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DEEPFAKE ENGANA FUNCIONÁRIO EM TRANSAÇÃO MILIONÁRIA

Em um caso recente de fraude financeira, um funcionário de uma empresa multinacional foi induzido a transferir US$ 25 milhões (cerca de R$ 124 milhões) para criminosos. Estes utilizaram tecnologia deepfake para simular a aparência e a voz do CFO da empresa, bem como de outros membros da equipe, durante uma videoconferência. Este incidente foi investigado pela polícia de Hong Kong, que forneceu detalhes sobre o modus operandi dos fraudadores.

O empregado foi inicialmente abordado por meio de uma comunicação que levantou suspeitas de ser uma tentativa de phishing, mencionando a necessidade de uma transação confidencial. No entanto, a realização de uma videoconferência com a presença de “colegas” simulados por inteligência artificial convenceu o indivíduo da legitimidade do pedido. O golpe veio à tona apenas após o funcionário confirmar a transação com a matriz da empresa.

Agora os golpes financeiros incorporam tecnologias como deepfake para aumentar a credibilidade de suas fraudes. Durante uma coletiva de imprensa, foi mencionado que a polícia de Hong Kong efetuou seis prisões relacionadas a fraudes envolvendo tecnologia deepfake, indicando uma tendência no uso de ferramentas de inteligência artificial para fins criminosos.

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COMO A INOVAÇÃO ESTÁ MOLDANDO A LUTA CONTRA FRAUDES CORPORATIVAS

À medida que a sofisticação das ameaças cibernéticas aumenta globalmente, as organizações enfrentam a urgente necessidade de fortalecer suas estratégias de segurança para combater fraudes corporativas, um problema que resultou em perdas superiores a R$ 2,5 bilhões no Brasil em 2022.

Dados do Banco Central do Brasil indicam que o país sofre cerca de 2,8 mil tentativas de fraude financeira a cada minuto. Entre 2021 e 2022, a Serasa Experian observou um aumento significativo nas fraudes em setores como varejo (mais de 70%) e financeiro (quase 22%), evidenciando a necessidade de medidas de segurança mais robustas.

Uma das soluções mais eficazes nesse contexto é a autenticação multifatorial. Essa abordagem envolve a utilização de múltiplos métodos de verificação, como senhas, tokens e biometria, adicionando camadas de segurança que dificultam a ação dos fraudadores.

Além da biometria física, como impressões digitais e reconhecimento facial, a biometria comportamental tem se mostrado uma ferramenta valiosa na identificação de padrões de atividade do usuário. Esta técnica utiliza dados baseados nas ações físicas do usuário, como a maneira como interagem com teclados, mouses ou telas sensíveis ao toque. A autenticação biométrica comportamental se destaca pela sua capacidade de monitorar a consistência do comportamento do usuário com os dados históricos, oferecendo uma camada adicional de proteção contra fraudes online.

A versatilidade dessa tecnologia permite sua aplicação em diversos contextos, melhorando significativamente a precisão na detecção de fraudes. Assim, é imprescindível que as organizações invistam em soluções de segurança avançadas, mantendo-se à frente dos fraudadores. A segurança cibernética é mais do que uma necessidade; é uma vantagem competitiva que pode definir o sucesso dos negócios. Desde 2014, temos observado um crescente interesse e investimento em segurança digital, atendendo mais de 2 milhões de usuários únicos anualmente.

Empresas que investem em tecnologia de segurança cibernética não apenas protegem seus próprios ativos, mas também contribuem para a construção de um ambiente digital mais seguro e confiável.

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ESTRATÉGIAS E PREVENÇÕES CONTRA O GOLPE DO BOLETO BANCÁRIO

O golpe do boleto bancário é uma forma de fraude que se tornou comum, comprometendo a segurança financeira dos consumidores. Este tipo de golpe envolve a emissão de boletos falsos, com detalhes bancários alterados, e requer uma abordagem cautelosa e informada para ser evitado. Este texto busca esclarecer as técnicas utilizadas pelos fraudadores e oferecer orientações práticas para a prevenção do golpe, com base em insights de profissionais especializados em direito digital e planejamento financeiro.

A fraude do boleto se caracteriza pela criação de documentos bancários fraudulentos que imitam os originais. Esses boletos são muitas vezes enviados por e-mail ou através de websites falsificados que se passam por entidades legítimas. Os fraudadores podem criar boletos para cobranças inexistentes ou por serviços não prestados. Eles também podem interceptar e-mails com boletos legítimos e substituí-los por versões falsas, muitas vezes envolvendo comunicação enganosa via aplicativos de mensagens instantâneas.

Para evitar cair nesses golpes, é importante adotar medidas de segurança online. Isso inclui verificar minuciosamente os boletos recebidos, especialmente os dados do beneficiário e as informações financeiras. Contatar as empresas por meios oficiais também ajuda a confirmar a autenticidade dos boletos.

Manter registros financeiros organizados auxilia na identificação de cobranças inesperadas ou suspeitas. Além disso, dar preferência a métodos de pagamento como cartão de crédito ou Pix, sempre verificando os dados do recebedor, pode oferecer uma segurança maior. O uso do Débito Direto Autorizado (DDA) também é uma alternativa segura, pois permite a visualização dos boletos diretamente na conta bancária.

Para proteger os dados no celular, recomenda-se usar senhas fortes e ativar a autenticação em dois fatores. Manter o sistema e os aplicativos atualizados é crucial para evitar vulnerabilidades de segurança. É aconselhável também evitar links suspeitos em e-mails ou SMS e realizar transações bancárias em ambientes seguros. Alguns usuários optam por aplicativos que ocultam apps bancários, proporcionando uma camada extra de segurança.

As vítimas de golpes de boleto podem enfrentar perdas financeiras e riscos à segurança de suas informações pessoais. Em caso de fraude, buscar aconselhamento jurídico com um advogado especializado pode ser essencial para lidar com as implicações legais e buscar reparação.

O golpe do boleto bancário é um problema sério que exige atenção e precaução. Adotando práticas de segurança adequadas e mantendo-se informado sobre as táticas dos fraudadores, é possível minimizar o risco de ser vítima dessa forma de fraude.

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PIX NO BRASIL: CONVENIÊNCIA E AMEAÇA À SEGURANÇA FINANCEIRA

A crescente adesão do Pix como método de pagamento no Brasil trouxe consigo uma onda preocupante: o aumento dos golpes financeiros. Em 2022, um estudo conduzido pela empresa especializada em segurança financeira, Silverguard, revelou que cerca de 1,7 milhão de brasileiros foram vítimas de golpes relacionados ao Pix. Curiosamente, grande parte dessas vítimas opta pelo silêncio, deixando de reportar o ocorrido e, consequentemente, reduzindo suas chances de recuperar os valores perdidos.

Mais de 40% dos cidadãos nacionais reportaram tentativas de fraude via Pix, e o assustador é que quase uma em cada dez dessas pessoas acabou efetivamente sendo enganada. Em Minas Gerais, os números são ainda mais alarmantes: 30% dos mineiros já enfrentaram tentativas de golpe, e 7% confirmaram ter sido ludibriados.

Infelizmente, a inação é comum. A vasta maioria dos mineiros, assim como ocorre no restante do Brasil, não procura recuperar seu dinheiro. E ainda, quase 9 em cada 10 mineiros não se dão ao trabalho de registrar um boletim de ocorrência, levantando preocupações quanto à subnotificação e à dificuldade de mapear e combater esses crimes.

Plataformas sociais como WhatsApp e Instagram são os principais palcos dessas artimanhas. Em situações que envolvem quantias superiores a R$ 5.000, destacam-se os golpes da falsa central de atendimento, do impostor se passando por parente solicitando recursos e da falsa relação amorosa com intuito financeiro.

Contudo, há uma luz no fim do túnel. O Banco Central, percebendo essa tendência, instituiu no final de 2021 o Mecanismo Especial de Devolução do Pix (MED). Esse instrumento permite que, em determinadas circunstâncias, o dinheiro possa ser devolvido. O processo envolve reportar a fraude à instituição financeira em até 80 dias, fornecer à polícia os detalhes da transação e dialogar com o banco receptor do dinheiro. Entretanto, é fundamental agir rapidamente, visto que muitos golpistas se adiantam ao encerrar suas contas para dificultar o rastreio.

O MED, no entanto, não é uma varinha mágica. A maioria dos pedidos, infelizmente, é negada, principalmente quando os criminosos conseguem agir de forma ágil. Assim, a educação financeira e a informação se tornam ferramentas importantes. Como ressalta Marcia Netto, CEO da Silverguard, entender o processo e agir prontamente são passos essenciais para maximizar as chances de recuperar valores.

Ao passo que o Pix transforma o panorama financeiro brasileiro, torna-se indispensável que os usuários estejam atentos, informados e preparados para proteger seus recursos. Afinal, a segurança digital é tão vital quanto a financeira em nossos tempos modernos.