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REFLEXÕES SOBRE DIREITOS AUTORAIS E EXPRESSÃO CULTURAL NO BRASIL

Em dezembro de 2023, uma situação surgiu no cruzamento entre o universo da moda e da música no Brasil, destacando-se pela complexidade das questões de direitos autorais e de imagem envolvidas. Um caso envolveu uma marca de moda que, ao lançar sua coleção de verão 2024 intitulada “Alma Brasileira”, inspirou-se no movimento Tropicália, um fenômeno sociocultural que deixou marcas na identidade artística brasileira. O fato surgiu quando a marca compartilhou em sua plataforma de mídia social uma imagem de um músico capturada durante uma apresentação, coincidindo com a divulgação da nova coleção, o que levantou questões sobre a possível associação entre a imagem do artista e a coleção inspirada nesse movimento cultural.

O Tropicália, além de sua influência na música, representa um marco cultural que transcendeu para outras formas de arte, incluindo a moda, servindo como uma fonte de inspiração para expressões criativas que refletem o ethos brasileiro.

O design de moda emerge não apenas como uma manifestação de tendências estéticas, mas como um diálogo profundo com movimentos culturais, incorporando elementos que vão além do visual, alcançando significados históricos e socioculturais. Assim, a inspiração em movimentos como o Tropicália destaca a moda como um campo rico em expressão cultural e artística, capaz de evocar e homenagear o patrimônio cultural.

Sobre o uso da imagem pública, a legislação e a doutrina jurídica oferecem uma visão que considera o equilíbrio entre o direito à imagem e a natureza pública das atividades de figuras reconhecidas. Especificamente em casos de apresentações públicas, argumenta-se que existe um consentimento implícito para a captação e disseminação de imagens, dado o entendimento de que a exposição pública acompanha certas atividades profissionais.

O episódio em questão reflete as nuances e desafios na interseção de direitos de imagem, propriedade intelectual e expressão cultural. Ele serve como um lembrete da importância de navegar com sensibilidade e respeito pelas complexidades legais e éticas que envolvem a expressão artística e a identidade cultural na era digital.

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EMPRESAS FRENTE A DESAFIOS JUDICIAIS POR FRAUDES ELETRÔNICAS

Em um ambiente digital cada vez mais complexo, a importância da segurança online é enfatizada pelo Dia Internacional da Internet Segura, comemorado em 6 de fevereiro. Um estudo realizado pela Deep Legal, uma empresa especializada em inteligência de dados e gestão preditiva, destaca um dado preocupante: em 60% dos processos judiciais relacionados a fraudes eletrônicas, as empresas são responsabilizadas, ao menos em parte, por danos sofridos pelos clientes devido a esses golpes.

A análise, baseada em 10.000 casos judiciais brasileiros, aponta que o setor financeiro, de telecomunicações e de varejo são os mais afetados por reclamações de consumidores relacionadas a fraudes digitais. Utilizando técnicas de Legal Analytics, a Deep Legal conseguiu mapear as principais tendências e decisões judiciais, oferecendo uma perspectiva valiosa sobre a responsabilização das empresas nesses casos.

Apesar de os consumidores frequentemente compartilharem seus dados, as empresas têm a responsabilidade de informá-los sobre potenciais golpes envolvendo suas marcas. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor no Brasil, impõe penalidades severas às empresas que negligenciam a segurança dos dados dos clientes.

O aumento significativo dos casos de estelionato digital, que cresceram 65,1% em 2022 em comparação com o ano anterior, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, sublinha a necessidade urgente de medidas de proteção eficazes. As penalidades previstas pela LGPD incluem advertências, multas de até R$50 milhões, publicização da infração e, em casos mais graves, suspensão ou bloqueio das bases de dados.

A Deep Legal se apresenta como uma ferramenta inovadora para empresas e escritórios jurídicos, oferecendo soluções baseadas em inteligência artificial e gestão preditiva que transformam dados judiciais em insights estratégicos. O objetivo é auxiliar na gestão de volumes judiciais, permitindo uma tomada de decisão mais informada e estratégica, ao mesmo tempo em que se antecipa tendências e se minimiza riscos legais.

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ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO NO SETOR FINANCEIRO DIGITALIZADO

A transformação digital no setor financeiro, marcada pelo aumento dos sistemas de pagamento digital, a introdução de moedas virtuais e a expansão das plataformas online, tem redefinido a maneira como as transações financeiras são realizadas. Essa evolução trouxe consigo melhorias significativas em termos de conveniência e eficiência para usuários e empresas. Contudo, ela também apresentou desafios complexos no combate a crimes financeiros, como a lavagem de dinheiro, exigindo uma resposta sofisticada e atualizada das autoridades e instituições financeiras.

A digitalização facilitou o aumento do volume e da complexidade das transações financeiras, criando novas oportunidades para atividades ilegais. A lavagem de dinheiro, em particular, adaptou-se ao ambiente digital, com criminosos explorando o anonimato, a velocidade e o alcance global das transações digitais para ocultar a origem de fundos ilícitos. Isso tornou o rastreamento e a análise dessas transações mais desafiadores, exigindo inovações tecnológicas e estratégicas para sua detecção e prevenção.

Entre as técnicas modernas de lavagem de dinheiro, destaca-se o uso de criptomoedas, que oferecem certos níveis de anonimato e são acessíveis globalmente. Outras práticas incluem o abuso de plataformas de pagamento online, a criação de identidades digitais fraudulentas e o uso indevido de sistemas de comércio eletrônico para transações que mascaram a movimentação de fundos ilícitos.

Para enfrentar esses desafios, é crucial a adoção de estratégias de detecção e prevenção mais avançadas. Isso inclui o aprimoramento de regulamentações financeiras, a implementação de sistemas de KYC (Conheça Seu Cliente) e due diligence mais rigorosos, e a obrigatoriedade de reportar transações suspeitas. Além disso, a cooperação internacional e a harmonização de leis e regulamentações são fundamentais para combater eficazmente a lavagem de dinheiro em uma escala global.

Tecnologias como inteligência artificial, aprendizado de máquina e blockchain, desempenham um papel essencial na melhoria da transparência e na capacidade de rastreamento das transações financeiras. Estas ferramentas podem ajudar a identificar padrões suspeitos e facilitar a análise de grandes volumes de dados transacionais, contribuindo significativamente para os esforços de prevenção da lavagem de dinheiro.

Portanto, enquanto a digitalização do setor financeiro oferece benefícios claros em termos de eficiência e acessibilidade, ela também exige uma vigilância constante e a adaptação das estratégias de combate à lavagem de dinheiro. A colaboração entre instituições financeiras, reguladores e entidades internacionais, juntamente com o investimento em novas tecnologias, são componentes essenciais para garantir a integridade e a segurança do sistema financeiro na era digital.