: Caso enfrente dificuldades ao entrar em sua conta, mesmo digitando as informações corretas, pode ser um sinal de invasão. Nesse caso, é recomendável alterar sua senha imediatamente e tentar o acesso novamente.
Atividades Anômalas: Conteúdos estranhos em sua linha do tempo, como postagens de perfis que você não segue, mensagens desconhecidas ou excesso de spams, podem indicar que sua conta foi hackeada.
Recuperando Sua Conta Se sua conta já foi comprometida e você não consegue mais acessá-la, siga estas etapas:
Entre em contato imediatamente com o suporte do LinkedIn.
Preferencialmente, preencha o formulário de assistência em inglês.
Se necessário, utilize ferramentas como o ChatGTP para traduzir sua mensagem, caso não domine o idioma.
Lidar com ataques cibernéticos é uma preocupação crescente, especialmente em plataformas tão relevantes como o LinkedIn. Ao tomar medidas preventivas e estando atento aos sinais de invasão, você pode proteger sua presença online e minimizar os riscos associados a essas ameaças.
O impacto dos ciberataques nas empresas de capital aberto: perdas de até 7,5% no valor de mercado
De acordo com um estudo recente publicado pela Harvard Business Review em maio deste ano, quando uma empresa de capital aberto é alvo de um ciberataque bem-sucedido, o efeito é imediato e devastador. Independentemente da tendência anterior do mercado, o preço das ações da empresa cai rapidamente, resultando em uma queda média de 7,5% no valor de mercado, juntamente com uma perda média de capitalização de mercado de aproximadamente US$ 5,4 bilhões.
Análises gráficas revelam que o impacto negativo sobre o valor de mercado das empresas atacadas não é apenas de curto prazo, mas também se estende ao médio prazo. Segundo um levantamento realizado pelo Security Design Lab (SDL), uma rede global de pesquisa e desenvolvimento em cibersegurança, a maior queda nas ações normalmente ocorre no 59º dia após o ataque. Além disso, um ano após o incidente, cerca de 7 em cada 10 empresas ainda enfrentam dificuldades para se recuperar e alcançar os níveis de seus respectivos setores de atuação.
Um fator crucial para a recuperação das empresas é o nível de conformidade com as melhores práticas de segurança cibernética e com a legislação de proteção de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Empresas que implementam medidas preventivas e reativas robustas, além de investirem significativamente em segurança cibernética e conformidade, conseguem manter um desempenho mais alinhado com o benchmark do setor um ano após os ciberataques. Por outro lado, empresas com baixo nível de conformidade tendem a apresentar um declínio máximo até 62% maior em comparação ao grupo de empresas com alto nível de conformidade.
Os dados compilados pelo SDL também revelam que empresas que experimentam violações significativas de dados têm um desempenho inferior ao índice NASDAQ em média 8,6% após um ano do incidente, podendo chegar a 11,9% após dois anos. Essa queda no desempenho é ilustrada por exemplos reais, como o caso da Medibank na Austrália, cujas ações despencaram 15% após um ataque cibernético e permanecem abaixo do preço pré-ataque. No Brasil, o Grupo Fleury e as Lojas Renner foram alvos de ciberataques, resultando em quedas significativas no preço de suas ações.
Diante desses impactos negativos, é importante considerar a segurança cibernética não apenas como um custo, mas como um investimento essencial para as empresas. O custo médio global de uma violação de dados atingiu US$ 4,35 milhões em 2022 e continua aumentando. Além disso, empresas que sofrem violações de dados podem enfrentar despesas adicionais com auditoria, perda de receitas, honorários advocatícios e até mesmo rebaixamento de sua classificação de crédito, afetando sua capacidade de garantir financiamento a um custo acessível.
Os crimes cibernéticos têm um custo significativo para a economia mundial, totalizando mais de US$1 trilhão por ano, representando aproximadamente 1% do PIB global, de acordo com um relatório elaborado pela McAfee Corp. e pelo Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS). No caso de violações de dados, os custos médios estão atingindo níveis recordes, prevendo-se que ultrapassem US$ 5 milhões em 2023, de acordo com a IBM Security.
No contexto da América Latina, o Brasil foi o segundo país mais afetado em 2022, com mais de 103 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos, representando um aumento de 16% em relação a 2021. Apenas o México registrou um número maior, com 187 bilhões de tentativas, de acordo com dados do FortiGuard Labs.
Diante desse cenário preocupante, o Security Design Lab (SDL), em parceria com a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), iniciou uma pesquisa para avaliar a segurança cibernética nas empresas de capital aberto do Brasil. O projeto Cyber Score tem como objetivo avaliar a maturidade das empresas nesse aspecto e fornecer suporte técnico e de conformidade para disseminar a importância da cibersegurança entre os executivos, conselhos de administração e acionistas. Os resultados da pesquisa também podem contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à segurança das empresas e dos investidores.
É evidente que a ameaça dos ciberataques e suas consequências financeiras são uma realidade presente no mundo empresarial. Empresas que não priorizam a segurança cibernética correm o risco de sofrer perdas significativas no valor de mercado, dificuldades de recuperação e prejuízos financeiros, afetando não apenas a organização em si, mas também sua cadeia de suprimentos e a confiança dos investidores. Investir em medidas preventivas, políticas de conformidade e cibersegurança é essencial para proteger o valor das empresas e mitigar os riscos associados aos ciberataques.