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O CRESCIMENTO DOS ATAQUES CIBERNÉTICOS NO BRASIL E A INFLUÊNCIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Entre 2022 e 2023, o Brasil registrou uma redução significativa no número total de ataques cibernéticos, caindo de 103 bilhões para 60 bilhões de tentativas. No entanto, esse declínio esconde uma mudança importante no perfil dos ataques, com a inteligência artificial (IA) desempenhando um papel cada vez mais central. Atualmente, mais da metade dos ataques recentes contra empresas brasileiras envolve algum uso de IA generativa.

Essas informações são oriundas do estudo “The State of Cybersecurity in LATAM 2024”, realizado pela FortiGuard Labs da Fortinet. Segundo o relatório, 54% das empresas brasileiras relataram um aumento nas tentativas de violações de segurança em 2023, em comparação com anos anteriores. Esse cenário tem exacerbado o estresse das equipes de TI, dado o aumento na sofisticação e na precisão das ameaças.

É imperativo que as empresas brasileiras compreendam a evolução do cenário de ameaças cibernéticas e invistam em soluções integradas de segurança, como o blockchain, para se protegerem contra ataques cada vez mais sofisticados. As organizações precisam estar preparadas para enfrentar ameaças que se tornam gradualmente mais complexas com o avanço da tecnologia.

Especialistas apontam que a manutenção constante de processos é essencial. À medida que as organizações implementam algoritmos de IA, novos pontos de vulnerabilidade surgem, sendo explorados por cibercriminosos. A necessidade urgente de proteção é clara: as empresas devem adotar uma postura proativa na defesa de seus dados e sistemas.

O uso crescente de IA por cibercriminosos sublinha a importância de uma abordagem ética e responsável no desenvolvimento e implementação dessas tecnologias. Para enfrentar os ciberataques, é vital investir em soluções de segurança avançadas e em constante atualização, além de promover uma cultura organizacional de conscientização e treinamento em cibersegurança para todos os colaboradores.

A complexidade das ameaças, especialmente com o uso crescente da inteligência artificial, exige que as empresas adotem práticas de segurança de dados robustas, como criptografia e verificação da integridade dos dados, para evitar adulterações ou corrupções que possam comprometer os resultados da IA.

Embora a inteligência artificial ofereça inúmeras oportunidades, é fundamental reconhecer e mitigar os desafios emergentes em termos de segurança cibernética. É essencial que líderes empresariais priorizem investimentos em cibersegurança e adotem medidas proativas para se protegerem contra ameaças cada vez mais sofisticadas.

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INSS REFORÇA POLÍTICAS DE ACESSO PARA PROTEGER DADOS DE BENEFICIÁRIOS

Recentemente, foi identificada uma vulnerabilidade nos sistemas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), comprometendo a segurança dos dados de milhões de brasileiros. A falha, presente no Sistema Único de Informações de Benefícios (Suibe), permitiu o acesso indevido a informações cadastrais, gerando preocupações entre beneficiários e especialistas em segurança digital.

Detalhes da Exposição de Dados

A falha foi associada à distribuição de senhas para usuários externos sem a devida supervisão ou restrições após o término de suas funções. Historicamente, acessos não eram bloqueados após o desligamento de colaboradores, permitindo que ex-funcionários ou pessoas não autorizadas acessassem o sistema.

Medidas Corretivas Implementadas

Para corrigir essa vulnerabilidade, o INSS realizou mudanças nas políticas de acesso ao Suibe. Agora, o acesso ao sistema requer não apenas uma senha, mas também um certificado digital e criptografia, elevando o nível de segurança.

Ações de Reforço na Segurança

Além de novos métodos de autenticação, a infraestrutura de segurança do Suibe foi revisada e atualizada. O INSS intensificou o monitoramento e a auditoria dos acessos ao sistema para assegurar que eventuais tentativas de violação sejam prontamente identificadas e contidas. Medidas adicionais incluem:

  • Implementação de criptografia para proteger os dados transmitidos.
  • Consideração da autenticação de dois fatores para futuras adições.
  • Revisões periódicas das permissões de acesso para garantir que apenas usuários autorizados tenham acesso ao sistema.

Impacto das Medidas Adotadas

O INSS ainda está investigando se houve extração de dados através do Suibe. No entanto, já foi observada uma diminuição nas reclamações relacionadas a empréstimos consignados não autorizados, indicando que as medidas adotadas estão sendo eficazes na proteção dos dados dos beneficiários.

Compromisso com a Segurança

Este incidente ressalta a importância de vigilância contínua e atualização dos sistemas de segurança, especialmente em instituições que gerenciam grandes volumes de dados pessoais. O INSS reitera seu compromisso com a privacidade e segurança das informações de todos os seus beneficiários, implementando medidas robustas para proteger os dados sensíveis.

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BIOMETRIA E A REVOLUÇÃO DA SEGURANÇA DE DADOS

Imagine um futuro onde esquecer senhas e perder crachás se torne obsoleto. Em vez de enfrentar o tedioso processo de preencher formulários, um novo funcionário poderia simplesmente fornecer algumas informações biométricas. O rosto seria escaneado, o modo de caminhar analisado, uma frase gravada, e pronto: o próprio corpo se tornaria a chave para acessar todas as áreas da empresa.

Este é o cenário que especialistas em biometria preveem. De acordo com uma recente reportagem do The Wall Street Journal, a integração dessas tecnologias promete transformar a experiência de segurança e acesso nas empresas. Um diretor de tecnologia de uma empresa de segurança descreve uma experiência perfeitamente integrada: ao chegar ao estacionamento, sua localização seria detectada pelo sistema do celular. Entrando pela porta principal, o reconhecimento facial abriria a porta e desbloquearia seu computador automaticamente.

Além de eliminar a inconveniência das senhas esquecidas, essa tecnologia poderia fortalecer significativamente a proteção contra ataques cibernéticos. No entanto, isso levanta importantes questões sobre a privacidade e o uso de dados biométricos pelos empregadores.

Hoje, já vemos scanners de palma em consultórios médicos e o desbloqueio de smartphones por impressão digital. O reconhecimento facial é comum em aeroportos e estádios. Mas, com o avanço contínuo da inteligência artificial e da tecnologia de sensores, podemos esperar uma integração ainda mais sofisticada de dados biométricos nos próximos anos.

Mesmo com os benefícios evidentes, como maior proteção contra invasões, há preocupações legítimas sobre a privacidade e a segurança dos dados. A chave para equilibrar esses benefícios e riscos está na combinação de criptografia robusta e regulamentações governamentais rigorosas sobre a coleta, uso e armazenamento de informações biométricas.

Embora substituir senhas por biometria possa parecer algo futurista, a indústria de tecnologia está cada vez mais focada nesse objetivo. Grandes empresas de tecnologia estão na vanguarda dessa mudança, promovendo métodos de autenticação baseados em biometria em vez de senhas tradicionais. Contudo, como especialistas em segurança digital alertam, mesmo a melhor tecnologia pode falhar. E quando se trata de dados biométricos, os riscos de vazamento ou roubo são particularmente preocupantes, já que não podemos simplesmente substituir nossas características físicas.

Assim, enquanto avançamos em direção a um futuro onde a biometria possa proporcionar segurança e conveniência sem precedentes, é importante continuar discutindo e desenvolvendo medidas para proteger nossa privacidade e segurança de dados.

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VOCÊ SABE O QUE É MALWARE? DESCUBRA OS RISCOS E TIPOS COMUNS

Malware, abreviação de “malicious software” (software malicioso), refere-se a qualquer programa ou conjunto de dados criado com o objetivo de se infiltrar em sistemas de computadores e realizar atividades ilegais. Essas atividades incluem roubo de informações, desvio de dinheiro, e cópia de certificados de segurança. Este artigo explora o conceito de malware, os riscos associados e os principais tipos existentes.

O Que é Malware?

Malware é um termo abrangente para definir qualquer software desenvolvido com a finalidade de invadir sistemas e executar ações ilícitas. Dependendo da estratégia de invasão ou da finalidade específica, o nome do malware pode variar. Por exemplo, o spyware é um tipo de malware projetado para espionar usuários, acessando webcams e microfones para registrar informações e enviá-las ao criminoso cibernético, que pode usar esses dados para chantagem.

A presença de malware em dispositivos tecnológicos é extremamente prejudicial, pois viola a privacidade das pessoas, rouba informações pessoais, desvia dinheiro de contas bancárias e corretoras de valores, copia códigos de crachás e certificados de segurança, entre outros danos. Alguns malwares são capazes de infectar múltiplos dispositivos, enquanto outros são direcionados a tipos específicos de tecnologia, como celulares, tablets, computadores e até televisores.

Tipos de Malware

Existem diversos tipos de malware, cada um com características e objetivos específicos. A seguir, apresento uma lista dos tipos mais comuns:

  1. Spyware: Software malicioso instalado para espionar usuários. Pode acessar câmeras, microfones e coletar informações sensíveis.
  2. Keylogger: Malware que registra as teclas digitadas pelo usuário, permitindo a coleta de informações como números de cartões de crédito, senhas e outras chaves de segurança.
  3. Cavalo de Troia: Apresenta-se como um software seguro, mas serve como porta de entrada para outros malwares que buscam roubar informações ou danificar sistemas.
  4. Ransomware: Criptografa os arquivos da vítima, impedindo o acesso aos mesmos. O criminoso exige um resgate para liberar os arquivos.
  5. Phishing: Técnica utilizada por hackers para “pescar” dados sensíveis dos usuários. Normalmente, envolve o envio de e-mails com links ou arquivos corrompidos. Quando o usuário clica ou baixa o conteúdo, os dados podem ser roubados por meio de acesso remoto.

Apesar do impacto negativo dos malwares, algumas aplicações desses softwares podem ser vistas de forma positiva em contextos específicos. Por exemplo, certas divisões secretas de tecnologia em alguns países utilizam hackers para encontrar, rastrear e comprovar atividades ilegais, como as de agressores sexuais, entre outros tipos de criminosos.

A compreensão dos diversos tipos de malware é crucial para a prevenção e mitigação de ataques cibernéticos. É essencial adotar medidas de segurança robustas e estar atento aos sinais de possíveis infecções para proteger informações pessoais e corporativas.

É essencial enfatizar a importância de uma abordagem proativa na educação sobre cibersegurança, bem como a implementação de tecnologias avançadas para detectar e neutralizar ameaças antes que causem danos significativos.

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CONSUMIDORES EXIGEM MAIOR SEGURANÇA DE DADOS NAS TECNOLOGIAS ATUAIS

A crescente preocupação com a privacidade e segurança dos dados está se tornando um tema dominante entre os consumidores da indústria tecnológica, conforme revelado por uma pesquisa recente. Este estudo, realizado em 2024, envolveu mais de dois mil consumidores e destacou que a grande maioria dos participantes se sente alarmada com as questões de privacidade e segurança em suas vidas diárias, com 77% dos entrevistados expressando preocupação significativa.

Este tema não é apenas uma preocupação de minorias ou gerações mais velhas, mas sim uma questão transgeracional. Desde os Baby Boomers, que demonstram uma preocupação acentuada, até a Geração Z, criada em um ambiente digital, uma significativa parcela de cada grupo etário manifesta inquietação. A preocupação mais expressiva, no entanto, está no setor de criptomoedas, onde apenas uma pequena fração dos entrevistados acredita que o setor está comprometido com a proteção de dados.

Além disso, a pesquisa evidenciou uma sensação de impotência entre os consumidores sobre o controle de seus próprios dados. A maioria dos participantes admitiu ter pouco ou nenhum controle sobre as informações pessoais que fornecem às empresas, um fato que só amplia a desconfiança em relação às práticas de privacidade da indústria.

As consequências dessa desconfiança são amplas e estão impulsionando a demanda por inovações focadas em privacidade. Muitos consumidores estão ansiosos por novos produtos e ferramentas que possam oferecer soluções de privacidade mais eficazes, com uma porcentagem significativa pronta para adotar tecnologias que garantam a proteção dos seus dados.

Este panorama sugere uma encruzilhada crítica para a indústria de tecnologia. É imperativo que as empresas respondam a estas preocupações com ações concretas e inovações significativas. A adoção da criptografia de ponta a ponta e outras tecnologias de proteção de dados não são apenas desejáveis, mas essenciais para restaurar a confiança do consumidor e pavimentar o caminho para a adoção em massa dessas tecnologias.

Assim, enquanto a indústria de tecnologia continua a evoluir, ela enfrenta o desafio substancial de balancear inovação com responsabilidade. Garantir que os avanços tecnológicos vão de mãos dadas com compromissos robustos de privacidade e segurança será decisivo para o futuro da adoção tecnológica e para a aceitação mais ampla pela sociedade. O sucesso neste empreendimento não só determinará a trajetória futura da indústria, mas também definirá a relação entre tecnologia e usuário no novo milênio.

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TRANSFORMANDO SISTEMAS GLOBAIS COM A TECNOLOGIA DE REGISTRO DISTRIBUÍDO

A Tecnologia de Registro Distribuído (Distributed Ledger Technology – DLT) refere-se a um consenso de registros replicados, compartilhados e sincronizados geograficamente dispersos, mantidos por membros distintos de uma rede. Ao contrário dos sistemas de registro tradicionais, centralizados em uma autoridade única (como um banco central, por exemplo), a DLT permite que a informação exista simultaneamente em múltiplos locais, sendo acessível e verificável por todos os participantes da rede sem a necessidade de uma entidade central de controle.

Características Principais:

Descentralização: A DLT opera em uma estrutura descentralizada, o que significa que os registros são mantidos em muitos computadores (nós) em toda a rede, em vez de ser armazenados em um local central. Isso ajuda a eliminar pontos únicos de falha e aumenta a resistência contra ataques cibernéticos.

Transparência e Segurança: Cada transação no ledger é verificável por todos os participantes e deve ser confirmada por consenso da rede antes de ser permanentemente adicionada. Além disso, a utilização de criptografia assegura a integridade e a segurança das transações.

Imutabilidade: Uma vez que uma transação é registrada no ledger, ela não pode ser alterada ou apagada, garantindo um histórico transparente e auditável de todas as transações.

Consensos: A DLT utiliza mecanismos de consenso para validar transações. Estes mecanismos, que podem variar (como Proof of Work, Proof of Stake, entre outros), são fundamentais para manter a integridade e a confiança na rede.

Tipos de DLT:

Embora o blockchain seja o tipo mais conhecido de DLT, existem outras variações que se diferenciam principalmente no modo como os dados são estruturados e no mecanismo de consenso utilizado. Algumas dessas variações incluem:

Blockchain: Um tipo de DLT que organiza os dados em blocos encadeados cronologicamente.
Tangle: Utilizado pelo IOTA, organiza as transações em uma rede de nós interconectados, não necessariamente formando uma cadeia linear ou blocos.
Hashgraph: Usa uma estrutura de grafos acíclicos dirigidos para alcançar consenso, prometendo ser mais rápido e eficiente em termos de energia do que as blockchains tradicionais.

Aplicações:

A DLT tem um vasto potencial de aplicação em diversos setores, como:

Finanças: Para pagamentos transfronteiriços, compensação e liquidação de transações.
Cadeia de Suprimentos: Para aumentar a transparência, rastrear a proveniência de produtos e reduzir fraudes.
Identidade Digital: Para fornecer uma forma segura e imutável de armazenar e gerenciar identidades digitais.
Saúde: Para o armazenamento seguro de registros médicos, garantindo a privacidade e facilitando o compartilhamento de informações entre profissionais autorizados.
Governança: Para aprimorar a transparência e a eficiência dos processos governamentais, como votações e registros públicos.

Desafios:
Apesar das vantagens, a DLT enfrenta desafios, incluindo questões de escalabilidade, a necessidade de uma regulamentação clara, preocupações com a privacidade e o desafio de alcançar uma adoção generalizada.


A DLT representa uma inovação significativa na forma como as informações e transações são registradas e compartilhadas, oferecendo uma plataforma para sistemas mais transparentes, seguros e eficientes. À medida que a tecnologia amadurece e supera seus desafios iniciais, espera-se que suas aplicações se expandam ainda mais, transformando uma variedade de setores.

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VOCÊ SABE O QUE É BLOCKCHAIN?

Blockchain, frequentemente descrito como uma “cadeia de blocos”, é uma tecnologia de registro distribuído (DLT, do inglês Distributed Ledger Technology) que visa proporcionar segurança, transparência e resistência à censura em registros digitais sem a necessidade de uma autoridade central. A natureza descentralizada do blockchain permite que a informação seja armazenada, verificada e gerenciada coletivamente por uma rede distribuída de participantes, frequentemente denominados “nós”.

Funcionamento Básico:

Bloco: Cada bloco no blockchain contém um número de transações. Quando um bloco é completado, ele é adicionado à cadeia de maneira sequencial.

Cadeia: A sequência de blocos forma o blockchain. Cada bloco contém um hash criptográfico do bloco anterior, criando uma ligação inquebrável entre os blocos consecutivos.

Criptografia: Os blocos são seguros por meio de criptografia. Cada bloco contém seu próprio hash criptográfico, o hash do bloco anterior e os dados. Se os dados de um bloco são alterados, seu hash muda, mas o hash no bloco seguinte não, o que torna a falsificação de blocos extremamente difícil.

Rede distribuída: O blockchain é mantido por uma rede de nós, cada um possuindo uma cópia completa do blockchain. Essa estrutura garante que nenhuma entidade única controle ou manipule os registros.

Consensos: Para adicionar um novo bloco à cadeia, a maioria dos nós deve validar e concordar com a validade das transações. Os métodos de consenso, como Proof of Work (PoW) e Proof of Stake (PoS), são usados para validar transações e adicionar novos blocos ao blockchain.

Principais Características:

Descentralização: Ao contrário dos sistemas tradicionais, onde os dados são armazenados em servidores centrais, o blockchain distribui seus dados por toda a rede, tornando-os altamente resistentes a ataques cibernéticos e falhas de sistema.

Transparência: Embora as transações sejam transparentes e verificáveis por qualquer pessoa na rede, a identidade dos participantes pode ser mantida em anonimato, dependendo da blockchain.

Imutabilidade: Uma vez que uma transação é registrada no blockchain, ela não pode ser alterada ou excluída, garantindo a integridade e a confiabilidade dos dados.

Segurança: A criptografia e o consenso da rede protegem contra fraudes e alterações não autorizadas.

Aplicações: Inicialmente desenvolvido como a tecnologia subjacente à criptomoeda Bitcoin, o blockchain tem potencial para uma ampla gama de aplicações, incluindo mas não limitado a:

Finanças: Transações financeiras, pagamentos internacionais, e criptomoedas.
Cadeia de Suprimentos: Rastreamento de produtos, da origem ao consumidor.
Contratos Inteligentes: Acordos autoexecutáveis quando certas condições são atendidas.
Registro de Propriedade: Registro de propriedades e direitos autorais.
Saúde: Gerenciamento seguro de registros médicos.
Desafios e Limitações:

Apesar de suas muitas vantagens, o blockchain enfrenta desafios, incluindo questões de escalabilidade, consumo de energia (especialmente com PoW), questões legais e regulatórias, e a necessidade de interoperabilidade entre diferentes blockchains.

Blockchain representa uma mudança de paradigma na maneira como as informações são compartilhadas, oferecendo um novo nível de transparência, segurança e eficiência. Contudo, seu potencial pleno ainda está sendo explorado e desenvolvido, com desafios significativos a serem superados para sua adoção generalizada em diversos setores.

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ABORDAGENS INTEGRADAS PARA A CIBERSEGURANÇA EM ANÁLISES DE DADOS REAL-TIME

A importância da análise de dados em tempo real permeia diversos setores, da indústria petrolífera ao financeiro, exigindo uma abordagem meticulosa à segurança cibernética frente ao volume crescente de informações processadas continuamente. A salvaguarda de dados críticos nesse cenário dinâmico coloca em evidência desafios complexos, como a prevenção de invasões digitais, a proteção contra a captura ilegítima de dados, o bloqueio de acessos não consentidos e a mitigação de riscos oriundos de ameaças internas.

Uma estratégia eficaz para a defesa de dados sensíveis em análises instantâneas envolve a adoção de medidas de segurança abrangentes, entre as quais se destaca a configuração de Centros de Operações de Segurança (SOCs) especializados. Esses centros são essenciais para o monitoramento ininterrupto, a identificação de ameaças em tempo real e a rápida resposta a incidentes. A adesão a normativas de proteção de dados, como o GDPR na Europa e o LGPD no Brasil, é outro pilar fundamental para a segurança dos dados, garantindo conformidade e proteção.

No âmbito específico da indústria de petróleo e gás, a fusão entre os sistemas de Tecnologia da Informação (TI) e Operações de Tecnologia (OT) expande consideravelmente o espectro de vulnerabilidades, demandando medidas de segurança reforçadas. A criptografia de dados, o controle rigoroso de acessos e a supervisão de registros de atividade se tornam indispensáveis, assim como a segurança de dispositivos antigos e a observância das legislações específicas de cada jurisdição.

A cultura organizacional em torno da cibersegurança é determinante para a eficácia da proteção de dados durante a análise real-time. Programas de capacitação contínua que orientem os colaboradores sobre as práticas seguras, o reconhecimento de ameaças e os protocolos de ação em caso de incidentes são essenciais para forjar um ambiente de trabalho vigilante e preparado. A implementação de soluções tecnológicas de ponta, como a detecção de anomalias via inteligência artificial e sistemas de autenticação multifatoriais, amplia a robustez das defesas organizacionais contra investidas digitais.

A necessidade de acesso instantâneo aos dados, embora crucial para a tomada de decisão ágil e fundamentada, não pode sobrepor-se à segurança da informação. As empresas devem perseguir um equilíbrio entre as medidas de proteção e a eficiência no acesso e manuseio dos dados. Essa balança é alcançada por meio de uma política de segurança em camadas, avaliações de segurança periódicas e monitoramento constante, assegurando a integridade das estratégias de defesa cibernética.

A segurança cibernética na análise de dados em tempo real exige uma visão holística e antecipatória frente às ameaças digitais em constante evolução. Através da adoção de tecnologias inovadoras, fomento de uma cultura organizacional voltada à segurança e atualização contínua em relação a normas e padrões setoriais, as empresas podem salvaguardar seus ativos mais preciosos, fortalecendo a confiança dos seus clientes em um mundo cada vez mais digital e interligado.

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A JORNADA LEGAL DAS ASSINATURAS DIGITAIS E ELETRÔNICAS NO BRASIL

No contexto jurídico atual, a distinção entre assinaturas eletrônicas e digitais e sua validação tornou-se um aspecto crítico, especialmente com o advento de plataformas dedicadas a essas tecnologias. Compreender as nuances e a aplicabilidade dessas formas de assinatura é essencial para sua correta utilização em documentos legais e transações.

As assinaturas eletrônicas incluem qualquer tipo de identificação eletrônica usada por uma pessoa para expressar consentimento em documentos digitais. Isso pode variar de um nome digitado a um clique de aceitação ou uma imagem digitalizada da assinatura manuscrita. Legalmente aceitas para diversas finalidades, as assinaturas eletrônicas podem, no entanto, oferecer menor segurança em comparação às digitais, devido à ausência de criptografia para validar a autenticidade do signatário.

As assinaturas digitais empregam criptografia assimétrica, garantindo a autenticidade do signatário e a integridade do documento. Esta tecnologia vincula unicamente o documento ao signatário e necessita de um certificado digital emitido por uma autoridade certificadora para sua validação. Essas características conferem às assinaturas digitais um nível superior de segurança e aceitação legal, especialmente em transações formais e documentos oficiais.

A necessidade de alternativas seguras para transações e contratos, exacerbada pela pandemia de Covid-19, impulsionou a adoção de plataformas de assinaturas digitais e eletrônicas. A legislação, como a Lei nº 14.063/2020 e a Medida Provisória nº 2.200-2/2001, tem sido fundamental para fornecer um arcabouço legal para a utilização dessas tecnologias em uma variedade de atividades, incluindo aquelas envolvendo o governo e procedimentos legais.

A Lei nº 14.063/2020, em particular, categoriza as assinaturas eletrônicas em simples, avançada e qualificada, estabelecendo diferentes níveis de segurança e requisitos de validação. As assinaturas eletrônicas qualificadas, baseadas em certificados digitais emitidos pela ICP-Brasil, representam a forma mais segura, sendo exigidas para determinadas ações legais e administrativas. A ICP-Brasil, criada pela MP nº 2.200-2, assegura a autenticidade e a legalidade de documentos e transações eletrônicas, estabelecendo um sistema de certificação digital confiável.

Recentemente, a legalidade das assinaturas em documentos digitais foi questionada judicialmente, ressaltando a importância de compreender a capacidade técnica das plataformas de assinatura. A jurisprudência brasileira tem abordado diversos casos envolvendo assinaturas digitais e eletrônicas, refletindo os desafios e a evolução dessa tecnologia no âmbito legal.

Essa realidade mostra a necessidade de um entendimento sobre as implicações legais das assinaturas digitais e eletrônicas. A legislação e a jurisprudência no Brasil estão se adaptando progressivamente para incorporar essas tecnologias, buscando garantir a segurança e a integridade dos processos judiciais e transações comerciais na era digital. A atualização e a adaptação contínua dos profissionais do direito a essas mudanças são cruciais para a aplicação eficaz da lei.

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DESAFIOS E SOLUÇÕES EM CIBERSEGURANÇA PARA A ANÁLISE DE DADOS INSTANTÂNEA

A evolução da análise de dados em tempo real transformou-se em um pilar crítico para uma ampla gama de indústrias, variando da exploração de petróleo e gás ao setor bancário. No entanto, essa transformação vem acompanhada de desafios consideráveis no que diz respeito à segurança cibernética, dada a enorme quantidade de informações processadas a cada momento. A salvaguarda de dados confidenciais durante essas operações essenciais é uma preocupação primordial, enfrentando ameaças que vão desde invasões digitais até o acesso indevido por partes internas ou externas.

Uma estratégia eficaz para fortalecer a proteção de dados sensíveis envolve a adoção de soluções de segurança integradas. Isso abrange a criação de Centros de Operações de Segurança (SOCs) especializados, capazes de oferecer vigilância ininterrupta, identificação de ameaças em tempo hábil e reações ágeis a incidentes. A aderência a padrões industriais e regulamentações específicas, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é igualmente vital para assegurar a integridade dos dados.

Outra complexidade surge com a necessidade de integrar sistemas de Tecnologia da Informação (TI) e Tecnologia Operacional (OT) no âmbito do setor de óleo e gás, o que amplia exponencialmente os pontos vulneráveis a ataques. Medidas de segurança suplementares, como a criptografia, o gerenciamento de acessos e o monitoramento de registros, tornam-se indispensáveis. A proteção de sistemas legados e a observância de normas regulatórias nacionais são também fundamentais para a segurança da análise de dados em tempo real.

A cultura organizacional em relação à cibersegurança é um fator determinante para a proteção efetiva dos dados. Educar continuamente os colaboradores sobre práticas seguras, identificação de ameaças e estratégias de resposta a incidentes é essencial para construir um ambiente de trabalho vigilante e preparado. A incorporação de tecnologias de ponta, como a detecção de anomalias via inteligência artificial e a autenticação de múltiplos fatores, pode reforçar significativamente a defesa contra invasões digitais.

É necessário reconhecer que, embora o acesso instantâneo a dados seja fundamental para decisões rápidas e baseadas em evidências, a segurança não pode ser negligenciada. As empresas devem buscar um equilíbrio, onde medidas de proteção eficazes coexistam com a fluidez no acesso e manipulação de dados. Isso implica na aplicação de estratégias de segurança multicamadas, acompanhadas de monitoramento constante e avaliações periódicas de vulnerabilidade, assegurando a robustez das barreiras cibernéticas.

A segurança cibernética na análise de dados em tempo real exige uma abordagem abrangente e antecipatória. As organizações devem estar equipadas para lidar com um espectro de ameaças em evolução, adotando tecnologias avançadas, fomentando uma cultura de segurança informada e mantendo-se alinhadas com os mais recentes padrões e regulamentos do setor. Ao dar prioridade à segurança dos dados, as empresas podem salvaguardar seus ativos mais críticos e sustentar a confiança dos seus clientes num mundo crescentemente digital e interligado.

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CONVERGÊNCIA ENTRE LGPD E NORMAS ISO PARA A SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO

No atual cenário tecnológico, onde a digitalização avança a passos largos, a privacidade e a segurança de dados pessoais surgem como pilares essenciais. A coleta, o processamento e o armazenamento de informações pessoais em plataformas online exigem uma abordagem robusta e regulamentada para assegurar a proteção desses dados. Nesse contexto, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), sob o número 13.709/18, destaca-se como um marco legal, impondo aos responsáveis pelo tratamento de dados a obrigação de adotar medidas de segurança eficazes contra acessos indevidos e outras ameaças.

A norma ISO 27017, publicada em 2016 e dedicada à segurança da informação especificamente em ambientes de nuvem, oferece diretrizes detalhadas para reforçar a proteção de dados pessoais. Essa norma amplia os princípios da ISO 27001, adaptando-os aos desafios particulares da computação em nuvem, e fornece um conjunto de controles específicos para a gestão de informações sensíveis armazenadas nesses serviços.

A sinergia entre a LGPD e a ISO 27017 é evidente, pois ambas direcionam esforços para garantir a integridade, a confidencialidade e a disponibilidade dos dados pessoais. Eles compartilham o objetivo de proteger as informações contra violações, promovendo a adoção de práticas de segurança robustas, o respeito pela privacidade dos titulares dos dados e a transparência no tratamento dessas informações.

Além disso, a LGPD incentiva a criação de políticas de governança e boas práticas que abrangem desde a organização dos processos de tratamento até a resposta a incidentes, passando pela educação e pela conscientização sobre a importância da proteção de dados. Esse enfoque proativo é complementado pela ISO 27017, que especifica controles para gerenciar riscos associados à computação em nuvem, incluindo a seleção cuidadosa de fornecedores e a implementação de técnicas avançadas de segurança, como a criptografia e o backup regular de dados.

A adesão conjunta à LGPD e à ISO 27017 não só assegura o cumprimento das obrigações legais, mas também fortalece as medidas de segurança na nuvem, melhorando a postura geral de segurança das organizações. Isso reduz significativamente o risco de incidentes de segurança e vazamentos de dados, ao mesmo tempo em que eleva a confiança dos usuários e das partes interessadas na capacidade da organização de proteger as informações pessoais.

Em um mundo cada vez mais conectado e dependente de soluções em nuvem, a conscientização sobre a importância da segurança de dados e a implementação de padrões reconhecidos internacionalmente, como a ISO 27017, são fundamentais. Tais práticas não apenas cumprem com as exigências legais, mas também promovem uma cultura de segurança e privacidade, essenciais para a sustentabilidade das atividades empresariais na era digital.

A integração da LGPD com a ISO 27017 representa uma abordagem holística para enfrentar os desafios da proteção de dados na nuvem, enfatizando a importância de medidas preventivas e a construção de um ambiente digital seguro e confiável para todos os envolvidos.

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ENFRENTANDO A CRESCENTE ONDA DE RANSOMWARE EM 2023

Em 2023, o cenário global de segurança cibernética enfrentou desafios crescentes, especialmente no que diz respeito a ransomware, uma ameaça em evolução que continua a causar grandes danos. O Brasil, particularmente, emergiu como um dos principais alvos desses ataques, ocupando a quarta posição mundial, conforme relatório divulgado na primeira metade do ano. Apenas os Estados Unidos, o Reino Unido e a Espanha superaram o Brasil em incidência desses ataques. A rápida transição digital da economia brasileira, muitas vezes não acompanhada de uma adequada implementação de práticas de segurança digital, aumentou a vulnerabilidade das empresas brasileiras a esses ataques.

Tradicionalmente, os ataques de ransomware envolviam a criptografia de dados e a exigência de pagamento para sua liberação. Contudo, para manter sua eficácia, os criminosos cibernéticos inovaram com táticas como a “dupla extorsão”, que combina a criptografia de dados com a ameaça de vazamento ou venda de informações roubadas na dark web. Em 2020, observou-se a emergência da “tripla extorsão”, elevando a chantagem a um novo nível ao envolver informações confidenciais de clientes e outras partes relacionadas à vítima.

Recentemente, uma nova abordagem foi adicionada ao arsenal dos cibercriminosos: ataques de ransomware sem criptografia. Essa técnica coloca as vítimas sob pressão psicológica, ameaçando a divulgação pública ou o leilão de dados confidenciais, sem passar pelo processo de criptografia. Tais ataques são caracterizados por demandas de resgate mais rápidas, ameaças significativas à reputação das empresas e o risco de multas regulatórias em caso de violações de dados.

O grupo cibercriminoso BianLian é um exemplo notável dessa mudança de tática. Conhecido por atacar infraestruturas críticas nos EUA e na Austrália, o BianLian passou da dupla para a extorsão baseada em exfiltração. Um de seus alvos recentes foi a organização Save the Children, com alegações de terem roubado 6,8 TB de dados sensíveis.

Para combater essas ameaças, as empresas estão adotando o modelo de segurança Zero Trust, que se baseia no princípio de “nunca confiar, sempre verificar”. Com quase 90% do tráfego da internet sendo criptografado, é crucial proteger aplicações e dados com soluções robustas de criptografia. Além disso, a orquestração da defesa em ambientes multinuvem, utilizando recursos de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina (ML), tornou-se essencial para garantir a segurança sem comprometer a experiência do usuário e interromper cadeias de ataques de ransomware.