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O CRESCIMENTO DOS ATAQUES CIBERNÉTICOS NO BRASIL E A INFLUÊNCIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Entre 2022 e 2023, o Brasil registrou uma redução significativa no número total de ataques cibernéticos, caindo de 103 bilhões para 60 bilhões de tentativas. No entanto, esse declínio esconde uma mudança importante no perfil dos ataques, com a inteligência artificial (IA) desempenhando um papel cada vez mais central. Atualmente, mais da metade dos ataques recentes contra empresas brasileiras envolve algum uso de IA generativa.

Essas informações são oriundas do estudo “The State of Cybersecurity in LATAM 2024”, realizado pela FortiGuard Labs da Fortinet. Segundo o relatório, 54% das empresas brasileiras relataram um aumento nas tentativas de violações de segurança em 2023, em comparação com anos anteriores. Esse cenário tem exacerbado o estresse das equipes de TI, dado o aumento na sofisticação e na precisão das ameaças.

É imperativo que as empresas brasileiras compreendam a evolução do cenário de ameaças cibernéticas e invistam em soluções integradas de segurança, como o blockchain, para se protegerem contra ataques cada vez mais sofisticados. As organizações precisam estar preparadas para enfrentar ameaças que se tornam gradualmente mais complexas com o avanço da tecnologia.

Especialistas apontam que a manutenção constante de processos é essencial. À medida que as organizações implementam algoritmos de IA, novos pontos de vulnerabilidade surgem, sendo explorados por cibercriminosos. A necessidade urgente de proteção é clara: as empresas devem adotar uma postura proativa na defesa de seus dados e sistemas.

O uso crescente de IA por cibercriminosos sublinha a importância de uma abordagem ética e responsável no desenvolvimento e implementação dessas tecnologias. Para enfrentar os ciberataques, é vital investir em soluções de segurança avançadas e em constante atualização, além de promover uma cultura organizacional de conscientização e treinamento em cibersegurança para todos os colaboradores.

A complexidade das ameaças, especialmente com o uso crescente da inteligência artificial, exige que as empresas adotem práticas de segurança de dados robustas, como criptografia e verificação da integridade dos dados, para evitar adulterações ou corrupções que possam comprometer os resultados da IA.

Embora a inteligência artificial ofereça inúmeras oportunidades, é fundamental reconhecer e mitigar os desafios emergentes em termos de segurança cibernética. É essencial que líderes empresariais priorizem investimentos em cibersegurança e adotem medidas proativas para se protegerem contra ameaças cada vez mais sofisticadas.

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APPLE OFERECE CURSO GRATUITO DE IA NO BRASIL E EM OUTROS SEIS PAÍSES

A Revolução da Inteligência Artificial na Medicina Moderna

Desde o advento da Inteligência Artificial (IA), tem-se discutido amplamente quais profissões seriam mais impactadas por essa tecnologia. A medicina é uma área particularmente afetada, como demonstra um inovador projeto de hospital com IA na China. Aqui, exploramos como a IA está sendo aplicada na medicina moderna e os impactos dessa revolução tecnológica.

A Inovação do Hospital Agente

O “Hospital Agente”, um projeto desenvolvido pela Universidade de Tsinghua na China, exemplifica a integração da IA na saúde. Segundo a revista Robotic and Automation, médicos “robôs” foram programados para aprender e evoluir com cada atendimento, alcançando uma precisão de mais de 90% em plataformas que medem a exatidão médica.

Neste ambiente, mais de 3 mil pacientes podem ser atendidos diariamente, um número que médicos humanos levariam cerca de dois anos para alcançar. Além dos médicos robóticos, o projeto também inclui enfermeiras virtuais que fornecem cuidados diários aos pacientes simulados, cobrindo todo o processo desde o diagnóstico até o tratamento.

Benefícios para a Saúde Pública

A capacidade da IA de acelerar processos médicos traz significativos benefícios para a saúde pública. A automação e a precisão dos sistemas de IA podem diminuir o tempo de espera por diagnósticos e tratamentos, melhorando a eficiência e a qualidade dos cuidados de saúde.

IA: Uma Ameaça ou Um Aliado?

Uma preocupação comum é se a IA substituirá médicos e outros profissionais de saúde. O objetivo é complementar o trabalho humano, não substituí-lo. A IA pode permitir que médicos e estudantes de medicina testem novos tratamentos em pacientes virtuais, sem riscos para humanos.

Apesar das vantagens da IA, o cuidado humano continua insubstituível. A interação e a atenção de humano para humano são aspectos que a tecnologia ainda não pode replicar plenamente.

A integração da IA na medicina representa uma evolução significativa, trazendo eficiência e precisão sem precedentes. Contudo, é essencial que essa tecnologia seja vista como uma ferramenta de apoio, potencializando o trabalho dos profissionais de saúde e mantendo a importância do toque humano nos cuidados médicos.

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CRESCIMENTO DA IA GENERATIVA EM ELETRÔNICOS ATINGE 295 MILHÕES DE UNIDADES EM 2024

Em 2024, espera-se um avanço significativo no mercado de dispositivos eletrônicos com a implementação de inteligência artificial (IA) generativa. Um estudo recente prevê que o número global de PCs e smartphones equipados com essa tecnologia alcançará 295 milhões de unidades. Especificamente, o crescimento das remessas desses dispositivos será de 22% em ambos os segmentos. Isso se traduz em cerca de 240 milhões de smartphones e 54,5 milhões de PCs com IA generativa sendo lançados no mercado.

Esse salto é substancial em comparação a 2023, quando apenas 29 milhões de dispositivos foram comercializados com essa tecnologia. A adoção de recursos de IA generativa está se tornando uma necessidade para os fornecedores, que enfrentam o desafio de se diferenciarem em um mercado cada vez mais competitivo. Essa tendência pressionará os fabricantes a inovarem e buscarem novas formas de destacar seus produtos para aumentar a receita.

Apesar dessas transformações, o aumento das vendas não deve ser imediato. Até 2027, a implementação da IA generativa não deve resultar em um crescimento significativo nas vendas de PCs e smartphones. A estratégia dos fabricantes será agregar outros benefícios aos consumidores para estimular a compra desses dispositivos.

As estimativas apontam que, em 2024, as remessas globais de PCs atingirão 250,4 milhões de unidades, um aumento de 3,5% em relação a 2023. A introdução da IA nesses dispositivos será crucial para revitalizar o mercado de PCs e manter os ciclos de substituição em movimento.

A definição de PCs com IA, de acordo com os padrões estabelecidos, inclui dispositivos com aceleradores ou núcleos dedicados à nova tecnologia, como unidades de processamento neural (NPUs), unidades de processamento acelerado (APUs) e unidades de processamento tensorial (TPUs). Já os smartphones com IA são definidos por sua capacidade de hardware e aplicativos orientados à tecnologia, integrados ao próprio dispositivo.

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O FUTURO DA SEGURANÇA CIBERNÉTICA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL GENERATIVA

A segurança cibernética permanece como um campo essencial e dinâmico, impulsionada principalmente pelo aumento e pela sofisticação dos ataques cibernéticos, que vão desde ransomwares até Ameaças Persistentes Avançadas (APT). Empresas de diversos tamanhos e setores continuam a enfrentar desafios significativos na proteção de suas redes e dados contra invasões maliciosas.

De acordo com análises recentes da Mordor Intelligence, o mercado de segurança cibernética foi avaliado em cerca de US$ 183 bilhões em 2023, com projeções indicando um crescimento para US$ 314,28 bilhões até 2028. Este aumento representa uma taxa de crescimento anual composta de 11,44% no período projetado. Adicionalmente, tendências como o Bring Your Own Device (BYOD), Inteligência Artificial, Internet das Coisas (IoT) e machine learning estão se desenvolvendo rapidamente dentro deste contexto. O machine learning, em particular, está revolucionando a segurança cibernética com sua capacidade de detectar anomalias de forma eficiente.

A Inteligência Artificial Generativa (Gen IA) tem demonstrado um crescimento explosivo. Impulsionada por pesquisas e desenvolvimento contínuos e uma expansão em aplicações comerciais em diversos setores, estima-se, segundo a GlobalData, que a receita dessa tecnologia cresça a uma taxa anual de 80% entre 2022 e 2027, saltando de US$ 1,75 bilhão para US$ 33 bilhões.

Este panorama mostra como a inteligência artificial está moldando transformações em diversos setores, com aplicações práticas que vão desde a detecção de fraudes até a automação de processos complexos. Nos últimos anos, a Gen IA tem avançado significativamente, passando de um fenômeno emergente para uma força consolidada no ambiente corporativo, graças aos avanços no processamento de linguagem natural e no desenvolvimento de modelos de linguagem em grande escala.

Com o aumento dos investimentos nessas áreas, está claro que os avanços em segurança cibernética e inteligência artificial generativa estão proporcionando benefícios substanciais às empresas. Estes incluem detecção avançada de ameaças, respostas automatizadas a incidentes, personalização e adaptação a contextos específicos, prevenção de fraudes, análise de big data, proteção de dados e garantia de privacidade. Portanto, é evidente que o futuro da segurança cibernética e da IA Generativa é não apenas promissor, mas também crucial para o avanço tecnológico e a proteção corporativa em um mundo cada vez mais digital e interconectado.

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A TRAJETÓRIA DE CRESCIMENTO DA SEGURANÇA DIGITAL E IA GENERATIVA

A esfera da cibersegurança permanece em constante evolução, marcada pelo crescimento acelerado e pela complexidade cada vez maior dos ataques cibernéticos, que vão desde o ransomware até as chamadas ameaças persistentes avançadas (APTs). Nesse contexto, organizações de todos os portes e segmentos industriais estão sendo compelidas a enfrentar desafios sem precedentes na proteção de suas infraestruturas digitais e na salvaguarda de seus dados contra a ação de cibercriminosos.

De acordo com um estudo divulgado pela Mordor Intelligence, o valor de mercado global para soluções de cibersegurança foi projetado em torno de US$ 183 bilhões no ano de 2023, com projeções indicando um crescimento para US$ 314,28 bilhões até o ano de 2028. Esse aumento representa uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 11,44% ao longo do intervalo projetado de cinco anos. Em paralelo, observa-se uma rápida evolução em tendências tecnológicas como o BYOD (Bring Your Own Device), Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas (IoT) e aprendizado de máquina, especialmente no que tange às suas aplicações dentro do campo da cibersegurança. O uso de técnicas de aprendizado de máquina, por exemplo, tem se mostrado particularmente eficaz na identificação de padrões anômalos, potencializando as capacidades de detecção de ameaças.

No que concerne à IA Generativa, essa vertente da inteligência artificial tem presenciado um crescimento exponencial. Fomentada por avanços significativos em pesquisa e desenvolvimento, assim como pela expansão de suas aplicações comerciais em uma ampla gama de setores, estimativas da GlobalData apontam para um crescimento impressionante no mercado de IA Generativa, com uma taxa anual composta de crescimento (CAGR) de 80% entre os anos de 2022 e 2027, saltando de US$ 1,75 bilhão para US$ 33 bilhões.

Esse ímpeto renovado no campo da IA, especialmente através da Gen IA, deve-se em grande medida aos avanços no processamento de linguagem natural (PLN) e no desenvolvimento de modelos de linguagem de grande escala. A ascensão da IA Generativa, de um fenômeno de nicho para uma força predominante no ambiente empresarial, sublinha a trajetória ascendente dessa tecnologia ao longo do último ano.

O incremento dos investimentos nessas tecnologias não apenas atesta a sua importância estratégica mas também reflete os benefícios tangíveis que aprimoramentos na cibersegurança e na IA Generativa têm trazido para o universo corporativo. Entre essas vantagens, destacam-se a detecção aprimorada de ameaças, a capacidade de resposta automatizada a incidentes, a personalização e adaptação de serviços, a prevenção de fraudes, a análise avançada de grandes volumes de dados e a proteção de informações sensíveis e da privacidade dos usuários. Concluindo, o progresso contínuo em cibersegurança e IA Generativa promete não apenas reforçar a resiliência das organizações diante de ameaças digitais, mas também pavimentar o caminho para inovações futuras, assegurando um horizonte ainda mais promissor para as empresas em todas as esferas de atuação.

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A ADOÇÃO DA IA PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS

A adoção de tecnologias de inteligência artificial (IA) por micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) no Brasil representa um desenvolvimento significativo no cenário corporativo nacional. De acordo com um estudo realizado pela Microsoft em colaboração com a Edelman Comunicação, aproximadamente 74% das MPMEs no Brasil já implementaram a IA em suas operações de alguma maneira. Este dado sugere uma penetração substancial da tecnologia, indicando que a incorporação de IA nas atividades empresariais transcende o tamanho e o setor da organização.

A IA, caracterizada pela simulação de processos cognitivos humanos como aprendizagem e solução de problemas, tem sido progressivamente adotada pelas empresas. Em 2023, mais da metade (59%) das empresas relatou avanços na implementação de IA, com os investimentos na tecnologia crescendo 20% em relação ao ano anterior. Tal crescimento nos investimentos é apenas superado pelo direcionado às tecnologias de armazenamento em nuvem, que atraiu 56% dos fundos destinados à inovação.

Observa-se um interesse particular por avanços tecnológicos entre empresas originadas no meio digital, que aumentaram seus investimentos em tecnologia em 25% comparado às que não são nativas digitais. Contudo, o incremento nos investimentos tecnológicos levantou questões sobre segurança cibernética, um aspecto que tem recebido atenção crescente. Em 2023, 43% das empresas alocaram recursos para soluções de segurança, um aumento em relação aos 39% do ano anterior. As preocupações com segurança não são infundadas, dado que 16% das companhias enfrentaram ameaças cibernéticas, levando à adoção de medidas preventivas como treinamentos, aquisições de tecnologia de segurança e contratação de especialistas externos.

A pesquisa conduzida pela Microsoft e Edelman Comunicação abrangeu 300 líderes empresariais de companhias com até 250 empregados, incluindo uma gama de posições hierárquicas, desde proprietários a vice-presidentes. Essa diversidade nos respondentes sublinha a importância generalizada da IA e da segurança cibernética no contexto empresarial.

Além disso, a Microsoft tem desempenhado um papel proeminente na oferta de soluções de IA para o ambiente empresarial através do desenvolvimento do “Copilot”. Esse aplicativo de IA generativa visa ampliar a criatividade e aprimorar as competências profissionais, auxiliando os empregados na realização de tarefas como desenvolvimento de textos, criação de apresentações, e gerenciamento de e-mails e reuniões. Esse enfoque na IA generativa destaca o potencial da tecnologia para transformar positivamente as práticas de trabalho, evidenciando um caminho promissor para a inovação nas MPMEs brasileiras.

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ESTRATÉGIAS DE CIBERSEGURANÇA E IA PARA A PROTEÇÃO DO PACIENTE

A evolução da inteligência artificial (IA) tem trazido inovações significativas para o setor da saúde, oferecendo novas possibilidades para diagnósticos, tratamentos e gestão hospitalar. No entanto, a segurança dos dados dos pacientes emerge como uma preocupação central neste cenário de transformação digital. Incidentes internacionais onde instituições de saúde foram paralisadas por ataques cibernéticos evidenciam a vulnerabilidade do setor. Em um levantamento recente, foi destacado que uma organização de saúde no Brasil sofreu, em média, 1.800 ataques semanais em um determinado período, demonstrando a intensidade e a frequência desses desafios.

Embora a maioria das entidades de saúde brasileiras adote soluções básicas de segurança, como antivírus, a implementação de medidas mais robustas, como a autenticação de dois fatores, ainda é insuficiente. Essa lacuna na segurança cibernética coloca o setor de saúde como um dos principais alvos para ataques digitais, atrás apenas de áreas como Educação e Pesquisa, Governo e Militar. Os ransomwares representam a maioria desses ataques, evidenciando a necessidade de um foco redobrado na proteção de dados sensíveis, como prontuários e históricos de pacientes.

A confidencialidade dos dados de saúde é essencial, abrangendo uma vasta gama de informações pessoais e médicas. Diante desse panorama, surge a necessidade de desenvolver estratégias e tecnologias que permitam a IA contribuir efetivamente para a cibersegurança na saúde. A adoção de sistemas avançados de segurança de dados ainda é limitada, concentrando-se majoritariamente em hospitais de grande porte e com maior acesso a recursos tecnológicos. Essa realidade aponta para a importância de ampliar o conhecimento e a implementação de soluções de IA entre os gestores de saúde, democratizando o acesso a tecnologias que possam reforçar a segurança dos dados.

Uma das abordagens identificadas é o uso da IA Generativa, capaz de criar conteúdos diversos a partir de comandos em linguagem natural. Essa tecnologia representa um potencial para melhorar os resultados em saúde, desde que acompanhada de uma adaptação estratégica dos negócios do setor. Além disso, a adoção de marcos regulatórios como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, que estabelece diretrizes claras sobre o tratamento de dados pessoais, incluindo os de saúde, reforça o compromisso com a privacidade e a segurança das informações dos pacientes. Esse quadro regulatório exige que todas as informações coletadas sejam justificadas e transparentes aos cidadãos, estabelecendo um novo paradigma na gestão de dados de saúde.

É importante que profissionais e administradores do setor de saúde se mantenham sempre informados sobre práticas avançadas em cibersegurança e inovações em inteligência artificial. A integração efetiva entre avanços tecnológicos, normas regulatórias e estratégias de gestão em saúde é vital para assegurar a proteção das informações dos pacientes. Este esforço conjunto não só eleva a qualidade dos serviços de saúde, mas também fortalece a confiança da população em entidades de saúde que adotam tecnologias de ponta.

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PROTEÇÃO DE DIREITOS AUTORAIS NA ERA DA IA: EQUILÍBRIO ENTRE INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE HUMANA

A ascensão da inteligência artificial generativa é, inegavelmente, um divisor de águas no cenário global. À medida que testemunhamos a criação de materiais surpreendentemente realistas gerados por IA, surgem debates cruciais sobre a aplicação de direitos autorais a essas obras.

Um caso que reflete esse embate é o da obra “A Recent Entrance to Paradise”, produzida por uma ferramenta de IA e submetida para registro em agosto de 2023. O veredito do juiz, considerando que uma IA não pode ser reconhecida como autora de uma obra, gerou intensos debates.

No entanto, nos Estados Unidos, o Escritório de Direitos Autorais (US Copyright Office) adotou uma abordagem mais flexível. Eles reconhecem a possibilidade de registrar obras criadas por IA quando há intervenção humana significativa no processo criativo. Isso abre uma perspectiva interessante: arte, música e outras criações geradas com o auxílio da IA podem ser elegíveis para registro de direitos autorais, desde que haja um componente humano substancial.

E no Brasil, a situação não difere muito. Do ponto de vista da legislação, a proteção autoral não pode ser conferida a uma IA. A Lei nº 9.610/98 protege obras intelectuais que se originam das “criações do espírito”, o que, por definição, exclui sistemas de inteligência artificial desprovidos de espírito. Além disso, a lei define o autor como uma “pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica”, excluindo, assim, as obras criadas por IA.

Entretanto, a discussão persiste sobre a possibilidade de proteção quando uma quantidade significativa de conteúdo protegido por direito autoral é incorporada na produção de material pela IA. Por exemplo, o uso de IA para criar representações de personagens famosos de desenhos animados ou para gerar imagens que envolvam celebridades levanta preocupações legítimas sobre a imunidade da proteção de direitos autorais.

O Projeto de Lei apresentado pelo deputado Aureo Ribeiro (PL1473/23) no Brasil busca exigir que empresas que operam sistemas de IA forneçam ferramentas que permitam aos autores restringir o uso de suas criações por algoritmos. No entanto, a implementação prática desses controles permanece incerta devido à natureza complexa e opaca das IAs, frequentemente chamadas de “caixas-pretas”, e à imensa quantidade de dados necessária para treiná-las.

Nesse contexto, a sociedade enfrenta o desafio de equilibrar a preservação da originalidade e propriedade intelectual com a inovação trazida pela inteligência artificial. A questão central que permanece é: como conciliar a proteção de direitos autorais com a natureza dinâmica e desafiadora da IA? A solução, em última instância, reside em encontrar abordagens éticas e legais que garantam uma compensação justa aos criadores, ao mesmo tempo em que promovem o desenvolvimento tecnológico.

O futuro da proteção de direitos autorais no contexto da IA dependerá da capacidade da sociedade e da legislação se adaptarem em sintonia com os avanços tecnológicos, alcançando um equilíbrio que estimule a inovação responsável e reconheça as contribuições humanas para a criação artística.

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IA NO INSTAGRAM: META PLANEJA NOVIDADES COM FOCO NA TRANSPARÊNCIA E CRIATIVIDADE

A Meta está se preparando para uma potencial revolução nos seus aplicativos, incluindo Facebook, Instagram e WhatsApp, com o lançamento de uma ferramenta de Inteligência Artificial generativa. Embora a novidade ainda esteja nos bastidores, a empresa já está trabalhando em possíveis ajustes e melhorias.

Uma das principais mudanças pode ser a introdução de um selo distintivo no Instagram, sinalizando quando uma imagem foi gerada por meio de Inteligência Artificial. Esta informação foi encontrada no código Beta do Instagram, indicando um esforço para promover a transparência e conscientização sobre o uso da IA generativa. Isso é importante para combater a disseminação de conteúdos enganosos e identificar criações baseadas em geração de imagens por texto.

A IA para os produtos da Meta já havia dado indícios de sua chegada, com menções iniciais em junho deste ano. A empresa revelou, em uma reunião interna, planos para recursos de edição de fotos no Instagram, utilizando prompts de texto, em um formato semelhante ao DALL-E e MidJourney, além de um chat ao estilo ChatGPT. Outras possíveis adições incluem um recurso de criação de stickers impulsionado por IA, que geraria novas figurinhas a partir de texto.

Embora nenhum anúncio oficial tenha sido feito até o momento, especula-se que a Meta possa basear sua IA generativa no modelo de linguagem Llama 2, desenvolvido em colaboração com a Microsoft. Este Large Language Model (LLM) foi treinado com 40% mais dados do que seu predecessor, Llama 1, e está disponível como código aberto, sinalizando um passo significativo em direção a avanços promissores na integração de IA nas plataformas da Meta.