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CRIMINOSOS USAM IDENTIDADE DE ROBERTO CARLOS PARA ENGANAR VÍTIMAS

Uma cidadã de Londrina, Paraná, foi vítima de um golpe conhecido como “golpe do amor”, um esquema onde estelionatários manipulam emocionalmente suas vítimas para obter vantagens financeiras. A mulher, ao perceber que havia sido enganada, recorreu à polícia local especializada em estelionatos.

O golpe envolveu um perfil falso de uma rede social, onde o criminoso se passava pelo cantor Roberto Carlos. Alegando enfrentar problemas financeiros devido ao bloqueio de sua conta bancária e à ação de hackers, o golpista afirmou que não conseguia acessar seus fundos. Essa abordagem criou um cenário de confiança que levou a vítima a acreditar na história.

Prometendo devolver o dinheiro e oferecendo a oportunidade de um encontro pessoal durante um cruzeiro organizado pelo suposto cantor, o estelionatário convenceu a mulher a realizar várias transferências. Na tentativa de ajudar, a vítima usou todas as suas economias e ainda contraiu empréstimos em seu nome. Apenas quando os prejuízos se acumularam e o contato foi interrompido, ela percebeu que havia caído em um esquema de fraude.

Apesar de a polícia estar investigando as transações bancárias para identificar os responsáveis, as chances de recuperar os valores são reduzidas, dada a dificuldade em rastrear o dinheiro nessas operações. O prejuízo financeiro, segundo as autoridades, é considerado expressivo, mas não foi detalhado.

Para alertar seus fãs sobre esse tipo de golpe, a equipe de Roberto Carlos publicou uma nota em sua conta oficial no Instagram, esclarecendo que o artista não mantém perfis secretos nas redes sociais e não faz contato direto com admiradores, muito menos solicita ajuda financeira.

O “golpe do amor” é uma prática que tem se espalhado pelo país, especialmente em casos onde os criminosos exploram a fragilidade emocional das vítimas, muitas vezes em busca de conexões pessoais ou atraídas por perfis de figuras públicas. A recomendação é sempre desconfiar de perfis não verificados e de pedidos de transferência de dinheiro, que podem ser indícios de ações fraudulentas.

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O CRESCIMENTO DE GOLPES FINANCEIROS CONTRA IDOSOS

Nos últimos quatro anos, os golpes financeiros direcionados a idosos registraram um aumento de 60%, conforme dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Dentre os tipos de fraudes mais frequentes, 70% envolvem tentativas de obtenção de códigos e senhas de acesso bancário. Entre os métodos mais comuns estão telefonemas que solicitam a confirmação de senhas e golpes envolvendo falsas promessas, como bilhetes premiados.

Um caso emblemático ocorreu no Paraná, onde uma idosa de Toledo, no oeste do estado, perdeu cerca de R$ 4 mil ao acreditar estar em um relacionamento amoroso com um suposto empresário renomado. A polícia apontou que golpes de “namoro à distância” têm se tornado cada vez mais frequentes. Esse tipo de fraude, facilitada pela internet, é considerado uma forma de violência patrimonial contra os idosos no Brasil. Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos indicam que quase 80% das denúncias são realizadas por terceiros, já que muitas vítimas se sentem envergonhadas de relatar o ocorrido.

É necessário destacar a importância de registrar o boletim de ocorrência para combater esse tipo de crime. Entre janeiro e setembro deste ano, foram notificados mais de 72 mil casos de violação patrimonial pelo Disque 100, sendo quase metade deles relacionados a golpes envolvendo idosos. A prevenção é essencial, e para isso, especialistas em segurança digital recomendam algumas medidas que podem ajudar a evitar essas fraudes. O Ministério, por sua vez, disponibiliza uma cartilha detalhada sobre como identificar a violência financeira contra idosos. Denúncias podem ser encaminhadas às delegacias especializadas em cibercrimes ou pelo número 190, garantindo a proteção das vítimas e a responsabilização dos criminosos.