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WORLDCOIN SOB ANÁLISE: ANPD INVESTIGA PROJETO DE IDENTIDADE DIGITAL BASEADA EM BIOMETRIA

O projeto Worldcoin, que busca criar uma identidade digital global por meio de tecnologia de reconhecimento de íris, está sendo analisado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) no Brasil. A iniciativa utiliza um dispositivo conhecido como “Orb” para capturar imagens da íris e gerar um código único para cada indivíduo. De acordo com os desenvolvedores, essas imagens não são armazenadas, sendo utilizadas apenas para a verificação. Como incentivo, os participantes recebem um pagamento em criptomoeda equivalente a aproximadamente R$ 320.

O objetivo principal do projeto, segundo seus idealizadores, é promover uma forma de comprovação de identidade em um mundo cada vez mais digital, dominado por sistemas de inteligência artificial e robôs. A tecnologia também é apresentada como uma solução para prevenir fraudes e facilitar a distribuição de recursos, incluindo propostas como uma renda básica universal.

Apesar das promessas, o projeto enfrenta resistências globais. Em alguns países, como Quênia e Alemanha, as operações foram suspensas devido a preocupações relacionadas à privacidade e segurança dos dados. No Brasil, a ANPD busca garantir que o uso de informações biométricas esteja em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A autoridade já realizou uma reunião virtual com representantes da empresa responsável e solicitou informações complementares sobre os procedimentos adotados.

Caso a ANPD identifique riscos significativos aos direitos dos titulares de dados, medidas restritivas podem ser aplicadas. O caso reflete as tensões globais entre inovações tecnológicas e a proteção da privacidade, um debate que só tende a se intensificar no contexto do avanço digital.

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GOLPE “RUG PULL” NO INSTAGRAM DO MCDONALD’S ALERTA PARA AMEAÇA DIGITAL

Recentemente, o McDonald’s foi alvo de um ataque cibernético em sua conta oficial no Instagram, resultando em um golpe conhecido como “rug pull”, que drenou mais de US$ 700.000 de investidores. Aproveitando a confiança dos mais de 5 milhões de seguidores da marca, os criminosos promoveram uma criptomoeda fraudulenta, uma “meme coin” chamada “GRIMACE”, construída na blockchain Solana. Em um breve período, a capitalização do token atingiu US$ 25 milhões antes que o golpe fosse revelado e o valor do ativo fosse reduzido a praticamente zero.

Os hackers, que se identificaram com um pseudônimo, alteraram a conta da empresa para veicular um anúncio falso. Em menos de 30 minutos, a moeda fraudulenta disparou em popularidade. No entanto, os criminosos rapidamente sacaram os fundos, deixando investidores com ativos sem valor. Em uma mensagem publicada na conta invadida, os golpistas agradeceram o valor roubado, indicando o sucesso de seu esquema.

Esse tipo de ataque, conhecido como “rug pull”, consiste na promoção intensa de uma criptomoeda para inflar seu valor de forma artificial, seguida pela retirada abrupta dos fundos pelos desenvolvedores, deixando os investidores com perdas significativas. O golpe foi ainda mais agravado com a publicação de anúncios enganosos que vinculavam o projeto ao McDonald’s, utilizando promessas falsas para atrair mais vítimas. A fraude ganhou credibilidade ao afirmar que a empresa seguiria no Instagram os detentores do token, gerando um ar de legitimidade.

Relatórios de plataformas de análise blockchain revelaram que os hackers possuíam 75% do suprimento total do token “GRIMACE”. Eles utilizaram diversas carteiras para manipular o mercado e, posteriormente, redistribuíram os fundos entre cerca de 100 endereços, conseguindo lucrar US$ 700.000 com a operação.

Após a violação, a conta oficial do McDonald’s foi recuperada, e todo o conteúdo relacionado ao golpe foi removido. Contudo, o incidente reflete os riscos crescentes no ecossistema das criptomoedas, onde ataques sofisticados continuam a lesar investidores em larga escala.

Este episódio contribuiu para um aumento expressivo no número de golpes e hacks envolvendo ativos digitais. De acordo com dados recentes, o setor de criptoativos acumulou perdas superiores a US$ 1,19 bilhões em apenas sete meses de 2024, indicando uma tendência crescente de atividades criminosas no mercado digital.

O caso do McDonald’s serve como um lembrete claro dos riscos associados ao mundo cripto e da necessidade de vigilância constante para evitar tais fraudes.