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ESTRATÉGIAS PARA EVITAR RISCOS TRABALHISTAS NA ERA DIGITAL

A digitalização acelerada e a mobilidade no mercado de trabalho têm proporcionado benefícios significativos, como a melhoria na comunicação entre empresas e colaboradores, o aumento da produtividade e a redução de custos. Esse cenário favorece especialmente os modelos de trabalho híbrido e as operações com equipes em campo, que se beneficiam de um ecossistema de trabalho descentralizado. No entanto, essa transformação também traz desafios, especialmente no que diz respeito à delimitação dos horários de trabalho e à separação entre vida pessoal e profissional.

Com a popularização do uso de dispositivos móveis, como celulares corporativos e a adoção do modelo BYOD (Bring Your Own Device), as empresas enfrentam uma nova dimensão de riscos relacionados à governança. A falta de controle adequado sobre o uso desses dispositivos pode resultar em problemas trabalhistas significativos, que vão além de possíveis autuações, gerando prejuízos financeiros e danos à imagem da empresa.

Recentemente, o Tribunal Superior do Trabalho reforçou a necessidade de atenção a esses aspectos. Em uma decisão marcante, foi estabelecido que a utilização de celulares para atividades profissionais fora do expediente caracteriza o regime de sobreaviso, o que demanda o pagamento de horas extras. Um caso específico julgou uma instituição financeira do Espírito Santo que foi condenada a pagar adicional a um coordenador de segurança, que era acionado por celular fora de seu horário regular de trabalho para atender a situações emergenciais.

Este contexto é comum em diversas organizações. Segundo uma pesquisa, no Brasil, 90% dos profissionais utilizam seus smartphones para atender demandas de trabalho fora do expediente. Paralelamente, 96% dos trabalhadores também fazem uso dos celulares para tratar de assuntos pessoais durante o horário de trabalho, o que evidencia um equilíbrio delicado entre as necessidades corporativas e a vida pessoal dos colaboradores.

Essa situação apresenta desafios para as empresas em duas frentes. De um lado, é crucial implementar uma gestão de riscos trabalhistas que previna custos elevados e preserve a imagem institucional, garantindo a retenção de talentos em um mercado cada vez mais competitivo. De outro, é necessário aproveitar o potencial dos dispositivos móveis como ferramentas de produtividade, mantendo o equilíbrio com o bem-estar dos colaboradores e respeitando os limites de suas jornadas de trabalho.

A utilização de tecnologias de gerenciamento de dispositivos móveis (MDM, Mobile Device Management) tem ganhado espaço como uma solução para esse equilíbrio. Com o MDM, é possível definir horários e condições de uso para dispositivos, além de gerenciar remotamente aplicativos e funcionalidades, garantindo que os smartphones permaneçam aliados da produtividade durante o expediente e respeitem a vida pessoal dos colaboradores fora dele.

Integrações entre ferramentas como MDM e sistemas de controle de ponto são uma evolução importante na gestão de horários, automatizando o acesso aos recursos de trabalho conforme o início e o término das jornadas. Esse tipo de tecnologia não apenas reforça as políticas de compliance digital das empresas, mas também promove uma cultura organizacional que realmente valoriza a separação entre vida pessoal e profissional, além de garantir conformidade com leis de proteção de dados, como a LGPD.

O panorama trabalhista e legislativo tem evoluído para acompanhar a transformação digital e as demandas do mercado atual. As empresas que desejam manter sua competitividade precisam alinhar suas estratégias de governança a esse novo contexto, garantindo que o uso de smartphones e outras tecnologias seja uma força para a eficiência e não um obstáculo para a gestão.

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DESAFIOS DE COMPLIANCE NO SETOR DE TECNOLOGIA E TELECOMUNICAÇÕES

As empresas de tecnologia e telecomunicações estão na linha de frente dos desafios de compliance, devido à natureza altamente regulada de suas operações e ao vasto volume de dados pessoais que tratam diariamente. A gestão desses dados acarreta não apenas riscos regulatórios, mas também a possibilidade de incidentes de segurança que podem ter consequências significativas.

Para garantir maior eficiência e otimização, muitas empresas terceirizam parte de suas operações. Contudo, essa prática exige uma avaliação criteriosa dos terceiros contratados para assegurar que fornecedores e parceiros também estejam alinhados com as melhores práticas de compliance. Além disso, a natureza transfronteiriça das operações dessas empresas demanda a observância das regulamentações de diversos países, elevando o nível de complexidade e a necessidade de um programa de compliance robusto e integrado.

Consequências da Não Conformidade

A não conformidade com as regras de compliance no ambiente digital pode resultar em severas sanções e ações judiciais. Empresas que falham em proteger os dados pessoais podem enfrentar multas expressivas, proibições operacionais e outras penalidades administrativas. Além dos impactos financeiros, as empresas também podem sofrer danos irreparáveis à sua reputação e marca.

Desenvolvimento de Programas de Compliance

Desenvolver e implementar programas de compliance eficazes em um ambiente digital em constante evolução é crucial. O comprometimento da liderança é o primeiro passo fundamental para o sucesso de qualquer programa de compliance. A liderança deve compreender a importância do tema e alocar recursos adequados para manter um programa robusto e eficaz.

A criação de políticas e procedimentos de governança é essencial. Esses documentos devem ser amplamente divulgados e implementados de forma precisa no dia a dia das atividades empresariais.

Educação Digital e Governança Corporativa

A educação digital é outra peça-chave para a conformidade em um ambiente digital. Empresas têm a obrigação de educar os usuários sobre seus direitos e práticas de segurança para proteger dados pessoais. Esse esforço deve ser transparente e fornecer orientações claras sobre como os usuários podem proteger suas informações enquanto utilizam os serviços da empresa.

Avaliação de Riscos e Medidas Técnicas

As empresas devem estar constantemente atentas aos riscos de violação da privacidade dos dados. Avaliações periódicas dos riscos e impactos são essenciais para identificar vulnerabilidades. Medidas técnicas e organizacionais, como controles de acesso, autenticação multifatorial, gerenciamento de privilégios, monitoramento de atividades, criptografia e sistemas de detecção de ameaças, são cruciais para garantir a segurança dos dados.

Transferências Internacionais de Dados

Para transferências internacionais de dados, é necessário garantir que os dados sejam protegidos conforme os padrões regulatórios de cada localidade. Cláusulas contratuais robustas devem ser implementadas para assegurar o tratamento adequado dos dados e permitir auditorias regulares das práticas de segurança e conformidade.

Inovação e Tecnologia no Compliance

As novas tecnologias são ferramentas fundamentais para a inovação nos processos de compliance. Análises preditivas podem examinar grandes conjuntos de dados para identificar padrões e possíveis violações de compliance. Tecnologias avançadas também facilitam auditorias digitais, permitindo uma coleta e análise mais eficiente de evidências em casos de incidentes de segurança. Isso não apenas mitiga danos aos titulares de dados, mas também assegura a conformidade regulatória, atendendo princípios como o da responsabilização e prestação de contas previstos na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A complexidade do ambiente digital e as crescentes exigências regulatórias impõem um desafio significativo às empresas de tecnologia e telecomunicações. No entanto, com um compromisso firme da liderança, políticas bem estruturadas, educação contínua e uso de tecnologias avançadas, é possível desenvolver um programa de compliance eficaz que proteja dados pessoais e sustente a confiança e a integridade da empresa.

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ESTRATÉGIAS PARA PROTEÇÃO E CONFORMIDADE EMPRESARIAL

Desde a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em 2020, o cenário empresarial brasileiro tem enfrentado desafios significativos no que se refere ao manejo de dados pessoais. A LGPD instituiu um conjunto rigoroso de diretrizes que regulamentam como informações pessoais — de clientes, funcionários, acionistas, parceiros e potenciais clientes — devem ser tratadas pelas organizações.

Este novo regime legal trouxe à tona a importância do “compliance de dados”. Essa prática envolve a adoção de políticas internas e mecanismos que asseguram a conformidade com as normativas estabelecidas pela LGPD. A principal meta do compliance de dados é não apenas evitar sanções legais, mas também proteger a organização de riscos financeiros, legais e reputacionais.

A gestão de riscos, uma atividade intrínseca a qualquer empresa, ganha uma nova dimensão com a LGPD, ao adicionar os riscos associados à proteção de dados ao espectro de preocupações corporativas. Neste contexto, os programas de compliance de dados se tornam fundamentais, servindo como ferramentas estratégicas para identificar, avaliar e controlar potenciais ameaças à segurança da informação.

Além de cumprir com as exigências legais, um programa eficaz de compliance de dados fortalece a cultura organizacional no que tange à privacidade, por meio de treinamentos regulares, políticas claras e auditorias sistemáticas. Essas ações são essenciais para construir e manter a confiança de todos os stakeholders envolvidos.

A LGPD prevê uma gama de sanções para infrações, que variam desde advertências até multas substanciais e proibições de atividades relacionadas ao tratamento de dados. No entanto, a lei também oferece a possibilidade de mitigação dessas penalidades, especialmente se a organização demonstrar uma postura proativa em relação à governança de privacidade e à adoção de boas práticas.

Essencialmente, a legislação incentiva as empresas a desenvolverem um programa de governança em privacidade robusto, que deve estar alinhado à escala e complexidade de suas operações. Esse programa não só ajuda na conformidade e na prevenção de infrações como também atenua possíveis sanções. Para ser considerado eficaz, esse programa deve incorporar uma série de elementos, como:

  • A implementação de políticas e procedimentos internos que garantam a proteção de dados pessoais.
  • A aplicabilidade dessas políticas a todos os dados sob controle da organização, adaptadas à sua estrutura e volume de operações.
  • A adoção de medidas de segurança baseadas em uma avaliação sistemática dos impactos e riscos à privacidade.
  • A existência de um plano de resposta a incidentes e de avaliações periódicas para garantir a atualização constante do programa.
  • A demonstração de uma relação transparente e de confiança com os titulares dos dados.

Além disso, o programa deve estar integrado à estrutura geral de governança da empresa, com mecanismos de supervisão internos e externos efetivos.

Portanto, mais do que uma exigência legal, o programa de compliance de dados representa uma estratégia fundamental para a gestão de riscos corporativos, assegurando que a organização não apenas esteja em conformidade com a lei, mas também que opere de maneira segura e transparente no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais.

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JUSTIÇA IMPÕE MULTA DE R$ 200 MIL A HOSPITAL POR VAZAMENTO DE DADOS DE KLARA CASTANHO

O recente episódio envolvendo o vazamento de informações sensíveis da atriz Klara Castanho pelo Hospital e Maternidade Brasil, integrante da Rede D’Or São Luiz, evidencia um cenário alarmante sobre a proteção de dados no âmbito da saúde. Em 2022, detalhes de um caso particular de uma paciente, que involuntariamente se tornou centro de uma ampla discussão pública, foram expostos sem seu consentimento. Este incidente culminou em uma decisão judicial pela 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, que determinou uma indenização por danos morais no valor de R$ 200 mil, ajustando o montante inicial de R$ 1 milhão.

A análise do desembargador responsável pela relatoria do processo destaca a infracção grave ao dever de sigilo profissional, um pilar fundamental na relação entre instituições de saúde e seus pacientes. Esta falha não somente transgride normativas éticas, mas também legislações específicas como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que visa salvaguardar a privacidade e o tratamento adequado de dados pessoais.

O núcleo deste problema ressalta a imperiosa necessidade de mecanismos de governança corporativa mais eficientes no setor da saúde, visando assegurar a confidencialidade e a integridade das informações dos pacientes. A conduta do hospital, segundo apurações, reflete um descompasso significativo entre as práticas adotadas pela instituição e os preceitos éticos e legais demandados pela sociedade e pelas autoridades competentes.

Importante destacar que o caso sub judice não se restringe à questão do vazamento de dados, mas abrange a responsabilidade institucional em promover um ambiente seguro, que respeite a dignidade e a privacidade dos indivíduos sob seus cuidados. A falha na proteção de dados sensíveis revela um déficit na formação e na sensibilização dos profissionais de saúde quanto à importância do sigilo profissional, além de apontar para a necessidade de implementação de políticas internas mais rigorosas e efetivas para prevenir recorrências de tais eventos.

Este precedente jurídico suscita uma reflexão crítica sobre a cultura organizacional das instituições de saúde e seu compromisso com a ética profissional. A decisão judicial reforça a mensagem de que a negligência e o descuido com as informações dos pacientes são inaceitáveis, impondo consequências legais e financeiras significativas às entidades que falharem em sua guarda.

Por fim, o episódio serve como um lembrete imperativo para as empresas controladoras de dados, sobre a importância da confidencialidade das informações, instigando a adoção de medidas mais robustas de segurança da informação e a promoção de uma cultura organizacional que priorize, de forma incondicional, a privacidade e o respeito aos direitos dos titulares de dados.

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COMO O ESG ESTÁ REDEFININDO O SUCESSO CORPORATIVO

A adoção dos critérios ESG (Ambiental, Social e Governança) tem se tornado um imperativo para as empresas contemporâneas, marcando uma nova era na gestão empresarial. Segundo estudos recentes da PwC, espera-se que até 2026, os investimentos corporativos em ESG cresçam em média 12,9% anualmente, alcançando um montante global de US$ 33,9 trilhões.

No Brasil, essa tendência também é notável, com 86% das empresas de maior faturamento já comprometidas com esses princípios. O ESG deixou de ser apenas um conjunto de métricas para avaliação de desempenho e se tornou um guia estratégico para negócios que visam a sustentabilidade a longo prazo.

Uma pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) destaca os principais motivos para a incorporação do ESG no cerne das operações empresariais, incluindo o fortalecimento das relações com partes interessadas (44%), a gestão sustentável de recursos naturais (39%), aprimoramento na gestão de riscos (36%), aumento da competitividade (33%) e conformidade legal (28%).

A interação entre ESG e tecnologia tem sido fundamental nesse processo. A capacidade de coletar e analisar dados ambientais por meio de tecnologias como IoT (Internet das Coisas) e big data tem permitido às empresas não apenas monitorar, mas aprimorar seu impacto ambiental. Essas tecnologias possibilitam uma gestão mais eficiente de recursos, a redução de desperdícios e a mitigação de impactos negativos no meio ambiente.

No aspecto social, a tecnologia tem papel crucial na promoção da inclusão e diversidade. Plataformas digitais oferecem novas oportunidades de emprego a grupos historicamente marginalizados e as redes sociais amplificam vozes que antes eram pouco ouvidas. É essencial, porém, que o desenvolvimento e a aplicação dessas tecnologias sejam feitos de maneira ética e inclusiva.

Em termos de governança, ferramentas como o blockchain proporcionam uma transparência sem precedentes, oferecendo registros imutáveis que aumentam a confiança e diminuem as chances de corrupção. Paralelamente, a inteligência artificial pode automatizar processos de conformidade e identificar fraudes, assegurando que as empresas mantenham elevados padrões éticos e legais.

Embora o caminho para a implementação efetiva dos princípios ESG possa parecer complexo, exigindo uma fusão entre tecnologia, mudança cultural e políticas internas, as empresas devem se dedicar à colaboração e transparência. Envolvendo todas as partes interessadas na definição de objetivos e estratégias ESG, as organizações abrem portas para um futuro corporativo mais sustentável e responsável.

Estamos, portanto, diante de uma oportunidade única de liderar uma transformação em direção a práticas de negócios mais sustentáveis, justas e inclusivas, promovendo não apenas o crescimento econômico, mas também contribuindo significativamente para a construção de um futuro melhor para todos.

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ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO PARA STARTUPS: POR QUE A DUE DILIGENCE É FUNDAMENTAL

No ambiente de negócios atual, extremamente volátil e competitivo, a diligência prévia, ou due diligence, emerge como uma estratégia crítica, essencial tanto para investidores quanto para empreendedores. Essa auditoria pré-transação desempenha um papel importante na informação das partes envolvidas, permitindo uma tomada de decisão mais embasada e a minimização de riscos, o que, por sua vez, potencializa o valor das empresas.

A due diligence abarca uma investigação detalhada sobre uma companhia, sendo essencial para a identificação de riscos, asseguração de conformidade com leis e regulamentações, análise financeira aprofundada, avaliação da eficiência operacional, verificação de aderência à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), proteção de propriedade intelectual, e também a análise de práticas sustentáveis. Torna-se indispensável antes de se empreender em grandes movimentações corporativas, como auditorias, aquisições, fusões, parcerias estratégicas, entre outros.

Dentro do universo das startups, a due diligence é interpretada como a verificação minuciosa feita por investidores anjo e fundos de venture capital antes de efetivarem qualquer investimento. A aderência a uma rigorosa prática de due diligence é, sem dúvida, um fator determinante para o sucesso de startups em busca de financiamento.

Fundamentos da Due Diligence em Startups

Trajetória dos Fundadores

A análise do percurso profissional e pessoal dos fundadores constitui o alicerce inicial da due diligence. Investidores perspicazes dedicam-se a compreender as competências, experiências e o histórico dos gestores à frente da startup, avaliando sua capacidade de superar desafios, liderar com eficácia e adaptar-se a mudanças do mercado. A resiliência, curiosidade e otimismo, juntamente com conhecimento técnico e compreensão do setor, são altamente valorizados, refletindo uma maturidade empresarial e potencial de superação notáveis.

Análise de Riscos

Identificar riscos de forma acurada, seja no espectro financeiro, operacional, legal ou ambiental, é um pilar fundamental. Essa fase assegura que a startup esteja em conformidade com as normativas atuais, mitigando surpresas que possam afetar negativamente seu futuro.

Conformidade Legal

Esta vertente engloba a verificação de litígios potenciais ou em curso, gestão de contratos, questões de propriedade intelectual, e aderência a leis e normativas aplicáveis. É vital para prevenir penalidades e fortalecer a posição legal da empresa no mercado.

Avaliação Financeira

Um exame da situação financeira fornece aos investidores uma base para estimar o valor justo da startup. Inclui a análise de demonstrações financeiras, receitas, passivos e projeções de crescimento.

Operacionalidade

A avaliação da eficiência operacional e gerencial é crucial para entender se a empresa pode se sustentar e competir no mercado a longo prazo.

Sustentabilidade e Responsabilidade Social (ESG)

A due diligence também contempla a análise de práticas ambientais, sociais e de governança, avaliando o comprometimento da startup com a sustentabilidade e responsabilidade social.

A due diligence é uma pedra angular para o sucesso no cenário empresarial moderno, proporcionando uma visão holística da empresa, essencial para a mitigação de riscos e maximização de valor. Para investidores, ela oferece uma base sólida para decisões de investimento; para empreendedores, representa uma chance de solidificar sua posição no mercado. A implementação de uma prática de due diligence rigorosa é, portanto, imperativa para startups que aspiram ao sucesso em um ambiente desafiador.

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CRESCIMENTO E ESPECIALIZAÇÃO: TENDÊNCIAS NA ADVOCACIA EMPRESARIAL BRASILEIRA

O panorama da advocacia empresarial no Brasil tem passado por transformações marcantes nos últimos anos. Entre 2021 e 2022, quase 40% dos escritórios especializados em Direito Empresarial expandiram suas áreas de atuação para atender ao crescimento do escopo, conforme apontam dados do conceituado Análise Advocacia 2022. A pesquisa, que ouviu mais de 1.000 líderes de departamentos jurídicos de empresas e representantes de escritórios de advocacia, oferece insights valiosos sobre as mudanças e desafios que estão moldando a prática do Direito Empresarial no país.

A LGPD, em vigor desde 2021, surge como um catalisador central das novas demandas das empresas para os profissionais de Direito. A proteção e privacidade de dados se tornaram prioridades para uma parcela substancial de diretores jurídicos entrevistados. Além disso, a governança corporativa e o papel do setor de compliance na garantia de boas práticas internas nas empresas têm adquirido destaque significativo, refletido nos comentários dos diretores jurídicos.

A diversificação das demandas abrange várias áreas em 2023, incluindo Direito Ambiental, Direito Regulatório, Direito Tributário, Direito do Trabalho, Direito Societário e ESG – Governança Ambiental, Social e Corporativa. A tendência de especialização crescente dos escritórios reflete uma abordagem mais alinhada a modelos internacionais, onde áreas altamente especializadas colaboram sinergicamente para oferecer soluções globais e integradas aos clientes.

Os escritórios pesquisados adotam diferentes abordagens, com alguns optando por especialização em uma área específica do Direito Empresarial, enquanto outros mantêm uma abordagem mais ampla, priorizando uma área, mas também atendendo a outros ramos jurídicos. Esta diversidade de atuação reflete uma adaptação dinâmica às necessidades do mercado.

Além da especialização, os escritórios enfrentam o desafio de incorporar tecnologia em sua prática. A inteligência artificial, por exemplo, tem o potencial de automatizar tarefas rotineiras, ao mesmo tempo que levanta questões legais novas sobre responsabilidade e ética. Essa dinâmica exige uma constante atualização e aprimoramento dos advogados empresariais para compreender o impacto das tecnologias no ambiente empresarial e nas leis que o regulamentam.

A proteção dos dados pessoais dos clientes, em conformidade com regulamentações como o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados da União Europeia, representa outro desafio importante. Apesar dessas complexidades, os escritórios brasileiros são amplamente reconhecidos e respeitados internacionalmente, evidenciando sua excelência na prestação de serviços em operações complexas.

Os profissionais do setor percebem que a expansão das áreas de atuação das bancas empresariais tem permitido uma concentração mais eficiente das demandas das empresas em um número menor de escritórios. Isso facilita a interação entre os jurídicos internos e os profissionais, possibilitando soluções mais alinhadas com as necessidades individuais de cada negócio.

O mercado brasileiro de advocacia empresarial está em constante amadurecimento, embora ainda em estágio inicial em comparação com mercados mais maduros. Este cenário reflete a necessidade de continuar avançando e se equiparando às melhores práticas internacionais, em busca de excelência e sofisticação na prestação de serviços jurídicos empresariais.