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A REVOLUÇÃO DA IA: PROMOVENDO PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS

A inteligência artificial está redefinindo a paisagem de trabalho, automatizando tarefas comuns e liberando recursos para atividades de maior valor agregado. Além disso, na esfera social, a IA está emergindo como uma ferramenta poderosa para analisar o engajamento das partes interessadas e fornecer insights sobre práticas responsáveis e sustentáveis. Especialistas do setor compartilham essa visão, enfatizando o potencial transformador da IA.

De acordo com esses especialistas, a tecnologia oferece oportunidades para melhorar a inclusão e a educação, ao mesmo tempo em que possibilita um rastreamento mais eficaz na cadeia de suprimentos, fortalecendo a responsabilidade ambiental. A digitalização desempenha um papel fundamental na capacitação das empresas para adotar práticas mais sustentáveis e responsáveis em relação ao meio ambiente, à sociedade e à governança corporativa.

A coleta e análise de dados, a utilização de fontes de energia renovável e a implementação de tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), a inteligência artificial e o blockchain são apenas alguns exemplos de como a tecnologia está impulsionando novos modelos de negócios com maior responsabilidade ambiental e social.

No entanto, é importante abordar a IA com precaução, evitando o uso excessivo de algoritmos complexos que possam comprometer a transparência e a responsabilidade. Portanto, muitos especialistas enfatizam a importância da “Inteligência Humanizada”, onde a intervenção humana mantém um papel central.

Além disso, a acessibilidade à IA é uma preocupação significativa, já que a falta de acesso pode agravar a desigualdade digital, entrando em conflito com os princípios de inclusão social.

Os consumidores também estão demonstrando um crescente interesse nas práticas de empresas relacionadas ao meio ambiente, à sociedade e à governança, com muitos pesquisando as políticas ESG (Ambiental, Social e de Governança) das empresas antes de tomar decisões de compra. Isso reflete uma conscientização crescente sobre o impacto de suas escolhas de consumo e está impulsionando as empresas a adotarem abordagens mais responsáveis em suas operações.

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GOOGLE INTEGRA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA MELHORAR A EXPERIÊNCIA DE PESQUISA

No recente evento Google I/O, a gigante da tecnologia revelou uma série de melhorias para seu sistema de pesquisa, destacando a integração de tecnologias de Inteligência Artificial (IA). Essas inovações têm como objetivo aprimorar a experiência dos usuários ao buscar informações em resultados de pesquisa extensos.

A principal proposta por trás da incorporação da IA na pesquisa é simplificar a maneira como os usuários encontram o conteúdo relevante em meio a uma infinidade de resultados. Após testes bem-sucedidos nos Estados Unidos, a Google está expandindo essa funcionalidade para usuários na Índia e no Japão.

A novidade também traz um toque localizado, pois os usuários indianos terão a opção de utilizar a funcionalidade em inglês ou hindi. A empresa enfatizou que, durante os testes iniciais, a resposta à funcionalidade de IA na pesquisa foi positiva, especialmente entre jovens adultos que utilizam a Google para obter respostas rápidas a várias questões.

Além disso, a Google observou que os usuários preferem ver anúncios de pesquisa, seja acima ou abaixo dos resultados de conteúdo gerado por IA. Isso sinaliza a estratégia da empresa para continuar monetizando seus resultados de pesquisa.

Com a expansão da funcionalidade para outros países, a Google busca obter feedback de uma base ainda mais ampla de usuários, o que ajudará a aprimorar a tecnologia e a funcionalidade antes de lançá-la em novos mercados.

Embora ainda não haja uma data específica para a disponibilidade da IA integrada na pesquisa da Google fora desses países, fica evidente que a empresa está comprometida em aperfeiçoar a experiência de busca para seus usuários globais.

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FRAUDES COM VOZES CLONADAS: CRIMINOSOS UTILIZAM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA ENGANAR VÍTIMAS NA AMÉRICA LATINA

A partir de julho de 2023, uma tendência tem se espalhado por diversos países da América Latina. Criminosos têm adotado o uso de sistemas de Inteligência Artificial para clonar vozes de familiares, a fim de executar extorsões, fraudes e golpes cada vez mais sofisticados.

De acordo com informações do Publimetro México, esse novo método de abordagem representa uma evolução das artimanhas utilizadas em golpes anteriores, nos quais os criminosos se passavam por familiares ou conhecidos. Contudo, esse novo cenário é marcado por uma abordagem ainda mais engenhosa.

Nos casos mais extremos, os criminosos fazem referência a laços familiares próximos e até mesmo incorporam terceiros que fingem ser filhos, filhas, mães ou outros entes queridos, a fim de convencer as vítimas de que estão lidando com uma situação real, como um sequestro.

No passado, era relativamente simples evitar essas armadilhas. A presença física da pessoa ou até mesmo a discrepância na voz eram indicadores claros de fraude. No entanto, com a emergência dos sistemas de Inteligência Artificial Gerativa, a complexidade desse cenário aumentou consideravelmente, uma vez que essas plataformas são capazes de imitar vozes de maneira praticamente perfeita.

É importante notar que a tecnologia atual ainda não permite uma replicação precisa da voz em tempo real absoluto. Isso resulta em atrasos ou pausas entre diálogos, a menos que as respostas sejam predefinidas e gravadas, o que limita a flexibilidade do diálogo durante a chamada de extorsão.

Diante disso, a melhor abordagem é estar atento a possíveis atrasos ou interrupções no fluxo da conversa. Recomenda-se também alterar a sequência natural do diálogo, visando interromper o fluxo premeditado pela chamada. Outras dicas incluem observar se a voz soa mecânica e se há presença de eco na chamada, o que pode indicar manipulação por Inteligência Artificial.

Quando o tom e o ritmo da chamada parecerem estranhos, é fundamental atentar-se à possível falta de naturalidade nas respostas ou ausência de variações típicas na articulação das palavras para o contexto apresentado. Em todas as situações, é essencial manter a cautela ao receber ligações de números desconhecidos ou identificados como “Desconhecido”.

Jamais se deve fornecer informações financeiras durante essas chamadas, e a atitude mais segura é encerrar a ligação e entrar em contato com o suposto familiar sem ceder ao desespero. Em alguns casos, pode levar algum tempo para confirmar a veracidade da situação, e é preferível aguardar algumas horas para garantir que tudo esteja realmente bem e que se tratou de um mal-entendido.

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IA TRANSFORMANDO O DIREITO DO CONSUMIDOR: COLABORAÇÃO DE ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA E EMPRESAS

É indiscutível que a Inteligência Artificial (IA) está redefinindo setores inteiros, e o mundo jurídico não é exceção. A capacidade de processar vastas quantidades de informações e oferecer soluções baseadas em dados torna-se fundamental para a eficiência e eficácia do direito do consumidor. A integração da IA nesse campo está estreitamente ligada à maneira como departamentos jurídicos e escritórios de advocacia lidam com reclamações e demandas judiciais envolvendo consumidores.

Com um cenário em constante evolução tecnológica, é importante entender como os departamentos jurídicos podem se adaptar à era da IA e quais ferramentas podem ser aplicadas para reduzir as demandas do consumidor.

Em essência, a IA emula a inteligência humana através de algoritmos e sistemas computacionais. Quando aplicada ao direito do consumidor, a IA abre portas para uma gama de possibilidades, incluindo análise de dados, previsão de resultados legais, automação de tarefas e muito mais. Empresas e seus departamentos jurídicos podem agora analisar rapidamente padrões e tendências nas reclamações de consumidores, facilitando a abordagem proativa de problemas e até automatizando o atendimento ao cliente para reduzir dúvidas, insatisfações e reclamações.

No entanto, apesar das inúmeras ferramentas disponíveis e seus benefícios, desafios também surgem. A implementação de IA requer infraestrutura tecnológica adequada. Escritórios de advocacia e empresas podem enfrentar desafios de investimento, integração e manutenção dessas ferramentas, bem como resistência por parte dos profissionais e falta de compreensão das possibilidades da IA.

É nesse ponto que a colaboração entre empresas e escritórios de advocacia se destaca. Os escritórios de advocacia podem atuar como parceiros externos dos departamentos jurídicos, através de suas áreas de “Legal Ops”, fornecendo conhecimento especializado na implementação de soluções de IA. Eles se tornam protagonistas ao integrar a IA às operações jurídicas das empresas. Vejamos exemplos concretos:

Consultoria e Implementação: Auxiliam as empresas na escolha e implementação das ferramentas de IA mais adequadas, mantendo a conformidade regulatória.

Treinamento e Suporte: Oferecem treinamento e suporte aos departamentos jurídicos para o uso eficaz das ferramentas de IA.

Soluções Personalizadas: Em parceria com empresas de tecnologia, desenvolvem soluções de IA sob medida para atender necessidades específicas.

Dentre as várias ferramentas de IA disponíveis, algumas se destacam:

Chatbots Jurídicos: Programas que usam IA para responder questões legais em tempo real, reduzindo intervenção humana e reclamações. Análise Preditiva: Utilizando dados históricos e algoritmos, prevê possíveis resultados em processos judiciais, auxiliando em tomadas de decisão estratégicas. Análise e Gestão de Contratos: Facilitam a análise e gestão de contratos, identificando cláusulas de risco e garantindo conformidade.

A IA está remodelando o direito do consumidor, e empresas em colaboração com escritórios de advocacia estão na vanguarda dessa transformação. A incorporação da IA não é apenas uma tendência, mas uma realidade moldando a maneira como reclamações de consumo são tratadas. A colaboração entre tecnologia e expertise jurídica promete uma resolução de conflitos ágil, adaptada às necessidades dos consumidores. O futuro do direito é brilhante, e a IA é sua bússola rumo a uma era mais eficiente e inovadora.

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IA E LGPD: A CONVERGÊNCIA TRANSFORMADORA PARA EFICIÊNCIA E QUALIDADE NA GESTÃO DE DADOS PESSOAIS

A evolução tecnológica está profundamente enraizada na estratégia das empresas, independentemente do seu tamanho ou área de atuação. A busca incessante por automatização de processos, contenção de despesas, aprimoramento da tomada de decisões e otimização das operações impulsionou a incorporação de tecnologias inovadoras nos âmbitos empresariais. Dentre essas inovações, a Inteligência Artificial (IA) emerge com destaque, alcançando um patamar exponencialmente relevante nesse ecossistema.

A IA já está sendo adotada ou está em vias de implementação por 75% das organizações consultadas. O estudo realizado pela KPMG, abrangendo 17 países e contemplando 17 mil indivíduos, revela que 56% dos brasileiros entrevistados expressam confiança na Inteligência Artificial. Paralelamente, uma pesquisa conjunta das prestigiadas instituições acadêmicas, Universidade de Stanford e Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), divulgou neste ano um aumento notável de 14% na produtividade dos colaboradores, atribuído ao emprego da IA.

Esse incremento na produtividade não se limita a um único setor, mas atravessa as várias esferas de uma empresa. No campo da Proteção e Privacidade de Dados, essa tendência se intensifica, sobretudo após a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em agosto de 2020. A legislação visa regulamentar o tratamento de informações pessoais, estabelecendo um ambiente propício para a aplicação de soluções tecnológicas que garantam a conformidade das empresas com os requisitos legais.

Contudo, surge uma indagação de grande relevância: a Inteligência Artificial possuirá o potencial real de substituir a atuação humana em um futuro próximo? Essa interrogação promove a necessidade de uma mudança paradigmática quanto às contribuições da IA para profissionais e organizações.

Um exemplo que ilustra essa questão é o trabalho dos Data Protection Officers (DPOs) em empresas em processo de adequação à LGPD. Atualmente, a maioria conduz essa adaptação de maneira manual, utilizando planilhas, o que claramente impede a escalabilidade, a eficiência e a continuidade do processo. Para os DPOs, a automação dessas tarefas proporciona mais tempo para a execução de atividades de valor agregado.

A IA, ao conferir escala, eficiência operacional, redução do trabalho repetitivo e precisão nas análises, reconfigura a visão convencional que limita a mudança positiva e enriquecedora no ambiente laboral. Um aspecto notável é que essa abordagem se reflete concretamente no cotidiano do DPO, onde certas etapas do processo de conformidade com a LGPD demandam um tempo considerável, tanto para o DPO quanto para os usuários finais. Surge então uma realidade de plataformas de gestão da LGPD, que automatizam procedimentos e aplicam IA no mapeamento, conferindo agilidade tanto ao DPO quanto aos usuários.

Assim, a IA desempenha um papel de extrema relevância nas organizações, facilitando a adaptação à LGPD. Por meio dessa tecnologia, é viável compreender a finalidade do processamento de dados, auxiliar na identificação e classificação, além de reconhecer e priorizar as áreas de risco elevado para violações, permitindo a adoção de medidas de segurança apropriadas. Paralelamente, ela também transforma o papel do DPO em uma atividade mais estratégica e precisa.

Em síntese, a Inteligência Artificial proporciona vantagens significativas nos setores envolvidos na adaptação à LGPD, especialmente para os DPOs. Ao ampliar a escala, potencializar o desempenho operacional e incrementar a produtividade, a IA capacita a manutenção da qualidade e eficiência do trabalho, mesmo em cenários de elevada demanda de dados. Logo, é importante que as empresas direcionem investimentos para soluções embasadas nessa tecnologia, uma vez que ela oferece um conjunto substancial de benefícios para o dia a dia dos profissionais.

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LGPD NO BRASIL: AVANÇOS E DESAFIOS APÓS CINCO ANOS DE IMPLEMENTAÇÃO

Em 14 de agosto, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) completou cinco anos desde sua promulgação no Brasil. No entanto, especialistas apontam que, apesar da ampla abertura de horizontes regulatórios em relação às mais novas tecnologias, ainda persistem dúvidas quanto ao impacto prático das normas no cotidiano de empresas e cidadãos.

Desde sua implementação, a LGPD enfrentou um caminho burocrático e gradual, com partes da legislação entrando em vigor apenas anos após sua aprovação. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável por fiscalizar o cumprimento da LGPD, só foi efetivamente estruturada em 2020, dois anos após sua criação.

A LGPD trouxe consigo uma mudança cultural necessária, mas a compreensão completa dos conceitos e mecanismos ainda é limitada, principalmente devido à falta de conscientização sobre o valor dos dados pessoais. Muitos ainda não percebem que informações como o CPF, fornecidas para obter descontos, contêm preciosas informações sobre hábitos e preferências pessoais.

A aplicação de sanções também enfrentou atrasos, o que levanta preocupações sobre a efetividade da lei. A necessidade de uma educação digital e uma mudança cultural em relação à propriedade dos dados pessoais é crucial para construir uma base sólida de proteção de dados.

Apesar das incertezas e desafios, especialistas concordam que a LGPD já deixou marcas significativas. Houve uma mudança cultural nos processos de coleta, uso e armazenamento de dados em todas as esferas da sociedade, o que resultou em relações mais transparentes e duradouras entre as partes envolvidas.

Alguns destacam que a lei já gerou impactos positivos, estimulando empresas a repensarem suas práticas e a investirem em conformidade. A implementação da LGPD também serve como um prelúdio para a regulamentação de outras tecnologias emergentes, como inteligência artificial e segurança da informação.

À medida que o Brasil enfrenta novos desafios regulatórios associados às tecnologias, a experiência adquirida com a LGPD pode servir como base para um debate cuidadoso e equilibrado sobre questões como a inteligência artificial. O futuro da proteção de dados no país dependerá da capacidade de responder a esses desafios sem comprometer os princípios fundamentais da privacidade e inovação.

Em resumo, os cinco anos de vigência da LGPD no Brasil têm sido marcados por avanços, desafios e uma mudança cultural essencial. A construção de uma cultura de proteção de dados e a garantia de conformidade devem continuar sendo prioridades, à medida que o país enfrenta os próximos capítulos na evolução tecnológica e regulatória.

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TECNOLOGIA EM FAVOR DA JUSTIÇA: IA REFORÇA QUALIDADE DAS DECISÕES NO TJ-SP

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Dentro de um horizonte de apenas 45 dias, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) está prestes a marcar um marco inovador ao lançar um projeto pioneiro que faz uso da Inteligência Artificial (IA) para otimizar o processo de elaboração de despachos, sentenças e votos proferidos pelo órgão. Durante a solene cerimônia de instalação da 6ª Vara Cível do Fórum de Araçatuba, o presidente do tribunal, o desembargador Ricardo Mair Anafe, não deixou de realçar a importância dessa iniciativa para a evolução da instituição.

O desembargador explicou que, desde a implementação do processo eletrônico em 2012, houve um notável avanço. Agora, com a introdução da Inteligência Artificial, o objetivo é simplificar ainda mais os procedimentos, preparando previamente o material a ser analisado pelos juízes.

No entanto, é fundamental destacar que essa medida não tem a intenção de substituir a figura do juiz. O desembargador enfatizou que a IA será um instrumento de auxílio para o trabalho do magistrado, visando aumentar a eficiência. Ele fez questão de salientar que a eficiência, traduzida em qualidade e agilidade, é o foco. Entretanto, ele também esclareceu que a substituição completa de um juiz por uma IA levaria à necessidade de também substituir o Executivo e o Legislativo, algo que não é o objetivo.

O projeto-piloto, de acordo com o desembargador, terá seu início na capital paulista, buscando avaliar a implementação e, ao mesmo tempo, almejando proporcionar um sistema judiciário mais rápido e ágil. Com confiança na alta qualidade da Justiça, ele expressou a convicção de que, ao unir essa qualidade à celeridade, será possível alcançar uma eficiência muito aguardada.

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ESTRATÉGIA SEM LIMITES: JAPÃO ROMPE COM DIREITOS AUTORAIS EM PROL DA IA COMPETITIVA

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Em um movimento surpreendente, o governo do Japão recentemente reafirmou que não irá impor direitos autorais aos dados utilizados no treinamento de inteligência artificial (IA). A nova política permite que a IA utilize qualquer tipo de dado, “independentemente de ser para fins sem fins lucrativos ou comerciais, independentemente de ser um ato que não seja de reprodução, ou se é conteúdo obtido de sites ilegais ou não.” Keiko Nagaoka, Ministra Japonesa da Educação, Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia, confirmou essa postura audaciosa em uma reunião local, afirmando que as leis japonesas não protegerão materiais protegidos por direitos autorais utilizados em conjuntos de dados de IA.

Japão, IA e Direitos Autorais A cobertura em inglês sobre essa situação é limitada. Parece que o governo japonês acredita que preocupações com direitos autorais, especialmente relacionadas a animes e outras mídias visuais, têm limitado o progresso da nação na área de tecnologia de IA. Em resposta, o Japão está adotando uma abordagem sem direitos autorais para permanecer competitivo.

Essa notícia é parte do ambicioso plano do Japão para se tornar líder em tecnologia de IA. A Rapidus, uma empresa de tecnologia local conhecida por sua avançada tecnologia de chips de 2nm, está ganhando destaque como uma séria concorrente no mundo dos chips de IA. Com a situação política de Taiwan parecendo instável, a fabricação de chips japoneses pode se tornar uma aposta mais segura. Além disso, o Japão está se destacando para ajudar a moldar as regras globais para sistemas de IA dentro do G-7.

Artistas vs. Negócios (Artistas em Desvantagem) No entanto, nem todos no Japão concordam com essa decisão. Muitos criadores de animes e arte gráfica estão preocupados que a IA possa diminuir o valor de seus trabalhos. Em contrapartida, os setores acadêmico e empresarial estão pressionando o governo a aproveitar as leis de dados flexíveis do país para impulsionar o Japão à dominação global em IA.

Apesar de ter a terceira maior economia do mundo, o crescimento econômico do Japão tem sido lento desde a década de 1990. O Japão possui a menor renda per capita do G-7. Com a implementação eficaz da IA, o país poderia potencialmente aumentar seu PIB em 50% ou mais em pouco tempo. Para o Japão, que enfrenta anos de baixo crescimento, essa é uma perspectiva empolgante.

É Tudo Sobre os Dados O acesso aos dados ocidentais também é fundamental para as ambições de IA do Japão. Quanto mais dados de treinamento de alta qualidade estiverem disponíveis, melhor será o modelo de IA. Embora o Japão possua uma longa tradição literária, a quantidade de dados de treinamento em língua japonesa é significativamente menor em comparação aos recursos de língua inglesa disponíveis no Ocidente. No entanto, o Japão possui um tesouro de conteúdo de animes, que é popular globalmente. Parece que a posição do Japão é clara – se o Ocidente usa a cultura japonesa para treinamento de IA, os recursos literários ocidentais também devem estar disponíveis para a IA japonesa.

O Que Isso Significa Para o Mundo Em escala global, a decisão do Japão adiciona um novo ângulo ao debate sobre regulamentação. As discussões atuais têm se concentrado em um cenário de “nação rebelde”, onde um país menos desenvolvido pode ignorar um quadro global para obter vantagem. No entanto, com o Japão, vemos uma dinâmica diferente. A terceira maior economia do mundo está dizendo que não vai impedir a pesquisa e o desenvolvimento de IA. Além disso, está preparada para aproveitar essa nova tecnologia para competir diretamente com o Ocidente.