Publicado em Deixe um comentário

CONSCIENTIZAÇÃO E MEDIDAS CONTRA RISCOS NAS TRANSAÇÕES COMERCIAIS

A prática de solicitar o CPF ao realizar compras tornou-se comum, mas por trás da promessa de descontos exclusivos pode residir uma série de riscos. Esse hábito aparentemente inofensivo pode, na verdade, expor os consumidores a potenciais violações de privacidade e até mesmo a crimes virtuais.

A troca do CPF por benefícios, muitas vezes sem informações claras sobre o tratamento dos dados pessoais, viola as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). É fundamental que os estabelecimentos forneçam transparência sobre o uso dos dados, garantindo que o consentimento para compartilhamento não seja condicionado a vantagens comerciais.

Além disso, é essencial que os consumidores estejam vigilantes ao preencher formulários online e ao aceitar termos de uso. Ler e compreender os documentos antes de concordar com eles pode prevenir a exposição desnecessária de informações pessoais.

Para evitar cair em golpes digitais, é importante estar atento a sinais de alerta, como erros gramaticais em sites suspeitos. Além disso, ao realizar transações online, é fundamental verificar a segurança dos sites e evitar o compartilhamento de dados em redes públicas não seguras.

Adotar práticas como o uso de gerenciadores de senhas e a autenticação em dois fatores pode reforçar a proteção dos dados pessoais. A conscientização sobre a importância da segurança digital é uma responsabilidade compartilhada entre consumidores e empresas.

Publicado em Deixe um comentário

DESAFIOS E OPORTUNIDADES NA GESTÃO DE RISCOS DIGITAIS PARA EMPRESAS BRASILEIRAS

Diante do cenário revelado pela pesquisa “TIC Empresas 2021”, conduzida pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, uma realidade preocupante se desenha: apenas metade das empresas brasileiras parecem ter implementado uma política interna de cibersegurança, com uma presença mais expressiva nas médias e grandes corporações. Esse dado alarmante lança luz sobre diversas conclusões iniciais, todas elas instigantes e com implicações significativas para o panorama empresarial nacional.

Em primeiro lugar, a constatação de que a maioria das empresas brasileiras é de pequeno porte levanta uma questão importante: grande parte do tecido empresarial pode estar vulnerável à ausência de medidas adequadas de proteção digital. Isso sugere que o mercado nacional poderia se tornar alvo fácil para cibercriminosos em busca de dados valiosos.

Além disso, a falta de recursos econômicos em empresas de menor porte dificulta investimentos significativos em segurança digital, ampliando ainda mais sua vulnerabilidade em comparação com suas contrapartes de médio e grande porte. Esse desequilíbrio financeiro torna as pequenas empresas presas mais fáceis para golpes, invasões e vazamentos de dados, já que sua capacidade de defesa e resposta a incidentes é geralmente limitada.

Agravando essa situação, a relativa fragilidade das pequenas empresas em lidar com crises de segurança, como interrupções de serviços, sistemas fora do ar ou perda de dados, aliada à sua limitada capacidade de arcar com os custos de reparação, cria um ambiente propenso ao caos em termos de cibersegurança.

É inegável que o gerenciamento de riscos digitais emergiu como um dos desafios mais prementes para organizações de todos os portes. À medida que a digitalização dos negócios avança, os riscos associados à segurança dos dados aumentam, acarretando responsabilidades legais para todas as empresas, independentemente de sua dimensão.

A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ampliou ainda mais o escopo dos riscos relacionados à segurança da informação. Além dos impactos econômicos potenciais, como perda de produtividade e danos à reputação, as empresas agora enfrentam a possibilidade de penalidades administrativas e responsabilização judicial em caso de violações de dados.

Diante desse contexto desafiador, é crucial encontrar um equilíbrio entre a implementação de medidas de segurança robustas e a manutenção da viabilidade econômica das operações. É essencial evitar tanto o excesso de restrições que possam prejudicar a atividade empresarial quanto a falta de controles que exponham a empresa a riscos desnecessários.

Embora a LGPD imponha obrigações claras em relação à segurança digital, muitas empresas ainda não adotaram políticas básicas de proteção da informação. Isso reflete a necessidade urgente de promover a conscientização e a adoção de boas práticas de cibersegurança em todos os níveis do mercado.

A gestão eficaz de riscos digitais requer uma abordagem holística que considere tanto os riscos de segurança que podem impactar as operações e a reputação da empresa quanto os riscos de conformidade relacionados às obrigações legais. A implementação de políticas claras e processos robustos é fundamental para mitigar esses riscos e garantir a conformidade com as regulamentações vigentes.

Enfrentar os desafios da cibersegurança requer um compromisso conjunto das empresas, do governo e da sociedade como um todo. Somente através de uma abordagem colaborativa e proativa será possível proteger efetivamente os dados e garantir a segurança digital em um mundo cada vez mais conectado.