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O QUE FAZER SE SUA EMPRESA RECEBER UMA NOTIFICAÇÃO DA ANPD?

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) tem intensificado sua atuação para garantir que empresas cumpram a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Se sua empresa recebeu uma notificação, agir rapidamente e com estratégia pode evitar dores de cabeça e sanções. Veja como responder de forma adequada e minimizar riscos.

1. Leia atentamente a notificação

Antes de qualquer ação, compreenda o teor do documento. A ANPD pode solicitar informações, esclarecimentos ou apontar possíveis irregularidades. Verifique os prazos e as exigências detalhadamente.

2. Acione o Encarregado de Proteção de Dados (DPO)

O DPO da empresa ou o responsável pela conformidade com a LGPD deve ser envolvido imediatamente. Se sua empresa não possui um profissional interno, consulte um especialista em proteção de dados para avaliar a situação.

3. Levante as informações solicitadas

A notificação pode exigir documentos que comprovem a adequação da empresa à LGPD. Isso pode incluir registros de tratamento de dados, políticas de privacidade, evidências de consentimento e medidas de segurança adotadas. Organize esses materiais de forma clara e objetiva.

4. Avalie a necessidade de correções

Se a notificação aponta falhas, verifique quais ajustes são necessários. Algumas correções podem ser simples, como a atualização de termos de uso. Outras exigem revisões estruturais, como mudanças no armazenamento de dados ou na política de segurança.

5. Elabore uma resposta técnica e bem fundamentada

A resposta deve ser clara, objetiva e demonstrar que a empresa trata a proteção de dados com seriedade. Explique as medidas adotadas, os ajustes em andamento (se houver) e reforce o compromisso com a conformidade.

6. Envie dentro do prazo

O descumprimento dos prazos estabelecidos pela ANPD pode agravar a situação, levando a penalidades mais severas. Caso precise de mais tempo para responder, solicite formalmente a prorrogação justificando a necessidade.

7. Monitore e aprimore seus processos

Independentemente do desfecho da notificação, aproveite a oportunidade para fortalecer as práticas de proteção de dados. Estabeleça rotinas de auditoria, capacite a equipe e reforce a cultura de privacidade na empresa.

Receber uma notificação da ANPD não significa automaticamente que sua empresa será multada, mas uma resposta inadequada pode aumentar os riscos. Atuar com transparência e responsabilidade é a melhor forma de evitar complicações.

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EMPRESAS QUE COMPARTILHAM DADOS SEM CONTRATO: A IMPORTÂNCIA DOS CONTRATOS DE PROTEÇÃO DE DADOS COM FORNECEDORES

A proteção de dados se tornou uma preocupação central para empresas que lidam com informações sensíveis de clientes, colaboradores e parceiros. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) impõe responsabilidades claras sobre o tratamento dessas informações, exigindo que as organizações adotem medidas para garantir a segurança e a conformidade legal.

Apesar disso, muitas empresas ainda compartilham dados pessoais com fornecedores sem um contrato que estabeleça regras claras sobre o tratamento dessas informações. Essa prática representa um risco significativo, tanto do ponto de vista jurídico quanto da segurança da informação. Sem um contrato adequado, a empresa não tem garantias de que o fornecedor adotará medidas de proteção compatíveis com a legislação, podendo ser responsabilizada por incidentes de vazamento ou uso indevido dos dados.

Os contratos de proteção de dados com fornecedores estabelecem limites e responsabilidades para ambas as partes, assegurando que o compartilhamento ocorra dentro das normas legais. Esse tipo de documento deve definir as finalidades do tratamento de dados, as obrigações de sigilo, as medidas de segurança a serem adotadas e as penalidades em caso de descumprimento. Além disso, ao formalizar esses compromissos, a empresa demonstra diligência na proteção das informações, minimizando riscos de sanções e danos à sua reputação.

A ausência de um contrato também pode gerar insegurança operacional. Em caso de litígios ou investigações por órgãos reguladores, a empresa precisará comprovar que tomou todas as precauções necessárias para evitar irregularidades. Sem um instrumento formal, essa defesa se torna mais difícil, podendo resultar em multas e restrições que impactam diretamente o negócio.

Adotar contratos específicos para o compartilhamento de dados não é apenas uma exigência legal, mas uma forma de garantir transparência e previsibilidade nas relações comerciais. Empresas que estruturam corretamente seus acordos evitam problemas futuros e demonstram compromisso com a proteção das informações, preservando a confiança dos clientes e parceiros.

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COMO PREPARAR SEUS COLABORADORES PARA A PROTEÇÃO DE DADOS

A conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) vai além da implementação de políticas internas. É essencial que os colaboradores estejam preparados para lidar com dados de maneira segura e responsável. Para isso, investir em treinamentos direcionados a diferentes áreas da empresa é uma estratégia fundamental. A seguir, apresentamos cinco formações que contribuem para a construção de uma cultura organizacional voltada à proteção de dados.

1 – Sensibilização dos Colaboradores sobre Proteção de Dados

Todos os funcionários desempenham um papel fundamental na segurança da informação. Este treinamento ensina os conceitos básicos da LGPD, a importância do cumprimento da lei e práticas seguras no ambiente de trabalho. São abordados temas como uso correto de e-mails, proteção de documentos físicos e digitais e procedimentos para evitar incidentes de segurança.

2 – Capacitação de Encarregados de Dados (DPO)

O Data Protection Officer (DPO) é responsável por garantir que a empresa esteja em conformidade com as normas de proteção de dados. Esse treinamento capacita profissionais para atuar na função, abordando aspectos jurídicos, técnicos e operacionais da LGPD. Além disso, orienta sobre a gestão de incidentes e a comunicação com a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

3 – Treinamento para Marketing e Vendas

As áreas de marketing e vendas lidam diretamente com dados de clientes, o que exige conhecimento sobre as regras da LGPD. Este módulo ensina como coletar, armazenar e tratar essas informações de maneira ética e legal. São abordadas diretrizes para campanhas digitais, consentimento do titular dos dados e políticas de privacidade, garantindo que as estratégias da empresa estejam alinhadas às exigências regulatórias.

4 – Gestão de Incidentes e Resposta a Vazamentos

Vazamentos de dados podem gerar grandes prejuízos financeiros e afetar a reputação da empresa. Esse treinamento capacita equipes de TI, segurança da informação e gestão de riscos para identificar e mitigar incidentes com agilidade. Além disso, são apresentados protocolos de comunicação com a ANPD e medidas para minimizar impactos operacionais e jurídicos.

5 – Boas Práticas para Recursos Humanos

O setor de Recursos Humanos é responsável pelo tratamento de uma grande quantidade de dados pessoais e sensíveis. Esse treinamento orienta sobre a proteção dessas informações desde o recrutamento até o desligamento do colaborador. São abordadas diretrizes sobre confidencialidade em processos seletivos, armazenamento seguro de documentos e descarte adequado de informações.

A importância da capacitação

Empresas que investem em treinamentos estruturados sobre proteção de dados não apenas reduzem riscos de incidentes, mas também demonstram compromisso com a privacidade e a transparência. Além de cumprir exigências legais, essa iniciativa fortalece a credibilidade da organização e contribui para um ambiente corporativo mais seguro e responsável.

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QUANDO O CONSENTIMENTO É REALMENTE NECESSÁRIO NA LGPD?

Muitos acreditam que o consentimento é a base legal mais importante para o tratamento de dados pessoais. Mas essa visão pode gerar desafios desnecessários para as empresas. Afinal, ele pode ser revogado a qualquer momento, o que traz insegurança jurídica e pode burocratizar processos.

A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) oferece 10 bases legais para o tratamento de dados, e cabe a nós, especialistas, identificar a mais adequada para cada situação. O erro comum é enxergar o consentimento como a única alternativa, quando, na verdade, ele deve ser usado apenas quando não houver outra base aplicável.

Por exemplo, muitas operações podem se enquadrar em bases como a execução de contrato, cumprimento de obrigação legal ou legítimo interesse, proporcionando maior estabilidade jurídica e operacional para as empresas.

A chave para a conformidade não está apenas em seguir a lei, mas em aplicá-la estrategicamente. Um profissional que domina as bases legais não apenas protege os dados dos clientes, mas também facilita a adequação das empresas, evitando riscos desnecessários.

Portanto, o consentimento tem seu lugar, mas está longe de ser a solução universal. Conhecer todas as bases legais e saber quando aplicá-las é o que diferencia um advogado comum de um especialista de referência em LGPD.

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COMO GERENCIAR A SEGURANÇA CIBERNÉTICA DA SUA EMPRESA DE FORMA EFICIENTE

Gerenciar a segurança cibernética de uma empresa exige organização, planejamento e o uso adequado de tecnologias e boas práticas. Não se trata apenas de instalar um antivírus ou configurar um firewall, mas de adotar uma abordagem ampla para proteger dados e sistemas contra ameaças.

O primeiro passo é mapear os riscos. Isso envolve entender quais dados e sistemas são mais sensíveis e como poderiam ser explorados em um ataque. Empresas que lidam com informações financeiras, dados pessoais de clientes ou propriedade intelectual precisam de uma atenção especial.

Em seguida, a implementação de políticas de segurança é essencial. Definir regras claras sobre o uso de senhas, acessos a sistemas e compartilhamento de informações reduz as chances de falhas humanas. O treinamento dos colaboradores também é uma etapa importante, pois muitos ataques exploram distrações ou desconhecimento dos usuários.

O uso de tecnologias apropriadas complementa a gestão da segurança. Ferramentas como firewalls, antivírus e sistemas de detecção de intrusão ajudam a monitorar e bloquear atividades suspeitas. A adoção de autenticação multifator e criptografia fortalece a proteção de acessos e dados sensíveis.

Além da prevenção, é necessário ter um plano de resposta a incidentes. Nenhuma empresa está totalmente imune a ataques, e saber como agir rapidamente pode reduzir danos. Um bom plano inclui identificação de ameaças, contenção do problema e comunicação clara para os envolvidos.

A segurança cibernética não é um projeto com fim determinado, mas um processo contínuo. Atualizar sistemas, revisar políticas e acompanhar novas ameaças são ações que garantem a proteção dos ativos da empresa a longo prazo.

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WHATSAPP BUSINESS E SEGURANÇA: COMO PROTEGER DADOS SENSÍVEIS NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

O WhatsApp Business tornou-se uma ferramenta indispensável para muitas empresas que buscam agilidade no atendimento ao cliente e eficiência na comunicação interna. Sua interface familiar e a facilidade de integração com outras ferramentas de gestão atraíram empresas de diversos setores. No entanto, apesar das vantagens, o uso dessa plataforma sem a devida atenção à segurança pode expor informações sensíveis e gerar riscos significativos para o negócio.

A troca de mensagens no WhatsApp muitas vezes envolve dados pessoais de clientes, negociações comerciais e informações estratégicas. Quando não há uma política clara de uso, o risco de vazamentos, golpes e acessos não autorizados cresce exponencialmente. Um ponto crítico é a prática comum de compartilhar dispositivos ou utilizar o WhatsApp Web em computadores públicos ou desprotegidos. Essa ação, aparentemente inofensiva, pode facilitar o acesso de terceiros a conversas e arquivos sensíveis.

Criminosos têm se especializado em golpes que envolvem o roubo de contas empresariais. A técnica mais comum é a engenharia social, onde o atacante, se passando por um funcionário do suporte técnico, solicita o código de verificação enviado por SMS. Com esse dado, o invasor assume a conta e passa a se comunicar com clientes, aplicando golpes que comprometem a credibilidade da empresa.

Para mitigar esses riscos, é fundamental implementar algumas práticas de segurança. Primeiramente, a autenticação em duas etapas deve ser ativada em todas as contas empresariais. Esse recurso adiciona uma camada extra de proteção, exigindo um PIN além do código de verificação. Além disso, a empresa deve estabelecer regras claras sobre o uso da ferramenta, orientando colaboradores a evitar o compartilhamento de informações críticas via WhatsApp.

Outra medida importante é a utilização de soluções de comunicação corporativa que oferecem mais controle sobre o fluxo de dados, como aplicativos de mensagens com criptografia ponta a ponta e recursos de gerenciamento centralizado. Ferramentas como o WhatsApp Business API, quando integradas a plataformas de atendimento, permitem um controle mais eficaz das interações, registrando conversas de maneira segura e garantindo a conformidade com a LGPD.

Por fim, investir na capacitação contínua dos colaboradores é indispensável. A segurança da informação depende, em grande parte, da conscientização sobre os riscos e boas práticas no uso das ferramentas digitais. A comunicação é essencial para o sucesso de qualquer empresa, mas deve sempre andar lado a lado com a proteção de dados e a responsabilidade no manejo das informações.

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O QUE É UM DPO E POR QUE SUA EMPRESA PRECISA DE UM? O PAPEL DO DPO NA PREVENÇÃO DE RISCOS

A proteção de dados pessoais tornou-se uma preocupação essencial para empresas de todos os portes. Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), organizações que tratam informações de clientes, colaboradores e parceiros precisam adotar medidas para garantir a conformidade legal e a segurança dessas informações. Nesse contexto, surge uma figura fundamental: o DPO (Data Protection Officer), ou Encarregado de Proteção de Dados.

O DPO é o profissional responsável por atuar como um elo entre a empresa, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Sua principal função é orientar a organização sobre as boas práticas de proteção de dados, garantindo que os processos internos estejam alinhados à legislação vigente.

Entre suas atribuições, destacam-se:

  • Monitoramento da conformidade com a LGPD, avaliando o cumprimento das normas e propondo melhorias;
  • Assessoria e treinamento para colaboradores sobre a importância da privacidade e segurança da informação;
  • Atendimento a solicitações de titulares de dados, garantindo transparência e respeito aos direitos dos cidadãos;
  • Gestão de incidentes de segurança, auxiliando na mitigação de riscos e na comunicação com os órgãos competentes em caso de vazamentos de dados;
  • Interação com a ANPD, atuando como ponto de contato oficial para esclarecimentos e auditorias.

Por que sua empresa precisa de um DPO?

A presença de um DPO não é apenas uma exigência legal para algumas empresas, mas também uma estratégia para reduzir riscos e fortalecer a confiança do mercado. Com um profissional dedicado à proteção de dados, a empresa demonstra compromisso com a privacidade e a segurança das informações, fatores cada vez mais valorizados por consumidores e parceiros comerciais.

Além disso, a atuação do DPO contribui para:

  • Prevenção de sanções e multas, uma vez que a empresa estará mais preparada para atender às exigências da LGPD;
  • Proteção contra fraudes e vazamentos, minimizando impactos financeiros e reputacionais;
  • Diferenciação competitiva, já que empresas que investem na privacidade dos dados tendem a ganhar maior credibilidade no mercado.

Prevenção de riscos: o papel estratégico do DPO

Muitas empresas ainda encaram a adequação à LGPD como um desafio burocrático. No entanto, a gestão eficiente dos dados não se limita ao cumprimento da lei — trata-se de um investimento na segurança e sustentabilidade do negócio.

O DPO ajuda a empresa a identificar vulnerabilidades antes que se tornem problemas, promovendo uma cultura de proteção de dados que envolve toda a equipe. Essa abordagem preventiva reduz a probabilidade de incidentes, protege a reputação da empresa e assegura um relacionamento mais transparente com clientes e parceiros.

Contar com um DPO é mais do que uma obrigação legal para muitas empresas — é uma decisão estratégica que traz benefícios de longo prazo. Em um mundo cada vez mais digital, proteger os dados pessoais não é apenas uma questão de conformidade, mas um compromisso com a ética, a confiança e a segurança.

Se a sua empresa ainda não tem um DPO ou não sabe por onde começar, buscar a orientação de um especialista pode ser o primeiro passo para construir um ambient

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COMO A SEGURANÇA CIBERNÉTICA ESTÁ ALINHADA ÀS EXIGÊNCIAS LEGAIS, COMO A LGPD

A segurança cibernética e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) caminham juntas na construção de um ambiente digital mais seguro e respeitoso com a privacidade das pessoas. O avanço das tecnologias trouxe novas possibilidades para empresas e indivíduos, mas também reforçou a necessidade de proteger informações contra acessos indevidos, vazamentos e uso inadequado.

A LGPD estabelece diretrizes claras sobre a coleta, o armazenamento e o tratamento de dados pessoais, exigindo que organizações adotem medidas técnicas e administrativas para garantir essa proteção. Nesse sentido, a segurança cibernética atua como um pilar fundamental para a conformidade legal, reduzindo riscos e fortalecendo a confiança entre empresas e clientes.

A implementação de práticas seguras, como a criptografia, o controle de acessos e a realização de auditorias periódicas, vai além do cumprimento de normas legais. Trata-se de um compromisso ético, que demonstra respeito à privacidade e à transparência no uso das informações. Além disso, a conscientização dos colaboradores sobre boas práticas e riscos potenciais é um passo essencial para evitar incidentes.

Empresas que investem na segurança dos dados não apenas atendem às exigências da LGPD, mas também reforçam sua credibilidade no mercado. Em um mundo cada vez mais digital, proteger informações deixou de ser uma escolha e se tornou uma responsabilidade compartilhada entre organizações, profissionais de tecnologia e usuários. Esse alinhamento entre segurança cibernética e legislação representa um avanço significativo para a construção de um ambiente digital mais confiável e respeitoso com a privacidade de todos.

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IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM POLÍTICAS DE COMPLIANCE

A inteligência artificial (IA) vem ganhando espaço em diversos setores, e no campo do compliance, sua influência é evidente. Empresas de todos os portes têm percebido que a adoção de ferramentas tecnológicas pode trazer mais eficiência, transparência e assertividade às suas práticas, especialmente em um momento em que as regulamentações estão mais rígidas e as exigências por integridade corporativa são cada vez maiores.

Automação a Favor da Ética

Um dos maiores benefícios da IA em compliance é a capacidade de automatizar processos que antes demandavam muito tempo e recursos humanos. Ferramentas de IA podem monitorar grandes volumes de dados, identificar padrões suspeitos e até prever comportamentos que podem levar a violações de regras. Isso permite que as equipes de compliance concentrem seus esforços em atividades estratégicas, como a análise de riscos e a implementação de melhorias nos processos internos.

Por exemplo, algoritmos podem ser utilizados para analisar contratos, detectar possíveis conflitos de interesse ou verificar a conformidade de fornecedores com legislações específicas, como as normas anticorrupção. Além disso, essas tecnologias oferecem relatórios detalhados em tempo real, o que facilita a tomada de decisão rápida e informada.

Transparência e Redução de Riscos

Outro impacto significativo da IA é a sua contribuição para aumentar a transparência e reduzir riscos. Sistemas inteligentes conseguem mapear e rastrear todas as operações realizadas por uma organização, o que é essencial para auditorias internas e externas. Esse tipo de rastreamento diminui a possibilidade de erros manuais ou omissões, ajudando as empresas a se manterem alinhadas às exigências legais.

A IA também pode ser utilizada para treinar colaboradores por meio de simulações interativas. Essas ferramentas educam os funcionários sobre como agir em situações de risco, promovendo uma cultura de ética e conformidade de forma mais dinâmica e eficaz.

Desafios e Considerações Éticas

Apesar dos avanços, a utilização de IA no compliance também traz desafios importantes. Questões como privacidade de dados, vieses nos algoritmos e a necessidade de supervisão humana são pontos de atenção. Uma política de compliance bem estruturada deve considerar esses fatores, garantindo que a tecnologia seja usada de maneira ética e respeitosa.

A implementação de IA deve ser acompanhada de uma governança sólida e de uma análise constante sobre os impactos dessas ferramentas. Afinal, a tecnologia deve ser um suporte para decisões humanas, não uma substituição.

A inteligência artificial está transformando a forma como as empresas lidam com compliance. Ela traz agilidade, precisão e inovação, mas também exige um olhar atento para os desafios que surgem com sua aplicação. O sucesso está em encontrar o equilíbrio entre tecnologia e humanidade, garantindo que a ética continue sendo o ponto central das políticas corporativas. Em um mundo cada vez mais digital, adotar a IA com responsabilidade é o caminho para construir organizações mais transparentes, eficientes e alinhadas com os valores da sociedade.

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VOCÊ SABIA QUE A CIBERSEGURANÇA NÃO É SÓ PARA AS GRANDES EMPRESAS?

Quando falamos em cibersegurança, muitas pessoas imaginam grandes corporações, sistemas complexos e ataques milionários. No entanto, proteger dados e informações não é uma necessidade exclusiva de grandes empresas. Negócios de todos os portes, incluindo pequenos empreendedores e até mesmo profissionais autônomos, também precisam dar atenção a este tema.

A verdade é que os dados são um dos ativos mais importantes de qualquer organização, independentemente do tamanho. Informações sobre clientes, parceiros, fornecedores e até estratégias de mercado merecem ser protegidas, pois a perda ou o vazamento dessas informações pode causar desde prejuízos financeiros até danos à reputação.

Além disso, pequenas e médias empresas são frequentemente vistas como alvos fáceis por atacantes, justamente por acreditarem que “não vale a pena investir em proteção”. Por isso, práticas simples, como manter os softwares atualizados, usar senhas fortes e contar com ferramentas básicas de segurança, podem fazer uma grande diferença no dia a dia.

Investir em cibersegurança não precisa ser complicado ou caro. Começar com pequenas ações, como conscientizar sua equipe sobre a importância de boas práticas, já é um ótimo primeiro passo. Lembre-se: proteger suas informações significa também proteger os sonhos e os resultados que você tanto trabalha para alcançar.

E você, como está cuidando da segurança digital no seu negócio?

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A RELAÇÃO ENTRE LGPD E DIREITO EMPRESARIAL: CUIDADOS ESSENCIAIS

Nos últimos anos, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) tem ocupado um espaço central nas discussões empresariais no Brasil. Ela não é apenas uma legislação voltada à privacidade, mas também um componente estratégico dentro do Direito Empresarial, impactando a forma como as empresas gerenciam seus dados e conduzem seus negócios.

A relação entre a LGPD e o Direito Empresarial é intrínseca. Empresas de todos os tamanhos, de startups a grandes corporações, precisam estar alinhadas às exigências legais para garantir não apenas a conformidade, mas também a confiança de seus clientes, parceiros e investidores. Afinal, em um mercado cada vez mais digital e interconectado, a segurança da informação e o respeito à privacidade são aspectos que impactam diretamente a reputação e a sustentabilidade dos negócios.

Quais cuidados as empresas devem ter?

  1. Mapeamento e controle dos dados Antes de tudo, é fundamental que as empresas compreendam quais dados pessoais estão sob sua responsabilidade. Isso inclui identificar as fontes de coleta, os sistemas onde esses dados são armazenados e as finalidades para as quais são utilizados. Um mapeamento detalhado é o primeiro passo para uma gestão eficiente e em conformidade com a LGPD.
  2. Capacitação das equipes A conformidade com a LGPD não se limita à adoção de ferramentas tecnológicas. Envolve também a formação e conscientização de todos os colaboradores que lidam com dados pessoais. Um treinamento bem planejado ajuda a prevenir falhas e incidentes.
  3. Estabelecimento de processos claros Empresas precisam ter políticas e procedimentos internos bem definidos para tratar questões como o atendimento a pedidos de titulares, a revisão de contratos com terceiros e a resposta a incidentes de segurança. Processos claros garantem maior agilidade e reduzem riscos.
  4. Gestão de riscos e segurança da informação Garantir a proteção dos dados também significa investir em medidas de segurança da informação, como controle de acesso, criptografia e monitoramento constante. Uma abordagem preventiva pode evitar prejuízos financeiros e danos à imagem da empresa.
  5. Consulta a especialistas O apoio de profissionais qualificados em Direito Empresarial e Proteção de Dados pode ser determinante para identificar fragilidades e implementar soluções personalizadas. Além disso, a presença de um encarregado de dados (DPO) é essencial para garantir que a empresa esteja em linha com as normas.

Por que esse cuidado é tão relevante? A LGPD não deve ser vista apenas como uma obrigação legal, mas como uma oportunidade para as empresas se destacarem no mercado. Negócios que demonstram comprometimento com a privacidade e a segurança de dados têm maior potencial de conquistar a confiança e a lealdade de seus públicos. Além disso, uma postura proativa pode minimizar riscos de sanções, como multas ou outras penalidades previstas na legislação.

A relação entre LGPD e Direito Empresarial é um convite à reflexão e à ação. Ao adotar medidas que promovam a conformidade, as empresas não apenas cumprem a legislação, mas também se posicionam como agentes de mudança em um ambiente empresarial cada vez mais pautado pela ética e pela responsabilidade.

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COMO EMPRESAS E BANCOS ENFRENTAM A EVOLUÇÃO DO CIBERCRIME

A inovação no campo da segurança digital é um fator essencial para empresas, especialmente em tempos de crescimento de golpes sofisticados. A fraude com uso de reconhecimento facial e biometria — como o “golpe das flores” — evidencia que criminosos não dependem exclusivamente de tecnologias avançadas, mas sim da combinação de táticas de engenharia social e abordagens digitais e presenciais. Neste golpe, indivíduos são manipulados a fornecer fotos como “comprovantes de recebimento” de presentes, sem perceber que essas imagens serão usadas como prova de vida para, sem consentimento, solicitar financiamentos ou abrir créditos.

Esse exemplo alerta para a necessidade de aprimorar práticas de segurança além das medidas tecnológicas já estabelecidas. Em algumas situações, mesmo com mecanismos de validação e biometria, os bancos têm enfrentado desafios. A evolução, neste caso, está na análise contínua de dados e na conscientização dos clientes sobre abordagens suspeitas, como as ligações falsas em nome de centrais de atendimento. Para reforçar a proteção, bancos e empresas de tecnologia já implementam alertas em aplicativos e outras ferramentas para notificar sobre possíveis fraudes em tempo real.

No entanto, a segurança digital no Brasil ainda apresenta lacunas importantes. Embora a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) esteja em vigor desde 2020, a adequação de pequenas e médias empresas permanece limitada. Muitos negócios de menor porte ainda precisam avançar em governança de dados, muitas vezes por conta de orçamentos restritos e pela priorização de outras áreas que trazem retornos diretos. A conscientização sobre segurança da informação, contudo, continua essencial, e não somente no nível da própria organização, mas também entre os fornecedores. Pequenas falhas de segurança em empresas terceirizadas podem colocar em risco empresas maiores, que buscam estratégias para proteger não só suas próprias operações, mas as dos parceiros e fornecedores.

O setor financeiro, devido ao seu alto valor para criminosos, tende a investir pesado em medidas de proteção, aplicando camadas de segurança em várias etapas de seus sistemas. Uma abordagem comum é a estratégia de “zero trust”, onde cada ação interna é tratada como suspeita até que seja verificada, empregando técnicas como a autenticação multifatorial e o monitoramento em tempo real de transações para detecção de anomalias. O uso de inteligência artificial e machine learning, aliado a biometria e sistemas de comportamento do usuário, é cada vez mais comum para identificar padrões incomuns e possíveis fraudes.

Para empresas que buscam melhorar suas práticas de segurança, é fundamental investir em tecnologia e capacitação interna e desenvolver uma cultura de segurança. Isso inclui o uso de dados de maneira responsável e estratégica para evitar vazamentos e abusos. O conceito de “confiança zero” ajuda a criar uma barreira sólida, dificultando tentativas de ataque. No setor financeiro, a segurança não é tratada como uma despesa, mas como um investimento crucial para a preservação da confiança dos clientes e para a reputação da instituição.

É preciso observar que o campo da segurança digital nunca é estático. As ameaças evoluem rapidamente, exigindo que a proteção também seja dinâmica e capaz de enfrentar novos desafios. Empresas devem continuar aprimorando sua capacidade de resposta e prevenção, garantindo uma segurança robusta não apenas em seu ambiente, mas também nos laços que mantêm com o ecossistema empresarial mais amplo.