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OS IMPACTOS DA PERDA DE DADOS POR FALHAS EM BACKUP

A adoção de rotinas de backup é amplamente reconhecida como uma das práticas mais importantes para a continuidade dos negócios. No entanto, mesmo com essa consciência, muitas organizações negligenciam etapas essenciais que garantiriam a eficácia desses procedimentos. O resultado é a perda de dados valiosos e, não raramente, a interrupção total das operações por períodos indeterminados.

Os dados são, para as empresas modernas, o que os registros contábeis eram para os antigos comerciantes: o registro da existência, da história e das possibilidades de continuidade. Quando um sistema falha e o backup não está devidamente configurado ou validado, essas informações podem simplesmente desaparecer. Arquivos financeiros, contratos, cadastros de clientes, históricos médicos ou jurídicos. Tudo pode se perder com um clique, uma falha elétrica ou um ataque cibernético.

É comum que as organizações apenas descubram a ineficiência de suas rotinas de backup no momento em que precisam restaurar informações. Nessa hora, percebem que o último backup válido foi feito há meses, ou que os arquivos estavam corrompidos, ou ainda que a restauração não contempla todos os dados necessários. O impacto pode ser devastador. Atrasos em entregas, interrupção de serviços essenciais, perdas contratuais, danos à reputação e, em alguns casos, a inviabilidade do próprio negócio.

Além da perda direta de dados, há também um efeito nos processos e nas pessoas. Equipes paralisadas, clientes insatisfeitos e a insegurança instalada em todos os níveis da organização. A recuperação, quando possível, exige tempo, recursos técnicos e financeiros. E muitas vezes esses recursos não estão disponíveis com a agilidade necessária.

Por isso, investir em soluções confiáveis de backup, automatizar rotinas, testar periodicamente a integridade dos arquivos e contar com uma política clara de segurança da informação não são apenas boas práticas. São medidas que protegem o que há de mais sensível em qualquer operação. Ignorar esses cuidados é o mesmo que deixar aberta uma porta por onde tudo pode escapar sem aviso.

A verdadeira prevenção está em garantir que o sistema funcione quando for exigido. No campo da gestão de riscos, não há espaço para suposições. Quando o erro se materializa, o tempo para reagir já é curto e o prejuízo, muitas vezes, não tem retorno.

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PRÁTICAS RESPONSÁVEIS PARA A PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS

O cuidado com os dados pessoais é essencial para garantir a privacidade e a conformidade com a legislação. Confira algumas orientações fundamentais para lidar com informações de forma ética e responsável:

Coleta consciente de informações
Ao coletar dados, é importante priorizar apenas o que for estritamente necessário para a finalidade proposta. Evite solicitações desnecessárias que possam expor informações sensíveis e valorize a simplicidade e objetividade no processo.

Retenção limitada de dados
Mantenha as informações armazenadas apenas pelo período indispensável para o cumprimento de suas finalidades. Prolongar o armazenamento sem justificativa aumenta riscos de exposição indevida.

Confidencialidade garantida
Jamais compartilhe informações pessoais com outras pessoas ou organizações sem obter a devida autorização dos titulares. Transparência e consentimento são pilares fundamentais para preservar a confiança e a conformidade com as normas.

Proteção rigorosa das informações
Implemente todas as medidas de segurança necessárias para proteger os dados sob sua responsabilidade. Desde sistemas de proteção digitais até práticas seguras no manuseio físico, cada detalhe contribui para minimizar riscos.

Ação imediata em caso de incidentes
Ao identificar qualquer indício de acesso ou uso indevido de dados, comunique rapidamente a situação às partes envolvidas e, se necessário, às autoridades competentes. Agilidade na resposta é essencial para mitigar impactos e proteger os direitos dos titulares.

Adotar essas práticas demonstra compromisso com a segurança e o respeito à privacidade, além de reforçar a confiança entre empresas, colaboradores e clientes.

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ATAQUE HACKER COMPROMETE SISTEMAS DE ONZE MINISTÉRIOS E ÓRGÃOS FEDERAIS

O governo brasileiro enfrentou um grave ataque cibernético que afetou os sistemas de nove ministérios e dois órgãos da administração federal. Como resultado, diversas ferramentas estão temporariamente indisponíveis e ainda não há previsão de quando serão restabelecidas.

O incidente foi comunicado aos servidores afetados por meio de um email enviado por volta das 12h do dia 24 de junho, informando sobre o “incidente cibernético”. As equipes de TI estão empenhadas em garantir a integridade e segurança dos dados, embora não haja um prazo definido para a conclusão dos reparos.

Este não é o primeiro incidente do tipo. Em abril, criminosos invadiram o Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), usado para a execução de pagamentos, e tentaram movimentar cerca de R$ 9 milhões do Ministério da Gestão e Inovação. Após essa invasão, o Tesouro Nacional adotou medidas de segurança adicionais para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.

O ataque mais recente atingiu o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) Multiórgão e algumas funcionalidades do Processo Eletrônico Nacional. Até o momento, o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos confirmou apenas a instabilidade nas ferramentas e continua monitorando os sistemas para identificar e avaliar eventuais danos.

Embora os serviços ofertados ao cidadão via Gov.br e o SEI dos demais órgãos não tenham sido afetados, a Secretaria de Serviços Compartilhados do Ministério orienta que os servidores busquem soluções alternativas para evitar a paralisação de serviços e processos urgentes.

Os ministérios atingidos incluem Gestão, Fazenda, Povos Indígenas, Planejamento e Orçamento, Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Empreendedorismo, Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, Previdência Social, Igualdade Racial, Mulheres, além da Casa da Moeda Brasileira e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

As autoridades continuam trabalhando para restaurar os sistemas afetados o mais rapidamente possível e reforçar a segurança digital para prevenir futuros ataques.

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BRASIL ADOTA BLOCKCHAIN PARA TRANSPARÊNCIA E RAPIDEZ

Em uma evolução tecnológica significativa para o sistema de doação de órgãos no Brasil, o Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil (CNB/CF) anunciou a implementação de uma nova plataforma baseada na tecnologia blockchain. Este avanço visa fortalecer a integridade e a confiabilidade das informações registradas, além de otimizar a eficiência na localização de dados relevantes. A partir de abril, o lançamento oficial da Central Nacional de Doação de Órgãos marcará o início dessa nova era, promovendo uma solução online integrada ao e-Notariado para aprimorar o registro e a conservação dos desejos de cidadãos interessados em doar seus órgãos postumamente.

A cerimônia de inauguração da plataforma está prevista para 2 de abril, às 14h30, com transmissão ao vivo pelo YouTube, seguida de uma sessão informativa ao vivo às 18h. Esta sessão explicará os aspectos técnicos da Central e formalizará a primeira Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos do país, marcando um momento histórico para a sociedade brasileira.

O e-Notariado, um pilar central deste sistema, é uma plataforma digital supervisionada pelo Colégio Notarial do Brasil, facilitando o acesso dos cidadãos aos serviços notariais. Uma característica inovadora dentro dessa plataforma é a Notarchain, uma blockchain própria desenvolvida sobre a Hyperledger Fabric, destinada exclusivamente aos notários. Esta rede permissionada assegura que cada cartório de notas funcione como um nó de validação, mantendo a integridade e a autenticidade dos documentos e transações realizadas.

No contexto brasileiro, a doação de órgãos é um processo estritamente voluntário, exigindo que todas as informações dos doadores sejam tratadas com a máxima segurança e privacidade. O Sistema Nacional de Transplantes coordena meticulosamente este processo desde a identificação da morte encefálica do doador até a seleção do receptor do órgão, baseando-se em critérios rigorosos para assegurar a justa distribuição.

A adoção da blockchain no gerenciamento de dados de doação de órgãos representa um marco importante. Além de reforçar a proteção das informações privadas dos envolvidos, esta tecnologia promete simplificar a conexão entre doadores e receptores, estabelecendo uma rede segura e infalível. Esse avanço não apenas eleva o padrão de segurança na gestão de dados sensíveis, mas também promete melhorar significativamente a eficácia e a transparência do sistema de doações de órgãos no Brasil.