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VULNERABILIDADE DE SEGURANÇA EM SERVIÇOS BANCÁRIOS COLOCA 135 MIL USUÁRIOS EM RISCO

Recentemente, uma falha de segurança em uma plataforma de serviços bancários online expôs informações pessoais e financeiras de cerca de 135 mil clientes em diversos países da América Latina. A brecha foi descoberta em 24 de maio, e entre os afetados estão moradores da República Dominicana, México, Equador, El Salvador, Bolívia e Costa Rica. O maior impacto foi sentido na República Dominicana, onde aproximadamente 100 mil pessoas tiveram seus dados comprometidos.

A vulnerabilidade decorreu da ausência de autenticação em sete instâncias de armazenamento Azure Blob, utilizadas para armazenar dados sensíveis, como nomes completos, nomes de usuário de aplicativos financeiros, e-mails e números de telefone. Esse cenário expôs os clientes ao risco de ataques de phishing e outras formas de fraude digital.

As instituições que utilizam os serviços da plataforma são, em sua maioria, bancos de pequeno e médio porte e entidades de microfinanças, cuja atuação é voltada para atender comunidades locais. Embora os dados vazados não permitam acesso direto às contas bancárias, a exposição pode facilitar tentativas de fraudes, especialmente por meio de engenharia social, onde os atacantes se passam por representantes de instituições financeiras para obter informações mais sigilosas.

Um dos maiores riscos é o chamado “recheio de credenciais”, onde os criminosos utilizam as informações vazadas para tentar acessar contas em outras plataformas, caso os usuários reutilizem senhas. Esse incidente ressalta a importância de uma política robusta de segurança digital, especialmente no setor financeiro, onde a proteção de dados pessoais é fundamental.

A vulnerabilidade foi corrigida e o acesso aos dados comprometidos foi bloqueado. No entanto, até o momento, a plataforma responsável pelos serviços não fez uma declaração oficial sobre o ocorrido. Instituições financeiras afetadas também estão sendo contatadas para esclarecimentos.

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COMO PEQUENAS AÇÕES PODEM PROTEGER SEUS DADOS PESSOAIS

Hoje, a exposição dos nossos dados pessoais é uma realidade preocupante. Basta uma pequena fração de informação, como o nome ou o número de telefone, para que muitos dados sensíveis possam ser acessados, como CPF, endereço, renda e até fotos. Isso é facilitado por ferramentas conhecidas como “painéis de dados”, que têm sido uma das principais fontes para a crescente onda de golpes virtuais no Brasil.

Esses painéis reúnem informações vazadas ou roubadas de bases de dados públicas e privadas, e criminosos conseguem acessá-los facilmente, muitas vezes pagando por assinaturas que variam de R$ 30 a R$ 350. Embora o simples acesso a esses painéis não configure um crime, as consequências têm sido graves. De acordo com estudos recentes, golpes virtuais baseados nesses dados aumentaram significativamente nos últimos anos, superando até prejuízos causados por crimes como furtos e roubos de celulares.

A pandemia impulsionou ainda mais essa tendência, trazendo um grande número de pessoas para o sistema bancário. O auxílio emergencial, o lançamento do Pix e o surgimento de novas instituições financeiras contribuíram para esse crescimento. Infelizmente, isso também facilitou a vida de criminosos, que passaram a operar em um ambiente virtual, onde os riscos de confronto direto com a polícia são inexistentes.

Os painéis de dados, entretanto, não são novidade. Surgiram nos anos 2010, quando DVDs e pen drives com informações pessoais eram comercializados informalmente. Hoje, essas informações estão em plataformas online que permitem buscas detalhadas sobre uma pessoa, incluindo sua pontuação de crédito e dados financeiros. Embora nem sempre esses dados estejam atualizados, eles são suficientes para que criminosos se aproveitem de pessoas por meio de golpes que parecem cada vez mais autênticos.

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde 2020, busca garantir mais controle ao cidadão sobre o uso de suas informações pessoais. No entanto, é fundamental que todos se conscientizem sobre a importância de adotar práticas básicas de segurança digital, como mudar senhas regularmente e ser cautelosos ao fornecer informações pessoais, mesmo em situações que parecem seguras.

Embora as autoridades estejam trabalhando para reforçar a proteção de dados, o caminho ainda é longo. A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) foi criada com essa missão, mas, como um órgão recente, enfrenta desafios para se consolidar. A conscientização coletiva, o fortalecimento da fiscalização e a aplicação de sanções adequadas são passos essenciais para reduzir a exposição dos nossos dados e combater a prática de golpes virtuais de forma mais eficaz.

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COMO CRIMINOSOS USAM INFORMAÇÕES PESSOAIS PARA APLICAR GOLPES

Nos últimos meses, o aumento expressivo de golpes virtuais em moradores de áreas nobres de Brasília, onde vivem figuras influentes como políticos e funcionários de alto escalão, tem chamado a atenção das autoridades. Muitos desses casos compartilham um padrão preocupante: as vítimas relatam que os criminosos parecem ter acesso a detalhes íntimos de suas vidas, o que facilita o convencimento e a execução dos crimes.

Esses golpes, que muitas vezes ocorrem por meio de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, têm se tornado cada vez mais sofisticados. Um dos esquemas mais comuns envolve o uso indevido de perfis falsos de parentes próximos, como filhos e netos, solicitando transferências via Pix. As vítimas, geralmente idosos, ficam surpresas com a quantidade de informações que os criminosos parecem ter sobre seus familiares, incluindo fotos pessoais e dados financeiros.

A origem dessa facilidade de acesso está relacionada ao uso de “painéis de dados”, plataformas ilegais que vendem informações sensíveis sobre as vítimas, como CPF, registros de veículos, celulares, endereços, declarações de imposto de renda e até dados sobre armamentos. Em alguns casos, esses painéis chegam a oferecer acesso a câmeras de segurança que possibilitam a leitura de placas de veículos em diversas regiões do país. Tudo isso é comercializado por valores que variam entre R$ 150 e R$ 350, dependendo do tempo de assinatura.

As investigações apontam que os criminosos utilizam essas informações para criar um senso de credibilidade durante a abordagem, aumentando a eficácia dos golpes. Ao acessarem dados detalhados da vida pessoal das vítimas, os golpistas conseguem manipular e enganar com mais facilidade, tornando suas ações quase infalíveis.

A venda de dados em massa por meio desses painéis demonstra a gravidade da falta de segurança em relação ao tratamento de informações pessoais. Esse cenário ressalta a importância de um maior controle sobre o acesso e compartilhamento de dados, além de alertar para a necessidade de fortalecer as políticas de proteção de informações, tanto pelas autoridades quanto pelos próprios cidadãos.

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CIBERCRIMINOSOS INTENSIFICAM EXTORSÕES COM RANSOMWARE BABYLOCKERKZ NA AMÉRICA DO SUL

Uma nova ameaça digital vem ganhando destaque: uma versão modificada do ransomware MedusaLocker, batizada de “BabyLockerKZ”. Esse grupo de cibercriminosos está expandindo suas atividades pelo mundo, com um aumento expressivo de ataques principalmente na Europa e América do Sul. O alvo principal desse malware é a extorsão financeira. Durante 2023, o foco dos ataques se voltou para países da América do Sul, como Brasil, México, Argentina e Colômbia. Esses ataques vinham comprometendo cerca de 200 redes por mês, até que, no início de 2024, houve uma leve queda na quantidade de incidentes.

Uma das características curiosas do BabyLockerKZ é a inclusão da expressão “paid_memes” no código do malware, o que ajudou a rastrear o grupo e identificar seus padrões de atuação. Além disso, essa nova versão se diferencia da original por ser ainda mais complexa, com mudanças na forma de execução automática e o uso de chaves extras no registro do sistema, o que demonstra um nível elevado de profissionalismo.

O arsenal dos criminosos é extenso e inclui tanto ferramentas públicas quanto softwares específicos, como o Checker, que identifica falhas de segurança e facilita a propagação do ataque. Essa combinação de recursos mostra que o grupo está altamente organizado e sabe exatamente como explorar as fraquezas das redes.

O objetivo desses cibercriminosos é extorquir dinheiro. Eles podem atuar sozinhos ou fazer parte de um esquema maior de extorsão, que vem se intensificando desde 2022. Apesar de o número de ataques ter diminuído um pouco em 2024, a ameaça continua presente e preocupante para empresas e organizações no mundo todo.

Para se proteger, as empresas precisam reforçar suas defesas, investir em tecnologias específicas e monitorar suas redes constantemente. Isso é essencial para prevenir maiores prejuízos e se antecipar aos movimentos desses ataques que, mesmo com a redução, ainda podem causar grandes danos.