O lançamento de um projeto secreto pelo Facebook em 2016 veio à tona recentemente, revelando uma tentativa da empresa de obter uma vantagem competitiva sobre seus rivais, como o Snapchat, Amazon e YouTube.
Documentos judiciais recém-divulgados detalham o “Projeto Ghostbusters”, uma iniciativa para interceptar e descriptografar o tráfego de rede entre os usuários do Snapchat e seus servidores. O objetivo era entender melhor o comportamento dos usuários e competir de forma mais eficaz. O projeto foi parte de um programa mais amplo da empresa, que envolveu o uso de uma técnica para analisar o tráfego de aplicativos criptografados, inicialmente focado no Snapchat e posteriormente expandido para incluir Amazon e YouTube.
Internamente, houve divergências de opinião sobre a ética e eficácia do projeto. Alguns funcionários expressaram preocupações com a privacidade dos usuários e a legitimidade das práticas de coleta de dados. No entanto, o Facebook avançou com o projeto, utilizando uma solução técnica envolvendo o serviço Onavo, que permitia a interceptação do tráfego de rede antes da criptografia, facilitando a análise da atividade dos usuários nos aplicativos alvo.
O lançamento desses documentos ocorre em meio a um processo judicial movido por consumidores contra o Facebook, alegando que a empresa mentiu sobre suas práticas de coleta de dados e usou essas informações de forma injusta para identificar e competir com novas empresas.
Até o momento, as empresas envolvidas, incluindo Amazon, Google e Meta (anteriormente conhecida como Facebook), não responderam aos pedidos de comentários sobre o assunto.