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POLÍCIA DESMANTELA ESQUEMA DE FRAUDES BANCÁRIAS COM USO DE BITCOINS

A Polícia Civil realizou uma grande operação nesta quinta-feira, visando desmantelar uma rede criminosa especializada em fraudes bancárias através de gerenciadores financeiros. A ação revelou que os valores desviados estavam ligados a uma prefeitura no interior de Santa Catarina e eram destinados a sustentar atividades ilícitas em outros estados. A investigação aponta que a organização utilizava contas de terceiros para converter os montantes em bitcoins, transferindo-os para carteiras privadas na blockchain, o que dificultava o rastreamento e camuflava a origem dos recursos.

Contudo, a equipe especializada de repressão a crimes cibernéticos conseguiu rastrear os ativos digitais até os líderes da organização criminosa. Isso foi possível graças a ferramentas avançadas de inteligência e rastreamento de blockchain, permitindo identificar os destinatários dos valores em bitcoins.

A operação envolveu a execução de dezenas de mandados de busca e apreensão em diversos estados, como Paraná, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e outros. Além disso, foram determinadas medidas judiciais como bloqueio de contas bancárias, criptoativos, veículos e sequestro de bens, além da apreensão de dispositivos tecnológicos que serão periciados para aprofundar a investigação.

Esse esforço conjunto contou com a participação de diversas instituições de segurança pública, incluindo a coordenação de operações cibernéticas e apoio técnico de departamentos especializados. O desfecho da operação sinaliza a crescente capacidade de monitoramento e combate às atividades criminosas no ambiente digital, destacando a importância da cooperação entre órgãos de investigação e o uso de tecnologia de ponta.

Até o momento, a entidade pública envolvida no desvio de recursos não se manifestou oficialmente.

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INVESTIGAÇÃO REVELA FRAUDE FINANCEIRA EM GOLPE DE NAMORO ONLINE

Uma recente investigação da BBC revelou um golpe de namoro que resultou em um prejuízo de 80 mil libras (aproximadamente R$ 600 mil) para uma mulher britânica. A vítima, uma florista de North Yorkshire, Inglaterra, foi atraída por um fraudador que utilizou um falso site bancário para enganá-la.

O golpe começou quando a mulher conheceu um homem online, que, com o tempo, a convenceu a acessar uma suposta conta bancária dele para ajudá-lo a movimentar dinheiro. No entanto, o site do banco era fictício, criado para simular uma instituição legítima. Após um período de interação, o golpista alegou que sua conta havia sido “congelada” e responsabilizou a mulher, persuadindo-a a transferir seus próprios fundos para “solucionar” o problema.

Sob a pressão emocional do golpista, a mulher, mãe solteira de quatro filhos e recentemente divorciada, acabou realizando diversas transferências, somando milhares de libras. Em determinado momento, ela até emprestou dinheiro de familiares, acreditando que seria reembolsada.

O esquema era sofisticado, desviando-se das tradicionais solicitações de dinheiro. Em vez de pedir diretamente, o criminoso forneceu dados bancários falsos para que a vítima acreditasse estar ajudando em pagamentos legítimos. A confiança foi conquistada ao longo do tempo, com o fraudador até mesmo fingindo um acidente durante uma suposta viagem de negócios.

A trama começou a desmoronar quando a vítima tentou realizar mais uma transação e foi bloqueada pelo site falso. O golpista, então, reagiu com raiva e manipulação, convencendo-a a enviar ainda mais dinheiro. No auge do golpe, a mulher transferiu cerca de 80 mil libras, sendo parte desse valor oriundo de empréstimos familiares.

Além do prejuízo financeiro direto, a vítima foi novamente alvo de fraude quando criminosos, fingindo ser seu banco, utilizaram os dados bancários que ela havia inserido no site falso para roubar mais dinheiro.

Este caso exemplifica a crescente sofisticação dos golpes de namoro online, que se tornam cada vez mais complexos e difíceis de detectar. Instituições financeiras e consumidores precisam estar em alerta, reconhecendo os sinais de fraude e adotando medidas preventivas para evitar tragédias financeiras como esta.

A investigação ainda revelou que as imagens do homem envolvido no golpe já foram utilizadas em outros esquemas semelhantes, indicando uma rede maior de criminosos operando com perfis falsos para enganar vítimas vulneráveis.

O banco da vítima, embora tenha expressado pesar pela situação, alegou que a responsabilidade pelas transações autorizadas recai sobre o cliente, destacando a importância de um constante monitoramento das atividades bancárias pessoais.

Este acontecimento reforça a necessidade de conscientização e educação financeira, especialmente em tempos onde o contato humano é muitas vezes mediado por plataformas digitais que podem ser manipuladas por indivíduos mal-intencionados.

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COMO A INSEGURANÇA FINANCEIRA AFETA MILHÕES DE BRASILEIROS

Nos últimos 12 meses, o Brasil tem enfrentado uma preocupante escalada nas tentativas de golpes financeiros, com impressionantes 4.678 casos ocorrendo a cada hora via aplicativos de mensagem ou chamadas telefônicas. Esses números foram revelados por uma pesquisa conduzida pelo Datafolha em colaboração com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Essas fraudes, comumente conhecidas como “golpe do 0800”, “golpe da confirmação de compra” ou “golpe da falsa central de atendimento”, caracterizam-se por abordagens em que os criminosos se passam por representantes de empresas, buscando enganar as vítimas para que realizem compras ou transferências de dinheiro.

A pesquisa traz um recorte específico de 4.504 tentativas de golpe envolvendo transferências ou boletos falsos. Nesses casos, os golpistas se disfarçam de funcionários bancários, afirmando que estão verificando uma tentativa de compra ou transferência, geralmente de valores expressivos, para extrair informações financeiras sensíveis e, consequentemente, subtrair dinheiro das contas das vítimas.

Conduzido entre os dias 11 e 17 de junho, o levantamento entrevistou 2.508 pessoas de diversas regiões do país. A projeção dos casos foi feita com base na proporção de entrevistados que relataram ter sido vítimas desses golpes nos últimos 12 meses, ajustada ao tamanho da população total. A pesquisa possui uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Além desses golpes via ligação ou aplicativo, outras fraudes envolvendo tecnologias de pagamento também se destacaram. Foram registrados 4.633 casos de consumidores que desconfiaram de ofertas com preços muito abaixo do mercado na internet, além de 2.506 ocorrências de pessoas que pagaram por produtos que jamais foram entregues.

Particularmente alarmantes são os 1.979 casos de vítimas de golpes envolvendo Pix ou boletos falsos, e as 1.226 pessoas que sofreram com fraudes em cartões de crédito. Além disso, a pesquisa estima que 1.220 pessoas são vitimadas por hora através de golpes financeiros via publicidade digital.

Embora o avanço dos meios de pagamento digital seja evidente e cada vez mais preferido pela população, os golpes tradicionais continuam a causar prejuízos. Foram registrados 1.713 casos por hora de recebimento de cédulas falsas e 482 de fraudes envolvendo maquininhas de cartão.

O estudo também fornece estimativas da população total afetada por cada tipo de golpe, refletindo um cenário onde a segurança financeira está cada vez mais em risco, exigindo maior vigilância e adoção de medidas preventivas por parte dos consumidores e das instituições financeiras.

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RELATÓRIO ALERTA PARA AUMENTO DE GOLPES VIRTUAIS E SEUS IMPACTOS NO BRASIL

Um estudo da Serasa Experian, divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), aponta que quatro em cada dez brasileiros já sofreram algum tipo de golpe. O relatório indica que homens com mais de 50 anos, pertencentes à classe B, são os principais alvos dos estelionatários, com um foco crescente nos crimes virtuais.

Perdas financeiras e tipos de golpes

Os dados revelam que 57% das vítimas enfrentaram perdas financeiras, com uma média de R$ 2.288 por incidente, valor equivalente a quase um mês e meio de trabalho de quem recebe salário mínimo. Entre os golpes mais comuns estão o uso indevido ou falsificação de cartões de crédito, seguidos pelo pagamento de boletos falsos e transações via PIX.

Em muitos casos, os criminosos utilizam técnicas de engenharia social, como clonar números de telefone ou invadir redes sociais, para se passar por amigos ou familiares das vítimas. Um exemplo típico envolve um vendedor que foi enganado por mensagens falsas enviadas por alguém se passando por seu irmão, resultando em transferências via PIX que totalizaram R$ 4,8 mil.

Precauções e orientações

A experiência dessas vítimas serve de alerta: desconfie sempre de promoções tentadoras na internet. Ofertas que parecem boas demais para ser verdade geralmente são armadilhas para capturar informações pessoais, como números de cartão de crédito, CPF e identidade.

Especialistas em Direito do Consumidor aconselham cuidados especiais com caixas eletrônicos e compras online. É recomendado verificar dispositivos suspeitos acoplados a caixas eletrônicos, preferir caixas localizados dentro de agências bancárias e utilizar cartões virtuais para reduzir o risco de fraude. Manter os dados de contato atualizados junto ao banco também é essencial para receber notificações e alertas de segurança.

Impacto emocional dos golpes

Além do prejuízo financeiro, cair em um golpe pode desencadear uma série de emoções negativas. Inicialmente, as vítimas podem sentir raiva, tristeza, vergonha, desamparo e culpa. Com o tempo, a ansiedade e o medo podem se intensificar. Esse estado constante de alerta pode consumir a energia das pessoas mais do que o necessário, agravando possíveis fobias e transtornos pré-existentes.

A orientação final para quem foi vítima de fraude é contestar as transações com a instituição financeira e, se necessário, acionar a Justiça. Contudo, recuperar o prejuízo não é uma tarefa simples e requer paciência e persistência.

Essas medidas de prevenção e as orientações psicológicas são fundamentais para ajudar os brasileiros a se protegerem e a lidarem com as consequências emocionais dos golpes financeiros.

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GOLPES BANCÁRIOS E A PROTEÇÃO DOS CONSUMIDORES

Os recentes casos de golpes bancários, com uma parcela considerável de idosos entre as vítimas, demandam uma análise para entender as razões a essas ocorrências. Embora a ingenuidade e a falta de familiaridade com o internet banking possam ser consideradas fatores contribuintes, há questões mais profundas em jogo.

É evidente que os bancos digitais, em sua busca por angariar novos clientes, têm negligenciado procedimentos de cadastramento seguro. Isso permite que fraudadores se infiltrem no sistema bancário, muitas vezes utilizando-se de informações pessoais obtidas por meio de terceiros ou “laranjas”. Apesar das vítimas relatarem prontamente os golpes aos bancos envolvidos, as medidas adotadas pelos mesmos costumam ser insuficientes, limitando-se a solicitar a apresentação de um Boletim de Ocorrência sem tomar medidas imediatas para conter a transferência indevida de fundos.

A falta de ações proativas por parte dos bancos para conter essas fraudes contrasta com os procedimentos mais rigorosos adotados no passado, quando a interação bancária era predominantemente presencial. Naquele tempo, a abertura de uma conta exigia a apresentação de referências e uma certa movimentação inicial. Embora os golpes ainda ocorressem, sua frequência e impacto eram significativamente menores.

A crescente litigância contra os bancos digitais tem destacado a negligência dessas instituições em reconhecer a falha fundamental em seus processos de cadastro. A incorporação de tecnologias de inteligência artificial pelas empresas de cartão de crédito demonstra que é possível detectar comportamentos fraudulentos e mitigar riscos.

Entretanto, as medidas adotadas até o momento pelo Banco Central e pelos bancos digitais parecem ser apenas paliativas, colocando ônus adicionais sobre os consumidores, como limitações no uso do PIX e recomendações de segurança que pressupõem um conhecimento avançado em segurança digital.

É necessário destacar que responsabilizar exclusivamente o consumidor, especialmente os idosos, por terem sido vítimas de fraudes é injusto e moralmente questionável. Muitas vezes, os golpes se aproveitam da boa vontade dos idosos em ajudar familiares em dificuldades financeiras, induzindo-os a realizar transferências sob pretextos convincentes.

O problema reside na responsabilidade objetiva dos bancos digitais em garantir a integridade e segurança de seus sistemas e processos de cadastro. A adoção de procedimentos mais robustos, alinhados com as normativas do Banco Central, é essencial para conter a proliferação desses golpes e restaurar a confiança no sistema bancário digital.

É papel do Banco Central garantir o cumprimento das normas estabelecidas, protegendo não apenas os consumidores, mas também a reputação e credibilidade do sistema financeiro como um todo.