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CIBERCRIMINOSOS INTENSIFICAM EXTORSÕES COM RANSOMWARE BABYLOCKERKZ NA AMÉRICA DO SUL

Uma nova ameaça digital vem ganhando destaque: uma versão modificada do ransomware MedusaLocker, batizada de “BabyLockerKZ”. Esse grupo de cibercriminosos está expandindo suas atividades pelo mundo, com um aumento expressivo de ataques principalmente na Europa e América do Sul. O alvo principal desse malware é a extorsão financeira. Durante 2023, o foco dos ataques se voltou para países da América do Sul, como Brasil, México, Argentina e Colômbia. Esses ataques vinham comprometendo cerca de 200 redes por mês, até que, no início de 2024, houve uma leve queda na quantidade de incidentes.

Uma das características curiosas do BabyLockerKZ é a inclusão da expressão “paid_memes” no código do malware, o que ajudou a rastrear o grupo e identificar seus padrões de atuação. Além disso, essa nova versão se diferencia da original por ser ainda mais complexa, com mudanças na forma de execução automática e o uso de chaves extras no registro do sistema, o que demonstra um nível elevado de profissionalismo.

O arsenal dos criminosos é extenso e inclui tanto ferramentas públicas quanto softwares específicos, como o Checker, que identifica falhas de segurança e facilita a propagação do ataque. Essa combinação de recursos mostra que o grupo está altamente organizado e sabe exatamente como explorar as fraquezas das redes.

O objetivo desses cibercriminosos é extorquir dinheiro. Eles podem atuar sozinhos ou fazer parte de um esquema maior de extorsão, que vem se intensificando desde 2022. Apesar de o número de ataques ter diminuído um pouco em 2024, a ameaça continua presente e preocupante para empresas e organizações no mundo todo.

Para se proteger, as empresas precisam reforçar suas defesas, investir em tecnologias específicas e monitorar suas redes constantemente. Isso é essencial para prevenir maiores prejuízos e se antecipar aos movimentos desses ataques que, mesmo com a redução, ainda podem causar grandes danos.

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CIBERCRIMINOSOS INOVAM: UTILIZAÇÃO DE TORRENTS PARA AMPLIAR O IMPACTO DOS ATAQUES DE RANSOMWARE

A partir do final de maio, um grupo de cibercriminosos adotou uma estratégia preocupante, explorando uma vulnerabilidade de “dia zero” em uma plataforma segura de transferência de arquivos. Eles realizaram uma série de ataques com o objetivo de roubar dados sensíveis. Surpreendentemente, essa exploração permitiu que os invasores tivessem acesso a informações confidenciais de várias organizações, localizadas globalmente, sem serem detectados inicialmente.

Com o tempo, o método empregado pelo grupo evoluiu. A partir de meados de junho, eles começaram a pressionar as vítimas, iniciando um processo de extorsão. Isso envolvia gradualmente a inclusão de nomes de empresas em um site hospedado na rede Tor, por meio do qual os dados roubados estavam sendo expostos. Contudo, essa abordagem enfrentou algumas limitações devido à conhecida lentidão das transferências pela rede Tor, o que, em alguns casos, limitou o potencial impacto das revelações.

Para contornar esse desafio, o grupo adotou uma estratégia mais arrojada. Eles estabeleceram sites na parte convencional da internet (a “clear web”), com o propósito de facilitar a divulgação dos dados obtidos a partir da plataforma mencionada, direcionados a um grupo selecionado de vítimas. Contudo, é importante mencionar que esses domínios na web convencional são mais vulneráveis a monitoramento e bloqueios por parte de autoridades e empresas de segurança cibernética.

Uma solução engenhosa foi encontrada para superar esses desafios. O grupo de cibercriminosos optou por utilizar redes de compartilhamento de arquivos torrent para disseminar as informações obtidas durante os ataques. Esses sites de torrent são conhecidos por permitirem o compartilhamento peer-to-peer (P2P) de arquivos, atendendo às necessidades dos usuários da internet que buscam compartilhar informações de forma descentralizada.

Os cibercriminosos criaram torrents para cerca de vinte organizações que foram alvo desses ataques, empregando essa estratégia para distribuir os dados roubados. É importante observar que entre essas organizações, estavam empresas de diversos setores, incluindo finanças, jurídico e seguros.