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GOLPE COM CRIPTOMOEDAS REAPARECE NO BRASIL: ENTENDA COMO FUNCIONA

Um golpe relacionado a criptomoedas voltou a circular no Brasil, principalmente entre espectadores de canais de YouTube que abordam temas como Bitcoin e ativos digitais. O esquema envolve uma oferta de 1 mil USDT (uma stablecoin atrelada ao dólar) que, à primeira vista, parece ser um saldo legítimo em uma carteira digital, mas esconde um mecanismo que pode levar os mais desatentos a perdas financeiras.

Como o golpe opera

Nos comentários de vídeos, golpistas compartilham a seed phrase (frase de recuperação) de uma carteira que contém 1 mil USDT. Ao conferir o endereço, é possível verificar que o saldo está realmente lá. No entanto, como a carteira está na rede Tron, é necessário ter TRX (o token da rede) para pagar as taxas de transação e movimentar os fundos.

A armadilha está no momento em que um usuário deposita TRX para tentar sacar os USDT. Um bot configurado pelos golpistas imediatamente retira qualquer saldo em TRX que for enviado para a carteira, impossibilitando qualquer tentativa de movimentar os fundos.

A lógica por trás do golpe

Esse tipo de golpe é projetado para enganar tanto usuários inexperientes quanto pessoas que, na tentativa de aproveitar a suposta oportunidade, ignoram boas práticas de segurança. Embora os 1 mil USDT sejam reais, eles funcionam apenas como isca. O objetivo dos golpistas é atrair depósitos de TRX, que são rapidamente drenados assim que chegam à carteira.

Lições importantes

Para se proteger, é essencial adotar práticas seguras ao lidar com criptomoedas:

  1. Nunca insira uma seed phrase que foi compartilhada publicamente. Seed phrases são informações extremamente sensíveis e devem ser mantidas privadas.
  2. Desconfie de ofertas que parecem boas demais para ser verdade. No mercado de criptomoedas, a cautela é indispensável.
  3. Estude as redes e carteiras que utiliza. Entender os detalhes técnicos de como taxas de transação e redes funcionam pode ajudar a identificar situações suspeitas.

Este caso destaca a importância da educação em criptomoedas e da atenção redobrada ao interagir com conteúdo online. A prevenção é sempre a melhor abordagem para evitar perdas no universo digital.

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RADIÔMICA E INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: ALIADOS NO COMBATE AO CÂNCER DE MAMA TRIPLO NEGATIVO

O câncer de mama triplo negativo (CMTN) é reconhecido por sua agressividade, caracterizada pelo rápido crescimento, alta capacidade de metástase e menor resposta a tratamentos convencionais. Diferentemente de outros subtipos de câncer de mama, o CMTN tem maior prevalência entre mulheres jovens, o que desafia as estatísticas tradicionais da doença.

Esse subtipo é identificado por exames imunohistoquímicos e definido pela ausência dos receptores de estrogênio e progesterona, além da ausência da amplificação do gene HER2. Essa configuração molecular torna o tumor insensível a terapias hormonais e direcionadas ao HER2, ampliando os desafios do tratamento. Outro aspecto crítico é sua alta heterogeneidade tumoral, o que significa que as células cancerígenas apresentam variações genéticas, moleculares e patológicas significativas. Essa variabilidade influencia diretamente a resposta ao tratamento e o prognóstico dos pacientes.

Diante desse cenário, novas estratégias diagnósticas e prognósticas são urgentes. Uma pesquisa desenvolvida por um grupo especializado em engenharia biomédica utiliza a técnica de radiômica para análise quantitativa de imagens mamárias. A radiômica combina imagens médicas avançadas com inteligência artificial, permitindo a extração de padrões e atributos invisíveis a olho nu. O objetivo principal é criar modelos preditivos para identificar precocemente o CMTN em pacientes com achados suspeitos, aprimorando a precisão do diagnóstico e a eficácia do prognóstico.

Essa abordagem inovadora visa preencher uma lacuna crítica no tratamento do CMTN, um subtipo de câncer que frequentemente exige estratégias terapêuticas abrangentes devido à sua complexidade molecular. Ao permitir uma caracterização precoce e detalhada dos tumores, o uso da radiômica pode facilitar a identificação de características específicas da heterogeneidade tumoral e auxiliar na personalização do tratamento.

A integração de imagens de mamografia e ressonância magnética no desenvolvimento de modelos radiômicos representa um avanço significativo. Essa combinação pode melhorar a precisão diagnóstica e orientar tratamentos mais eficazes, contribuindo para transformar a forma como o CMTN é gerenciado. A expectativa é que os resultados dessas pesquisas pavimentem o caminho para futuras abordagens terapêuticas personalizadas, oferecendo novas perspectivas na luta contra esse subtipo tão desafiador de câncer de mama.

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WORLDCOIN SOB ANÁLISE: ANPD INVESTIGA PROJETO DE IDENTIDADE DIGITAL BASEADA EM BIOMETRIA

O projeto Worldcoin, que busca criar uma identidade digital global por meio de tecnologia de reconhecimento de íris, está sendo analisado pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) no Brasil. A iniciativa utiliza um dispositivo conhecido como “Orb” para capturar imagens da íris e gerar um código único para cada indivíduo. De acordo com os desenvolvedores, essas imagens não são armazenadas, sendo utilizadas apenas para a verificação. Como incentivo, os participantes recebem um pagamento em criptomoeda equivalente a aproximadamente R$ 320.

O objetivo principal do projeto, segundo seus idealizadores, é promover uma forma de comprovação de identidade em um mundo cada vez mais digital, dominado por sistemas de inteligência artificial e robôs. A tecnologia também é apresentada como uma solução para prevenir fraudes e facilitar a distribuição de recursos, incluindo propostas como uma renda básica universal.

Apesar das promessas, o projeto enfrenta resistências globais. Em alguns países, como Quênia e Alemanha, as operações foram suspensas devido a preocupações relacionadas à privacidade e segurança dos dados. No Brasil, a ANPD busca garantir que o uso de informações biométricas esteja em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A autoridade já realizou uma reunião virtual com representantes da empresa responsável e solicitou informações complementares sobre os procedimentos adotados.

Caso a ANPD identifique riscos significativos aos direitos dos titulares de dados, medidas restritivas podem ser aplicadas. O caso reflete as tensões globais entre inovações tecnológicas e a proteção da privacidade, um debate que só tende a se intensificar no contexto do avanço digital.

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FALHA EM SISTEMA BANCÁRIO EXPÕE DADOS CADASTRAIS DE CLIENTES

Na última sexta-feira, foi informado que uma instituição financeira estatal enfrentou um vazamento de dados pessoais relacionado a chaves Pix. O incidente, registrado no final de setembro, comprometeu informações de 644 clientes devido a falhas nos sistemas internos.

De acordo com o órgão regulador, os dados expostos incluem informações cadastrais básicas, como nome, CPF, data de abertura da conta e data de criação da chave Pix. Não houve comprometimento de dados sensíveis, como senhas, informações financeiras, saldos ou movimentações bancárias. O vazamento foi limitado a informações que, embora importantes, não permitem acesso direto às contas ou transações financeiras.

A instituição bancária envolvida declarou ter identificado e corrigido o problema rapidamente, notificando os clientes afetados por meio de seu aplicativo oficial e internet banking. Foi reforçado que nenhum outro canal de comunicação, como mensagens, ligações, SMS ou e-mails, será utilizado para esse tipo de notificação.

O órgão regulador também destacou que está conduzindo investigações detalhadas e tomará medidas necessárias para garantir a segurança dos sistemas e aplicar eventuais sanções previstas na regulamentação. O caso chama atenção para a importância de mecanismos robustos de segurança cibernética e resposta rápida a incidentes que envolvam dados pessoais sensíveis.

A recomendação para os usuários é manter atenção a notificações oficiais e evitar interagir com mensagens suspeitas que possam se passar por contatos da instituição financeira.

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OAB APROVA DIRETRIZES PARA O USO ÉTICO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA ADVOCACIA

A Ordem dos Advogados do Brasil deu um importante passo no debate sobre o uso da inteligência artificial (IA) generativa na prática jurídica ao aprovar, recentemente, recomendações específicas sobre o tema. As diretrizes foram elaboradas por um órgão interno especializado, voltado para cibersegurança, inteligência artificial e proteção de dados, e abordam pontos fundamentais para o uso responsável dessa tecnologia no exercício da advocacia.

Entre os pilares destacados estão a aplicação de legislação específica, a preservação da confidencialidade e privacidade das informações, o compromisso com a ética profissional e a transparência na comunicação sobre o uso de ferramentas de IA. Esses princípios visam não apenas garantir a segurança dos dados dos clientes, mas também assegurar que o uso da tecnologia esteja alinhado aos valores éticos da profissão. O documento também reforça a necessidade de revisar periodicamente as práticas recomendadas, acompanhando as rápidas mudanças no cenário tecnológico.

A aprovação foi vista como uma medida necessária diante dos desafios impostos pelo avanço tecnológico no campo jurídico. A Ordem reconheceu que, embora a IA tenha potencial para transformar processos e facilitar o trabalho dos profissionais, é crucial que sua aplicação ocorra de maneira responsável, protegendo os direitos dos clientes e o sigilo das informações.

Outro ponto relevante é que, embora o documento não tenha força sancionatória, ele reforça a importância de observar as diretrizes éticas já previstas no código de conduta profissional. O objetivo central é proporcionar segurança e clareza para advogados e escritórios que já utilizam ou pretendem adotar ferramentas de inteligência artificial em suas atividades.

A iniciativa da Ordem reflete um movimento necessário para equilibrar inovação tecnológica e responsabilidade profissional, consolidando um caminho ético para o uso da IA na advocacia brasileira.

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GOLPISTA É PRESO POR FRAUDES ENVOLVENDO VENDAS DE PRODUTOS DOMÉSTICOS EM CEILÂNDIA

Um homem de 24 anos foi preso em Ceilândia, no Distrito Federal, sob a acusação de aplicar golpes contra idosos utilizando a venda de produtos domésticos como fachada. A prisão ocorreu durante a Operação Kitchen, conduzida pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que também cumpriu mandados de busca e apreensão, resultando na recuperação de máquinas de cartão supostamente usadas nos crimes.

O esquema consistia em atrair as vítimas, geralmente idosos, com a oferta de utensílios para o lar a preços extremamente baixos, sob a promessa de promoções imperdíveis. Ao realizar o pagamento com cartão, os valores cobrados eram fraudulentamente alterados, muito acima do combinado. Em um dos casos investigados, uma vítima teve um prejuízo de R$ 3,6 mil.

A investigação revelou que o suspeito já possuía histórico criminal por crimes graves e utilizava veículos alugados para dificultar sua identificação, além de planejar cuidadosamente as abordagens, escolhendo vítimas vulneráveis. Segundo as autoridades, o crime configura-se como estelionato, cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão, dependendo da sentença.

A PCDF reforça o alerta à população, especialmente aos idosos, para que desconfiem de ofertas que aparentam ser vantajosas demais. É essencial não fornecer dados pessoais a desconhecidos e denunciar comportamentos suspeitos imediatamente às autoridades.

Este caso destaca a importância de uma maior conscientização sobre práticas de segurança e de vigilância no momento de realizar transações financeiras, especialmente quando o cenário envolve indivíduos oferecendo produtos ou serviços fora de estabelecimentos comerciais confiáveis.

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CIBERCRIMES: A IMPORTÂNCIA DA CULTURA DE SEGURANÇA NAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS

No Cyber Security Summit 2024, em São Paulo, foi revelado que o Brasil registrou um impressionante número de mais de 700 milhões de ataques cibernéticos no último ano, representando uma média de 1.379 ataques por minuto. Esse volume coloca o país em uma posição alarmante: segundo lugar no ranking mundial de cibercrimes.

Esse cenário ressalta uma crescente sofisticação das ameaças digitais, especialmente com o avanço de tecnologias como a inteligência artificial (IA). Cada vez mais complexos, esses ataques exigem que empresas e colaboradores adotem medidas de proteção adequadas para proteger suas informações.

Nesse contexto, a segurança cibernética surge como uma responsabilidade compartilhada, que vai além da implementação de tecnologias robustas. É crucial incorporar práticas de conscientização e capacitação entre os colaboradores, fortalecendo a cultura de segurança dentro das organizações. Embora as ferramentas tecnológicas sejam fundamentais para a proteção, uma abordagem que se concentre exclusivamente nelas pode falhar em garantir a resiliência total contra as ameaças.

Para combater o crescente número de ataques, a integração da segurança no dia a dia das empresas é essencial. Isso inclui processos e campanhas que sensibilizem os colaboradores, criando uma mentalidade preventiva e fortalecendo o entendimento sobre os objetivos dos invasores. Um treinamento psicológico voltado para a cibersegurança, por exemplo, ajuda a preparar os funcionários para reconhecer e evitar golpes, reduzindo a vulnerabilidade frente às técnicas de engenharia social.

Com a soma de tecnologia e conscientização, empresas podem desenvolver uma postura mais resistente aos ataques, integrando a segurança cibernética não apenas como uma ferramenta, mas como um valor essencial no ambiente corporativo.

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TECNOLOGIA INCLUSIVA E ÉTICA: COMO EMPRESAS PODEM GARANTIR TRANSPARÊNCIA, INCLUSÃO E CONFORMIDADE

No universo dinâmico da tecnologia, as inovações avançam rapidamente, e os profissionais de direito trabalham continuamente para acompanhar esse ritmo. As equipes jurídicas nas grandes plataformas digitais têm expandido suas responsabilidades: além das funções tradicionais de compliance, estão cada vez mais envolvidas com políticas para desenvolvedores, moderação de conteúdo, acessibilidade e iniciativas de impacto social. Esse movimento busca equilibrar inovação com responsabilidade, um desafio especialmente crítico com o crescimento da inteligência artificial (IA).

Desde o lançamento de assistentes de IA em 2021, o setor de desenvolvimento de software vive uma transformação acelerada que trouxe à tona questões legais complexas. No campo dos direitos autorais, por exemplo, a IA representa uma ferramenta poderosa, mas levanta desafios únicos. Enquanto produtos criados inteiramente por IA enfrentam questões de proteção autoral, obras que combinam IA com direção humana continuam a ser reconhecidas e protegidas pelo direito.

A regulamentação da IA, sobretudo no que tange à propriedade intelectual e à responsabilidade sobre dados, é um tema que exige acompanhamento constante. Na Europa, por exemplo, iniciativas como o AI Act buscam garantir que o peso regulatório recaia sobre produtos comerciais e não sobre o código aberto, permitindo que este último siga como um motor de inovação sem ser sufocado por normas incompatíveis com sua natureza colaborativa.

Em relação à adoção da IA de forma ética e transparente, há uma recomendação clara para líderes empresariais: priorizar a transparência ao escolher parceiros tecnológicos. A transparência em práticas de IA, privacidade e segurança de dados é um sinal de responsabilidade que CIOs e CEOs devem buscar em seus fornecedores. Além disso, questionar sobre práticas de conformidade regulatória e responsabilidade em IA ajuda as empresas a estarem alinhadas com as exigências legais e éticas emergentes.

Um outro aspecto que exige atenção é a mitigação de vieses e erros, as chamadas “alucinações” de IA – respostas incorretas que podem prejudicar a qualidade do desenvolvimento de software. A formação de equipes diversas tem se mostrado um caminho para minimizar esses riscos, pois a diversidade traz múltiplas perspectivas que reduzem vieses. Em ambientes digitais, é essencial que se mantenham boas práticas tradicionais de desenvolvimento, agora incorporadas ao uso da IA, o que implica um controle rigoroso de qualidade e segurança.

Com o avanço das tecnologias de IA, países como o Brasil têm uma grande oportunidade: investir na capacitação de sua força de trabalho para que o desenvolvimento econômico acompanhe a transformação digital. Nesse cenário, a acessibilidade é um aspecto essencial. Para ampliar o alcance das ferramentas digitais, garantir que elas sejam inclusivas é crucial – especialmente para pessoas com deficiência. Ferramentas acessíveis ajudam a construir um futuro no qual todos podem contribuir, independentemente de limitações físicas.

Assim, ao adotar soluções tecnológicas, as empresas devem assegurar que seus fornecedores sigam boas práticas de acessibilidade. Esse cuidado é um pilar para que a tecnologia seja realmente um instrumento de empoderamento, eliminando barreiras ao invés de criá-las e promovendo um ambiente onde a inclusão seja garantida para todos.

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FOTOS DE BRASILEIROS NA DEEP WEB AUMENTA RISCO DE FRAUDES FINANCEIRAS

Um vasto vazamento de fotos de brasileiros, que possivelmente foram obtidas de bancos de dados policiais, está circulando gratuitamente em fóruns da Deep Web. Mais de 300 mil imagens foram disponibilizadas para download em um dos fóruns, em uma descoberta recente feita por especialistas em cibersegurança. Esse acesso exige créditos pagos, que são trocados pelo download gratuito do conteúdo, expondo milhares de fotos ao alcance de criminosos.

As imagens, supostamente relacionadas a indivíduos em situação de autuação, podem ter origem em bancos de dados policiais de diversos estados, entre eles o Espírito Santo. Algumas apresentam características típicas de fotografias usadas em documentos brasileiros, como RGs e carteiras de motorista, o que levanta preocupações significativas sobre seu possível uso em fraudes financeiras. Com o material, golpistas poderiam se beneficiar de tentativas de criar contas bancárias falsas, solicitar crédito de forma fraudulenta ou até desenvolver fraudes avançadas, como a criação de deepfakes.

Alerta às empresas e consumidores

O vazamento coloca especialmente empresas do setor financeiro em estado de alerta, dado o risco de um aumento nas tentativas de fraudes. Especialistas recomendam que empresas revisem e reforcem seus protocolos de segurança para mitigar o potencial de golpes envolvendo documentos forjados. O acesso massivo a imagens autênticas, distribuídas gratuitamente, pode impulsionar significativamente as fraudes ao permitir a criação de perfis fictícios visualmente realistas.

Por sua vez, consumidores também devem ficar atentos a comunicações suspeitas. Contatos não solicitados de instituições financeiras, solicitando a confirmação de dados pessoais, devem ser redobrados, especialmente aqueles feitos via e-mail ou telefone. Nesse contexto, os cidadãos são orientados a procurar as instituições diretamente, evitando confiar em contatos que possam ser tentativas de phishing. Com uma simples busca por imagens, criminosos conseguem vincular dados como nome, idade e informações de redes sociais ao rosto exibido, facilitando ataques direcionados.

O cenário de cibercrime no Brasil

O cenário de fraudes digitais no Brasil é único e tem se destacado por características próprias. Criminosos locais, voltados para fraudes financeiras, encontram na dark web uma série de ferramentas específicas para explorar as vulnerabilidades de pessoas físicas. Ações como o uso fraudulento de cartões de crédito e transferências via PIX são comuns, muitas vezes em colaboração com grupos de outros países. Além das fraudes contra consumidores, esses grupos têm atuado contra empresas nacionais, utilizando ransomware e sequestro de dados, com o intuito de obter vantagens financeiras.

Esses acontecimentos reforçam a importância de um controle robusto de segurança digital, tanto por parte das empresas quanto dos consumidores, em um contexto onde a exposição de dados é cada vez mais comum e perigosa.

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DEEPFAKES E PRIVACIDADE: QUANDO A TECNOLOGIA INVADE O DIREITO DE IMAGEM

Recentemente, um caso viral nas redes sociais chamou a atenção para os riscos do uso de deepfakes e a importância de zelar pela privacidade e segurança online. Tudo começou quando uma internauta descobriu que uma marca havia usado inteligência artificial para recriar seu rosto e promover produtos, sem o consentimento dela. O vídeo em que ela compartilha essa experiência já conta com milhões de visualizações e levantou debates sobre os perigos e a ética do uso da IA.

Deepfakes, que são vídeos e imagens criados ou alterados com IA para parecerem reais, trazem um desafio inédito. A legislação brasileira protege o direito de imagem como um direito fundamental, o que significa que o uso da imagem de uma pessoa sem sua autorização pode, sim, resultar em penalidades legais e até ações por danos morais, principalmente se a imagem for usada de forma que deturpe a identidade ou os valores da pessoa envolvida.

Além disso, o uso de deepfakes em campanhas publicitárias pode confundir o público, dando a entender que a pessoa está associada à marca ou apoia o produto, o que pode ser visto como publicidade enganosa e falsidade ideológica. Para evitar esse tipo de problema, as empresas devem agir com muito cuidado ao usarem IA em estratégias de marketing.

A IA processa e aprende com grandes volumes de dados, o que, em algumas situações, pode levar à utilização de elementos protegidos por direitos de outras pessoas. É fundamental que as marcas estejam atentas e façam uma verificação cuidadosa para garantir que o uso de inteligência artificial seja seguro e ético, respeitando os direitos das pessoas. Monitorar o uso dessas tecnologias e contar com especialistas em proteção de dados são passos essenciais para que o uso de IA esteja alinhado com a legislação e com os valores da empresa.

Inovar e usar a tecnologia de forma responsável, respeitando as pessoas e garantindo que a experiência do cliente seja positiva e de confiança.

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COMO EMPRESAS E BANCOS ENFRENTAM A EVOLUÇÃO DO CIBERCRIME

A inovação no campo da segurança digital é um fator essencial para empresas, especialmente em tempos de crescimento de golpes sofisticados. A fraude com uso de reconhecimento facial e biometria — como o “golpe das flores” — evidencia que criminosos não dependem exclusivamente de tecnologias avançadas, mas sim da combinação de táticas de engenharia social e abordagens digitais e presenciais. Neste golpe, indivíduos são manipulados a fornecer fotos como “comprovantes de recebimento” de presentes, sem perceber que essas imagens serão usadas como prova de vida para, sem consentimento, solicitar financiamentos ou abrir créditos.

Esse exemplo alerta para a necessidade de aprimorar práticas de segurança além das medidas tecnológicas já estabelecidas. Em algumas situações, mesmo com mecanismos de validação e biometria, os bancos têm enfrentado desafios. A evolução, neste caso, está na análise contínua de dados e na conscientização dos clientes sobre abordagens suspeitas, como as ligações falsas em nome de centrais de atendimento. Para reforçar a proteção, bancos e empresas de tecnologia já implementam alertas em aplicativos e outras ferramentas para notificar sobre possíveis fraudes em tempo real.

No entanto, a segurança digital no Brasil ainda apresenta lacunas importantes. Embora a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) esteja em vigor desde 2020, a adequação de pequenas e médias empresas permanece limitada. Muitos negócios de menor porte ainda precisam avançar em governança de dados, muitas vezes por conta de orçamentos restritos e pela priorização de outras áreas que trazem retornos diretos. A conscientização sobre segurança da informação, contudo, continua essencial, e não somente no nível da própria organização, mas também entre os fornecedores. Pequenas falhas de segurança em empresas terceirizadas podem colocar em risco empresas maiores, que buscam estratégias para proteger não só suas próprias operações, mas as dos parceiros e fornecedores.

O setor financeiro, devido ao seu alto valor para criminosos, tende a investir pesado em medidas de proteção, aplicando camadas de segurança em várias etapas de seus sistemas. Uma abordagem comum é a estratégia de “zero trust”, onde cada ação interna é tratada como suspeita até que seja verificada, empregando técnicas como a autenticação multifatorial e o monitoramento em tempo real de transações para detecção de anomalias. O uso de inteligência artificial e machine learning, aliado a biometria e sistemas de comportamento do usuário, é cada vez mais comum para identificar padrões incomuns e possíveis fraudes.

Para empresas que buscam melhorar suas práticas de segurança, é fundamental investir em tecnologia e capacitação interna e desenvolver uma cultura de segurança. Isso inclui o uso de dados de maneira responsável e estratégica para evitar vazamentos e abusos. O conceito de “confiança zero” ajuda a criar uma barreira sólida, dificultando tentativas de ataque. No setor financeiro, a segurança não é tratada como uma despesa, mas como um investimento crucial para a preservação da confiança dos clientes e para a reputação da instituição.

É preciso observar que o campo da segurança digital nunca é estático. As ameaças evoluem rapidamente, exigindo que a proteção também seja dinâmica e capaz de enfrentar novos desafios. Empresas devem continuar aprimorando sua capacidade de resposta e prevenção, garantindo uma segurança robusta não apenas em seu ambiente, mas também nos laços que mantêm com o ecossistema empresarial mais amplo.

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BLACK FRIDAY: COMO EVITAR FRAUDES E APROVEITAR OFERTAS COM SEGURANÇA

Com a chegada da Black Friday, muitos consumidores aguardam ansiosamente os descontos e promoções que prometem facilitar o acesso a produtos cobiçados. Contudo, é frequente que essas expectativas sejam frustradas por propagandas enganosas e descontos irreais, onde, muitas vezes, o preço final pouco reflete uma real vantagem econômica. Esse evento, originalmente norte-americano e criado para fomentar o consumo no período que antecede as festas de fim de ano, tem ganhado cada vez mais força no Brasil desde 2010, atraindo milhões de consumidores.

Recentemente, uma pesquisa indicou que a maioria dos consumidores no estado de Pernambuco está otimista quanto à Black Friday de 2024, com uma significativa parcela planejando economizar até 60% em produtos como eletrodomésticos, decoração e eletrônicos. Porém, esse entusiasmo pode abrir portas para golpes e fraudes, especialmente no ambiente virtual, que exige uma atenção redobrada.

Armadilhas Virtuais e Cuidados Essenciais

Nas compras online, a atenção deve se concentrar em identificar e-mails e sites fraudulentos que imitam grandes lojas para atrair compradores desavisados. Uma prática comum é a criação de domínios falsos, com pequenas variações em relação aos endereços reais das empresas, o que muitas vezes passa despercebido. Além disso, ofertas com preços absurdamente baixos devem acender um sinal de alerta: produtos que normalmente custam R$ 1.000 podem aparecer em páginas desconhecidas por R$ 300. Este é um indicativo comum de fraudes. Observar a presença de comentários e avaliações nas redes sociais da loja também é prudente. Muitas páginas fraudulentas desativam comentários para evitar que consumidores alertem outros sobre o golpe.

Para verificar a confiabilidade de uma loja, recomenda-se uma rápida pesquisa na internet, utilizando portais de reclamação onde os consumidores compartilham experiências. Há também listas de sites confiáveis que podem servir como referência para uma compra segura.

Estratégias para Compras em Lojas Físicas

Já nas lojas físicas, é fundamental monitorar os preços dos produtos com antecedência para não cair na armadilha do “desconto fictício”, onde o preço é elevado nos dias anteriores apenas para ser reduzido no dia do evento. Assim, o consumidor acredita estar fazendo um ótimo negócio, quando, na verdade, o preço não sofreu uma queda real. A verificação antecipada dos valores permite comparar e identificar promoções realmente vantajosas.

Desrespeito às Ofertas e Direitos do Consumidor

Outro problema recorrente é o não cumprimento de ofertas anunciadas. Quando uma loja divulga um desconto específico e não o oferece, o consumidor tem o direito de exigir o preço anunciado. Nesse caso, é importante reunir evidências da propaganda, como capturas de tela ou material publicitário, e levar a questão ao Procon, se necessário.

Atenção aos Métodos de Pagamento

O método de pagamento também exige cautela. O Pix, embora conveniente e rápido, dificulta o cancelamento em caso de fraude. Uma alternativa mais segura é o cartão de crédito, que permite contestação e facilita a reversão do valor em situações comprovadas de golpe. Outra recomendação é prestar atenção às condições do desconto: algumas ofertas são válidas apenas para pagamento à vista, e optar pelo parcelamento sem perceber pode levar a um custo final maior.

Como Denunciar Fraudes

Em casos de fraude virtual, o registro de um boletim de ocorrência na delegacia de proteção ao consumidor é essencial. Em seguida, o Procon pode auxiliar na resolução do problema, orientando sobre os direitos do consumidor e as melhores ações a serem tomadas.

A Black Friday pode ser uma excelente oportunidade de economia, mas exige do consumidor atenção e cuidados adicionais para que as vantagens não se transformem em prejuízo.